Chamam-se Academias do Bacalhau e reunem, em torno de refeições cuja base gastronómica é óbvia, cidadãos das comunidades portuguesas no exterior. Começaram há mais de 40 anos na África do Sul, são hoje mais de meia centena em cinco continentes e têm como objectivo fomentar o convívio entre os associados, sublinhar os valores da cultura portuguesa e levar a cabo acções de solidariedade.
Na presença de descendentes, a figura de Aristides Sousa Mendes - o cônsul perseguido pelo regime salazarista, por ter decidido conceder vistos a refugiados estrangeiros - foi ontem homenageada numa sessão da Academia de Bacalhau de Paris, a que estive presente, em Drancy, no arredores de Paris.
O local não foi casual: em Drancy existiu, durante a Segunda Guerra Mundial, um campo onde as forças de ocupação alemã concentravam pessoas que eram posteriormente deportadas para campos de concentração.
Na presença de descendentes, a figura de Aristides Sousa Mendes - o cônsul perseguido pelo regime salazarista, por ter decidido conceder vistos a refugiados estrangeiros - foi ontem homenageada numa sessão da Academia de Bacalhau de Paris, a que estive presente, em Drancy, no arredores de Paris.
O local não foi casual: em Drancy existiu, durante a Segunda Guerra Mundial, um campo onde as forças de ocupação alemã concentravam pessoas que eram posteriormente deportadas para campos de concentração.
2 comentários:
Deve ser Drancy.. Um abraço. E obrigado pelo seu blog
Concordo totalmente: Drancy, foi, simbolicamente, muito bem escolhida pela Academia do Bacalhau de Paris para homenagear Aristides Sousa Mendes. Só foi pena que esta homenagem não tinha tido nos órgãos de comunicação social em Portugal qualquer destaque. Se tivesse tido serviria de contra-ponto possível aos dislates e falsidades debitados acerca de Sousa Mendes, no semanário Sol do passado dia 16, pelo ministro salazarista da Educação José Hermano Saraiva.
*Entrevista realizada pelo director do Sol, sobrinho e afilhado do entrevistado, publicada em 9 e 16 de Setembro. Sem qualquer interesse jornalístico – o entrevistado de facto nada de relevante tem para dizer. Ao intimismo deslocado de algumas das perguntas e respostas juntou-se o “ajuste de contas” de José Hermano com alguns dos seus compinchas do passado e a deliberada intenção do entrevistador “lavar” uma parte do passado do seu próprio pai. António José Saraiva, malgré tout, não merecia uma coisa destas
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