Há dez dias, na RTP 3, numa conversa com Ana Santos Pinto, referi este assunto, que não tinha visto ninguém suscitar: no caso de um eventual compromisso provisório na Ucrânia, ainda que precário e para sustentação de um simples armistício, que Trump possa vir a forçar, será necessário montar uma operação de "peacekeeping". A única entidade que pode fazer isso é o Conselho de Segurança da ONU. Mas o Conselho não está bloqueado, por oposição mútua dos EUA e da Rússia? Claro que sim. Mas se um acordo, ainda que provisório se fizesse, isso aconteceria precisamente pela vontade conjunta dos EUA e da Rússia, logo, o problema no Conselho de Segurança poderia ser ultrapassado. Seria necessária uma "conjugação de astros" muito grande para que o "milagre" se concretizasse? Claro. Mas a diplomacia é isso mesmo. E, já agora, os países europeus, se têm verdadeiramente interesse no multilateralismo, deveriam vir a aplaudir a ideia. Se ela surgir, claro.
Há minutos, vi este diálogo no X, entre alguém e Gérard Araud, que foi embaixador francês na ONU e em Washington. Vale a pena lê-lo:
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