quarta-feira, novembro 14, 2012

Luís Amado

Foi ontem lançado o livro "Conversas sobre a crise", um diálogo entre Luis Amado e Teresa de Sousa. Na minha passagem pela livraria do aeroporto de Pedras Rubras ainda procurei o livro, mas era cedo demais para o adquirir.

Fui colega de governo de Luis Amado e, mais tarde, tive-o como meu ministro durante alguns anos. É, além disso, desde que nos conhecemos, um amigo pessoal. Devo dizer que Luis Amado foi, para mim, uma das muito positivas surpresas como pensador das coisas internacionais. Constatei que foi capaz de estruturar, em especial ao longo destes anos de crise, um pensamento maduro, realista e frequentemente original, não apenas sobre o papel de Portugal no mundo, mas, igualmente, quanto às resposta a dar às grandes questões que afetam os equilíbrios globais. Fá-lo sempre com elegância, sentido da medida e com um esforço de aproximação à verdade possível que lhe conferiram um lugar internacional de imenso respeito - como constato, com frequência, nos contactos que tenho com interlocutores estrangeiros, onde conta imensos admiradores.

O seu diálogo com Teresa de Sousa promete, assim, ser um trabalho com imenso interesse. Trata-se da mais bem preparada jornalista portuguesa em temáticas internacionais, sendo, além do mais, uma pessoa de fundadas convicções europeístas. E de quem tenho também o privilégio de ser amigo.

Mas não é a amizade pelos autores que me leva a sublinhar a importância de um livro que ainda não li. É a certeza antecipada de que todos teremos muito a ganhar com a sua consulta. 

10 comentários:

Helena Sacadura Cabral disse...

Senhor Embaixador
Já o tenho e vou le-lo. Concordo inteiramente consigo nas apreciações que faz sobre Luis Amado e Teresa de Sousa.
Devo acrescentar que, Luis Amado, além dessas qualidades, possui uma muito boa imagem pessoal!

Anónimo disse...

Luís Amado tendo vivido tantos anos na "nossa" ilha não é nada "narrow-minded", como acontece muitas vezes aos ilhéus. Na Madeira numa daquelas lindas noites de fim-de-ano fomos jantar ao restaurante Caravela, em frente aos paquetes iluminados que iam deslizando lentamento para o largo da baía para se posicionarem para a largada do fogo-de-artifício. Nessa hora coube-me a sorte de apadrinhar um documento que abria uma nova etapa na vida do Luís Amado. Nunca perdeu a humildade do espaço de onde se abalançou para os meandros da política. Nunca nos fez pensar - por um momento que fosse - que não tivéssemos acertado na escolha de um dos melhores da nossa geração - Luís Amado.

Anónimo disse...

Este sim, decerto vou ler.
José Barros

Anónimo disse...

Sem o prazer de o conhecer pessoalmente, tenho a melhor das impressões do Dr. Luis Amado.

De resto ouvi-o ontem numa entrevista e, mais uma vez, fiquei impressionado quer pela eloquência quer pela seriedade, foi, smj, um ministro certo no governo errado.

Nuno 371111

Anónimo disse...

Luis Amado é um homem simpático, fala bem e pensa com coerência. Mas se se perguntar no Palácio das Necessidades a opinião dominante é que foi um péssimo ministro que nada decidia e que atrazou tudo.

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

O Dr Luis Amado foi dos bons Ministros do Governo anterior.

Além dele recordo com saudades o Dr Bernardo Trindade que foi dos melhores Secretários de Estado do Turismo que Portugal já teve

Anónimo disse...


Amado não deixou saudades no MNE, a não ser quem dele beneficiou. Nunca foi um grande ministro. Hoje é um homem do Santander e está mais próximo deste governo PSD/CDS do que do seu partido, na oposição ao mesmo.
Concordo com o anónimo das 23.51.

Anónimo disse...

Desculpe lá, meu caro embaixador, mas, ao ler este 'Luís Amado' no seguimento do post anterior, 'O chato', veio-me isto à cabeça, irresistível:

Não é nada, embaixador,
que o conheço de ginjeira:
mas na prosa sobre o Amado
até parece o Castanheira.

a) franquelino da motta

Anónimo disse...

o posso deixar de sugerir que se leia o que dele diz a informacao do wikileaks cablegate

Anónimo disse...

Pena é que sob o manto da sua afabilidade e das suas levíssimas promessas de aeroporto tenha entregue a gestão de recursos humanos a garotos da JSD de Coimbra que aproveitaram o momento para satisfazer antigos instintos de vingança. Eu ainda hoje vivo o efeito. O amplo consenso sobre a figura cá fora não bate com efeito certo lá dentro.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...