quinta-feira, dezembro 22, 2011

Artur Santos Silva

A Fundação Calouste Gulbenkian acaba de escolher Artur Santos Silva para seu futuro presidente.

A Gulbenkian é uma instituição que, desde sempre, tem prestigiado fortemente o nosso país. Artur Santos Silva, como aqui referi há alguns tempos, é uma das raras personalidades portuguesas que reúne uma quase unanimidade, pelo que dá totais garantias de poder vir a preservar, com o seu dinamismo e abertura, o fantástico legado de Calouste Gulbenkian. A sua escolha é a prova de que o bom-senso ainda prevalece neste país.

Um forte abraço de parabéns, Artur!

19 comentários:

Helena Sacadura Cabral disse...

Inteiramente de acordo. Servi Artur Santos Silva no Banco de Portugal e pude apreciar as sua qualidades.
Além disso tivemos Francisco Veloso como grande amigo comum.
É, incontestavelmente, a pessoa adequada ao lugar que vai desempenhar.

Jose Martins disse...

Senhor Embaixador,

A Fundação Calouste Gulbenkian tem sido um espaço de gente dinâmica e boa...
.
Lembro a figura do Dr. José Blanco que conheço há 27 anos, amigo meu, que graças a seu empenho e do embaixador Melo Gouveia, algo ficou na velha capital do Reino do Sião, Ayuthaya, (Tailândia) a lembrar a passagem dos portugueses, o "Ban Portuguet" (Aldeia dos Portugueses).
Saudações de Banguecoque
José Martins

Anónimo disse...

Sem dúvida, Meu caro José Martins!
Mello Gouveia e José Blanco tiveram nessa altura um papel primordial na promoção, histórica e cultural, da presença portuguesa na Tailândia. Recordo-me muito bem disso.
Seu Compadre!

Anónimo disse...

Pessoa certa no lugar certo!
As provas já dadas pelo Dr. Artur Santos Silva quer ao serviço do Estado quer na actividade privada são a grantia bastante de que a FCG continuará a ter um Homem de bem ao leme.
J Honorato Ferreira

margarida disse...

Prestigia também a instituição bancária que fundou e à qual se mantém ligado.
Na geografia minimal que constitui a nossa nação, seria absurdo mencionar o detalhe de ser um homem do norte, mas dá-me especial gosto que o seja.
E do Porto.
:)
(orgulhosinhos provincianos, vá...)

Helena Oneto disse...

Enfim uma boa noticia:)!!!

Francisco Seixas da Costa disse...

Cara Margarida: não estava eu à espera doutra coisa. Depois queixem-se...

margarida disse...

"não estava à espera de outra coisa"?
- minha, quer V.Exa. dizer?
:))
Pois é, começo a ser previsível..., que maçada.
E eu cá não me queixo.
Amuo.
É mais 'mignon'.
:)

Francisco Seixas da Costa disse...

Cara Margarida: sublinhar o Norte é menorizá-lo. Digo eu, que sou do Norte.

margarida disse...

Discordo!
Mas discordo veementemente!
Sublinhar é uma forma de amor, é tão natural como termos pratos favoritos, vinhos, sobremesas (percebe, não?).
É haver um autor favorito; filmes, músicas que nos embalam mesmo sem darmos conta.
É pertencer a um círculo de afectos que entra em fusão sempre que um se salienta.
É a amizade orgulhosa, do sorriso terno ao abraço esfuziante.
Salientar a nossa origem, acenar a nossa paisagem, divulgar o torrão mais íntimo, projectar o seu reflexo, defender a sua história, destacar a sua aura é tarefa de cada alma que se reconhece nascida desse mistério que se torna o aroma de um lugar, a cor do pó, os ruídos que ecoam, a luz.
A luz dos lampiões que sobram pela Foz, que desmaiam nos jardins do Palácio, que permanecem quando fechamos os olhos e aspiramos a poesia que brinca na folhagem dos gigantes de todos os parques do berço onde nos fizemos.
Sublinhar o nosso regionalismo não é excluir o mundo.
É revelar o que temos de precioso para contribuir para o seu engrandecimento.
O meu Portugal é feito de pedacinhos de amor.
Mas, de todos, o Porto é o maior.

Francisco Seixas da Costa disse...

Cara Margarida: o regionalismo é uma terrível doença infantil, uma portugalidade dos pequeninos, que não se reconhece a si própria, por definição. É como o clubismo, essa pandemia acéfala, quando passa além das briincadeiras do jogo da bola e se leva a sério, pretendendo representar a honra ridícula da dignidade de um dragão, de um leão ou de uma águia. Mas, claro, para quem a "apanhou", já não há nada a fazer.

Anónimo disse...

Ai que se ele quisesse ser Presidente da República...
Eu que fui esperando por ele para o sufragar há quase um ano!
E.Dias

Anónimo disse...

