terça-feira, setembro 08, 2015

Recado aos taxis


Vistam-se como deve ser, usem carros cómodos, impecavelmente limpos e sem cheiro a comida, tabaco ou odor pessoal intenso, fechem as janelas e usem o ar condicionado quando o pedirmos, sejam educados, simpáticos e atentos com os clientes, calem a rádio aos berros, baixem a voz da "menina" da central a chamar os colegas, não protestem com os outros condutores, conduzam suavemente e com a preocupação da comodidade e segurança dos clientes, não nos atazanem os ouvidos com queixas contra "eles" e contra "isto", não nos falem do estado do trânsito, de futebol, de política e dos "pretos", não façam cenas com os trocos e passem recibo sem o pedirmos, deem-nos a permanente garantia de conseguirmos ir do aeroporto ao Campo Grande sem ter de passar por Alcântara, tratem os estrangeiros como clientes normais e não como fonte de especulação. Quando oferecerem um serviço SEMPRE assim, podem estar certos que esqueceremos o UBER. Até lá, habituem-se!

20 comentários:

Anónimo disse...

Exactamente. Agora até há taxis Renault Clio onde querem pôr quatro passageiros e a respectiva bagagem.

JPGarcia

Carlos Fonseca disse...

Não são precisas mais palavras. Apoiado!

Anónimo disse...

tÁxis - com acento

Graça Sampaio disse...

E mais: não se insinuem juntos de mulheres sem companhia como me aconteceu na Madeira, uma das vezes que lá fui dar formação a professores...

J.-M. Nobre-Correia disse...

Exatissimamente ! Respeito para com o cliente e educação fazem de facto muita falta !...

Majo disse...

~~~
~ Subscrevo.
~~~~~~~~~~~~

Anónimo disse...

Tudo dito. Quem paga quer receber em troca um bom serviço, um bom atendimento,coisa que muitas vezes não acontece, mormente no que refere ao serviço de táxi.
Não devemos, no entanto, generalizar. Note-se que os motoristas de táxi são seres humanos, com erros e acertos e, como em todas os ramos de atividade, há os bons, os "assim assim" (lol) e os maus profissionais.
Não nos esqueçamos, porém, que há passageiros que deveriam ir a pé .... Se eu fosse motorista de táxi negar-me-ia a transportar alguns desses, ainda que me pagassem em dobro.

Saudações.

Anónimo disse...

Urbi et orbi!
Não sei se o Marquês ainda está para isso...

Anónimo disse...

Perfeito reparo. De registar que atualmente, já se encontram muitos jovens nos táxis com modos e procedimentos bem diferentes daqueles a que já nos tínhamos habituado. Há uns anos no dia 1 de Janeiro, chegada ao aeroporto vi-me noite dentro, antes da "rotunda do relógio" com a bagagem na rua depois de ter anunciado o destino de casa. Era relativamente perto... Num dia de poucos táxis valeu-me um transeunte que subia para o aeroporto e que fez o favor de dar a volta para me ajudar. Que começo de ano novo! As outras "pequenas estórias" ficaram esquecidas, quando comparadas com aquela vez em que não ganhei para o susto.

Guilherme Sanches disse...

Não conseguiria concordar mais.
Há aplicações no telemovel (motionX-GPS, por exemplo) que fazem o seguimento da viatura em tempo real, via GPS, traçando o o percurso percorrido no mapa. Habituei-me a usá-lo quando pego um taxi, e quando vejo demasiadas curvas, pergunto com ar entendido - desculpe, entendeu bem o sítio para onde quero ir, entendeu? Normalmente resulta
Um abraço

Anónimo disse...

Pode-se ser racista com toda uma classe profissional? Este comentário é arrepiante. Digno de um Orban que tanto critica.

E o que impede os senhores maravilhosas da Uber de se tornarem taxistas e seguirem as leis da nação?

Incrível este seu post, na mesquinhice de pensamento e no espírito do 'eu, eu, eu' que nem os de esquerda questionam.

Anónimo disse...

E que deixem de pôr a Rádio Amália em permanência a debitar fados a todo o vapor. Não é uma questão de gostar ou não gostar de fado, é uma questão de decibéis e de respeito pelo cliente.

Anónimo disse...

A este propósito não percam a crónica de Ferreira Fernandes no Diário de Notícias de hoje.
carlos cardoso

João Espinho disse...

