Jimmy Carter, que morreu agora com 100 anos, foi um presidente polémico e contraditório. Teve belas atitudes no tocante aos Direitos Cívicos, à igualdade de género e ao ambiente, mas fugiu da tradição democrática nas políticas sociais e direitos laborais. Socialmente, Carter era muito conservador.
Carter hesitou na "détente", mas acabou por assinar o Salt II com a URSS. Confirmou a abertura à China, fez os acordos de Camp David, colocou os Direitos Humanos na agenda dos EUA, mas caiu na armadilha do Irão. Deu da América uma imagem de fraqueza, assim abrindo as portas a Reagan.
Jimmy Carter foi mais valorizado depois de sair da Casa Branca, pelo seu apego aos Direitos Humanos e à promoção da ordem democrática. Teve o prémio Nobel da Paz. No todo, provou ser um homem decente. Faria bem ao seu curriculum póstumo que Trump o não elogiasse.
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