Até os Clérigos abanaram!!! E os relógios, que ainda ontem foram consertados...

Há regionalismo nortenho ou apenas bairrismo imperialista portuense?

Anónimo disse...

Agora lembrei-me de uma história:

Tinha ido em trabalho ao Porto e os clientes levaram-me - acompanhado do meu chefe (se eu tivesse estudado mais, seria um diretor) -, a almoçar.

Quando nós nos preparávamos para 45 minutos de banalidades acompanhando as fatais francesinhas, eis que um dos clientes (um designer) começa a cascar na Invicta. O que estava ao lado (na altura um empresário, hoje um empreendedor) acompanha-o. Para não ficar atrás, o terceiro (um negociante de vinhos "de qualidade") embarca no mesmo batel: que o Porto estava um atraso, que Lisboa tinha duplicado o Metro e eles nem uma linha ainda tinham assentado (foi há uns anos), que "nós" éramos mais organizados, que aquilo lá era só famílias e compadrios, que a cidade estava abandonada, etc., etc. etc. Tive de fazer algum esforço para ir almoçando porque a comida insistia em cair da minha boca aberta.

Finalmente, com o momento do café, chegou também o tão esperado lugar-comum:

- Nós temos é menos "arrumadores". Deve ser aquela coisa do "homem do norte": têm medo de levar um chapadão!

margarida disse...

Excelência, uma 'definição' pode ser essa a que alude, se quem assim o sentir não apreciar a paisagem que continua e, de caminho, se encantar pelos mundos por aí fora, o que, em abono da verdade, não é o meu caso - às vezes, sou 'acusada' de outras terríveis 'culpas', como seja admirar outras nações excessivamente e dedicar orgulhos alegadamente infundados a outros povos e costumes.
Por isso a sua farpa assertiva, contundente e pretensamente terminal como definição dos tontos 'regionalistas', em mim não colhe.
A bem da sua saúde, que não resistiria a um duelo ao amanhecer (ah-ham...) ;)
Aliás, V.Exa. esgrime sabia e cosmopolitamente o argumentário dos grandes viandantes, dos diplomatas de alto coturno, dos políticos de fina craveira e visão de pássaro sobre as supostas menoridades do povoréu apegado a tradições e pequenezes aldeãs mas, não poucas vezes, escorrega-se-lhe a veia para a terrinha e, disfarçado em patocínio de função, lá se agigante orgulhosamente o 'regionalismo' (ou o que queira apelidar) batendo-se galhardamente pelos usos e costumes do seu país.
E muito bem. E quanto mais, melhor.
Somos aquilo em que acreditamos e aquilo por que nos expomos.
Agora..., misturar esse amor sadio pelo naco de terra que nos calhou em berço com a patética doença auto inflingida e dediadamente alimentada pelos 'amantes da bola' é que já me parece um bocadinho herético.
Digo eu que apreciando o azul, distingo o que é bom da lavagem onde quase sempre chafurdam os que acenam tais bandeiras.
Acresce que aprecio o verde e, quando a pátria se impõe, até torço pelo encarnado.
O "meu" regionalismo é integrante, parte do bocado para o todo maior;
é um puzzle, uma magnífica construção Lego.
Já devia saber que as minhas 'bacoquices' são relativas, por isso: 'biba o Puarto, carago!"
:)
(e haja paciência, não é?,; pois é... , ele há comentadoras que são 'um porre', livra!)

Helena Oneto disse...

Ja não se pode escrever aqui uma graçinha sem que caia o "Carmo e a Trincade"? Bem sei que não faltam motivos para exaltações, mas dai a duelos de faca e espada...:)
Ouf! consegui escrever duas linhas sem francesismos nem anglicismos!

Aproveito "esta aberta" para desejar ao meu carissimo Embaixador e às mulheres e homens de boa vontada que o leem um bom Natal.

Anónimo disse...

"Ouf" é o correspondente francês de "Ufa".

"Trincade" deve ser uma zona engraçada mas calculo que potencialmente perigosa...

Helena Sacadura Cabral disse...

Helena O., minha linda
Haverá duelo melhor e mais definidor deste país que adoro, que esta troca de galhardetes entre gente do Norte, com a elegância com que o fazem?!
Pois junte-se-lhe, já agora, um milho híbrido da Beira e Alentejo profundos, que sou eu, e temos a terrinha quase por igual.
Mas todos a dizer bem de Santos Silva. E junto-me aos que elogiam o "pessoano" José Blanco que conheço há uma eternidade e sempre ao serviço da Gulbenkian!

margarida disse...

Queridas Amigas, sossegai que bem sei que o nosso adorado anfitrião está convalescente, jamais usaria de toda a minha "artilharia" para lhe fazer ver a razão do meu ponto de vista, enquanto nessa condição debilitada !(ah-ham...)
;)
Já quanto ao futuro, lá diz o ditado que 'a Deus pertence'...
:)))

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