Um dia, quando era embaixador no Brasil, fui apresentado à professora Beatriz Berrini, uma das maiores especialistas mundiais na obra de Eça de Queiroz. Falei-lhe da minha imensa admiração pelo escritor e do facto de, sobre ele, ter lido escritos da sua autoria.
Beatriz Berrini não foi modesta: "Se gosta muito de Eça, tinha de conhecer a minha obra". Achei graça ao auto-elogio no comentário, mas ela tinha óbvia razão. Era, no Brasil, a figura mais destacada nos estudos "ecistas", como naquele país são chamados os "queirozianos".
Beatriz Berrini não foi modesta: "Se gosta muito de Eça, tinha de conhecer a minha obra". Achei graça ao auto-elogio no comentário, mas ela tinha óbvia razão. Era, no Brasil, a figura mais destacada nos estudos "ecistas", como naquele país são chamados os "queirozianos".
Foi agora anunciada a morte de Beatriz Berrini, aos 92 anos.
4 comentários:
Mais uma amiga que partiu. A sua edição das obras completas de Eça na Aguilar é a melhor - e tive o gosto de a poder apoiar.
JPGarcia
Não a conheci, mas por gostar de Eça deveria ser uma ótima pessoa.
JP Garcia: tenho essa edição há muitos, muitos anos. Até a capa já se anda a desfazer, fruto da humidade que subiu do rio para a encosta de Santana e a foi afectando.
Permita-me destacar o interessantíssimo trabalho "Portugal de Eça de Queiroz", editado pela INCM, correspondendo à tese de doutoramento de Beatriz Berrini em 1982.
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