É em absoluto ridícula a ideia de que uma força de interposição na Ucrânia, para sustentar um eventual armistício, possa vir a ser composta por tropas originárias de países que deixaram claro de que lado estão face a esta guerra, nomeadamente pelo apoio já dado aos contendores.
Nos tempos em que trabalhei na OSCE, era motivo de risota na organização a ideia russa de transformar os militares que deixou na Transnístria em "peacekeepers", a atuar entre a Moldova e aquele sua região separatista pró-russa. É que já se pressentia qual iria ser a sua "neutralidade"...
Qualquer força militar que vier a ser colocada na Ucrânia, no caso do curso da paz vir a passar por aí, tem de surgir com base num mandato do Conselho de Segurança da ONU e terá de comportar-se de forma rigorosamente equânime face às partes em conflito.
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