sexta-feira, outubro 10, 2025

Ó diabo!

Isto é muito esquisito! Está-me a acontecer cada vez mais. Entro numa livraria vejo e revejo estantes, descubro livros novos que me interessam, coisas magníficas, memórias sobre ou de gente cuja vida e obra me motiva, ensaios sobre assuntos de que preciso de saber mais, e, ao fim da meia hora de busca e folheanço, saio sem comprar rigorosamente nada. Que diabo se passa? Ainda há pouco tempo isto nunca me acontecia! Tenho uma suspeita: é que, no momento da tentação da compra, vêm-me à ideia as estantes atulhadas de livros por ler que tenho por Lisboa e por Vila Real, a vergonha íntima que foi ter lido, em férias, apenas dois dos cerca de vinte volumes que levei para a praia. Quase o mesmo número de livros que, em Lisboa, ocupam a parte superior da minha mesa de cabeceira (disse bem, superior; nas prateleiras inferiores devem estar outros tantos). Deve ser isso, a consciência de que toda o resto da minha vida, por muita que ela venha a ser, será sempre pouca para ler o muito que entretanto comprei e nunca conseguir ler. Estarei a ficar mais "sábio", mais razoável? Não, estou é a ficar velho! Essa é a única coisa "nova" em mim. Ou melhor, o que é verdadeiramente novo é eu atrever-me a confessá-lo. 

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