quinta-feira, novembro 22, 2012

Bons tempos!

Há minutos, participei na votação que decidiu a atribuição a Astana, capital do Casaquistão, da responsabilidade de organizar a Exposição internacional em 2017. Foram muitos meses de disputa cerrada entre aquela cidade e Liège, com uma imensidão de eventos, desde há mais de um ano, para promoção de ambas as candidaturas.

Ao entrar na cabine para a votação secreta - vi que três ou quatro países levaram para dentro da cabine dois delegados, "just in case"... -, na minha qualidade de representante português no Bureau International des Expositions (outro interessante "chapéu" que também tenho, aqui em Paris), não pude deixar de recordar, desta vez com alguma assumida nostalgia, a nossa "Expo 98".

Foi uma bela aventura, imaginada por António Mega Ferreira e Vasco Graça Moura, lançada nos governos Cavaco Silva e realizada nos governos António Guterres, que permitiu mudar a face da zona oriental de Lisboa e cuja concretização constituiu então um fator de grande prestígio para Portugal e, o que não é despiciendo, funcionou como um elemento de grande orgulho para todos os portugueses.

10 comentários:

Helena Sacadura Cabral disse...

"...Foi uma bela aventura, imaginada por António Mega Ferreira e Vasco Graça Moura, lançada nos governos Cavaco Silva e realizada nos governos António Guterres..."
Surpreendente, de facto, como esse quarteto tão diverso, foi capaz de levar por diante tal projecto!

Helena Sacadura Cabral disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Pois é.... foi uma grande aventura e obra mas...não sei se contribuiu muito ou pouco para as dificuldades que as próximas gerações vão ter para pagar tanta dívida. Mas.... eu não sei

Anónimo disse...

Tive o previlégio de ter trabalhado na Expo 98 e tambem no pós Expo.Vi-a
nascer,crescer, ser adulta. Esta cidade imaginada...
Com o passar do tempo,já adulta,de
imaginada,passou a comprada. e então
o sonho foi-se!Creio não ter sido bem
este o sonho de Mega Ferreira.
C.C.

Portugalredecouvertes disse...

Gosto de passear por lá

é um local agradável com muitas energias positivas!

Isabel Seixas disse...

Ao tempo foi uma autêntica romaria.
Bem interessante sem sombra de dúvida,além da memória a herança disponivel e agradável de se ver.

Eduardo Saraiva disse...

Senhor Embaixador
Não me leve a mal mas a decisão de mudar a face daquela zona oriental de Lisboa (e edificá-la), julgo que se deve ao Governo de Cavaco Silva. O Governo do eng. António Guterres fez (e bem) a "gestão" da Expo-98.

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Eduardo Saraiva: nada do que eu escrevi contraria o que disse.

LUIS MIGUEL CORREIA disse...

A EXPO 98 foi um momento sublime na vida contemporânea da nossa cidade de Lisboa.
O local para mim guarda muitas outras histórias: foi da Doca dos Olivais, então o Aeroporto Marítimo de Lisboa, que pela primeira vez iniciei uma viagem, em Julho de 1958, num hidroavião da companhia Aquila Airways. Muitos anos mais tarde atraquei à ponte-cais de Cabo Ruivo, hoje integrada na Marina da EXPO, para descarregar combustíveis e produtos refinados carregados em Sines. Era uma viagem de 60 milhas, cerca de 4 horas, feita normalmente pelos GALPs da Sacor Marítima. Isto no tempo em que tinhamos navios... À época o local tinha uma beleza selvagem de decadência industrial, contracenada pela luz única do lugar. Saudades...
Um dia o cão CHARLIE, um Cocker Spaniel dourado encontrado na rua e que foi meu companheiro 10 anos, resolveu mergulhar no lodo da Doca dos Olivais. Pior foi eu ter de o ir lá buscar. O pequeno carro que tinha na altura ficou imundo, mas para o CHARLIE foi uma felicidade...

Anónimo disse...

Apresentei sobre ela um trabalho de fim de curso, na Sorbonne, que mereceu um Muito Bom.
Na conclusão falei de um « effet expo », que definia o orgulho e a alegria que a generalidade dos Portugueses sentiu com a excelente imagem que, através dela, demos do nosso país, ao mundo inteiro.
Pena é não poder haver uma expo’2012, e sobretudo com o mesmo “effet”…!
Cdido

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...