Levei para a minha Praça, com a devida vénia.

Anónimo disse...

Concordo plenamente com as suas afirmações. No aeroporto de Lisboa entrei uma vez num táxi, que afinal tinha capacidade para levar 7 passageiros, no qual se pagava mais do que nos táxis normais e ninguém me disse nada. Só no final da corrida, quando questionei o motorista por ter pago bastante mais do que o habitual, ele me disse com displicência que aquele veículo tinha uma sobretaxa por ser para transportar 7 pessoas.
E quando, em pleno mês de Julho, se entra num táxi, estacionado numa praça de táxi de Lisboa e ele nem sequer tem ar condicionado.

isso é inaceitável.

Assim senhores táxis não se espantem que as pessoas procurem alternativas mais eficientes

domingos disse...

Nesta disputa Taxis - Uber não é fácil tomar partido. Mas o tema faz-me lembrar as intensas lutas que houve no séc. XIX entre os donos das carroças e diligências e as empresas ferroviárias. A única conclusão que me atrevo a tirar é que com leis ou sem elas ninguém consegue travar o progresso.

Jose Martins disse...

Senhor Embaixador,
Andei poucas vezes de táxi em Lisboa.
Em 1983 numa viagem que fiz da Arábia Saudita a Portugal, vindo de comboio da minha terra para Lisboa, comigo uma bolsa com umas lembranças da terra que minha irmã me entregou, para uma filha a morar na Póvoa de Santo Adrião. Na bicha tomei um táxi e entrei para o assento de trás com a bolsa... O motorista, cara de malandreco a mascar pastilhas elásticas, desde logo me diz: "amigo a bolsa é la para trás!
Disparou o fecho da porta da mala e lá meti a bolsa".
Eu não estava habituado a essa deselegância em outros países do mundo onde trabalhava...
Bem tinha em mente dar-lhe uma grogeta ao malcriado quando me deixasse no destino e acabou por não levar nada!
Em outras, poucas ocasiões, chegado a Lisboa logo após a saída da Portela e notando eles que eu vinha do estrangeiro, desde logo me ofereciam "meninas" e com conhecimento onde havia da boa!!!
Última vez, em 2007, que fui a Lisboa da Defensores de Chaves para o aeroporto umas vezes pagava 12 euros, outras 15 e uma 20.
Não refilei porque entendi que não valia a pena...
Saudações de Banguecoque

Vasco disse...

Assunto multifacetado este. Investir na formação de qualquer profissional, pois sim, é necessidade urgente. Ipso facto, dos taxistas. Mas não é justo esquecer, eclipsar, a origem de onde provem a maioria destes profissionais. Casos de deseducação, há-os por todos os lados. Por outro lado, quanto se pode aprender das conversas que podem ocorrer num táxi: é a vox populi, dirão, mas ela é importante e necessária ao viver social, que não existe apenas na esfera hipostática daqueles que, por pensamento ou condição, se imaginam olímpicamente de raça diferente.

Assim, a comparação das duas ordens de grandeza em causa, os táxistas, que rolam ao ritmo de uma tradição, e os filiados na Uber, que incorporaram no negócio os recursos inovadores das tecnologias de ponta, é pertinente talvez de um ponto de vista imediatista e utilitarista. Mas esquece dados de fundo: os interesses comandados a nível de uma ordem global, cuja marca se conhece, e os interesses de um grupo profissional de âmbito mais limitado. A parada está montada, jogam-se aqui como noutros terreiros, e cada cidadão é chamado a perceber toda a densidade dos vários problemas, que são de natureza social e política. É a partir daí que começa a análise do que verdadeiramente está em causa!

Vasco Tomás

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Vasco Tomás. Eu quando apanho um "carro de praça" quero apenas que, com o conforto possível e sem ninguém me criar chatices, ir de um lado a outro, pagando o preço devido. Era o que mais faltava que tivesse que pensar nos "interesses comandados"! Quanto o meu Amigo compra um guarda-chuva numa loja de esquina, porque cai uma bátega de água, ou coloca uma t-shirt, pensa no trabalho das crianças chinesas ou nos trabalhadores sem sindicato que estão na origem do produto? A vida não tem de ser uma aula obsessiva de sociologia do trabalho...

João Manuel disse...

Muito bem dito Sr. Embaixador. Concordo plenamento consigo. Lido e aprovado!!!

João Manuel

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...