A cara com que a figura pública ouviu esta expressão "mortal" era, verdadeiramente, um cara de poucos amigos. Proferiu-a um "espontâneo" (nome que se dá aos que saltam inopinadamente para as praças de touros, mas adequa-se), puxando a personalidade por um braço. Era - via-se à légua - uma "cunha" ou a lembrança de um pedido sem resposta. O visado balbuciava fórmulas dilatórias e levantava, distraído, o olhar, tentando descortinar, dentre a multidão, uma qualquer cara conhecida a quem pudesse agarrar-se socialmente, fugindo à "melga" que lhe atazanava a manhã. A coisa durou uns bons minutos. Não sei que fórmula mágica usou mas, por fim, lá vi os dois separarem-se, com a personalidade, com manifesto ar de alívio, rumando a um horizonte de sossego.
Que chatos são os chatos!
2 comentários:
"Atazanar". Já não me esqueço.
Na TV também presenciámos uma cena idêntica: a de um "espontâneo", actual chairman da EDP, solícito, a segurar António Costa pelo braço e a fazer-lhe um pedido!
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