O Sr. Embaixador só ouviu o debate de ontem não o viu? Foi? Só que atualmente as pessoas já não ligam nenhum às imagens dos políticos e muito menos ao que dizem. Porque efetivamente nada dizem e a imagem, nem nua. Radicalmente diferente daquela época em que a imagem, facto novo, imperou sobre as palavras! E é pura incompetência porque há tanto para dizer de tudo!
Segundo creio, Sr. Embaixador, quem seguiu esse famoso debate pela rádio ficou mesmo com a impressão que Nixon ganhou, mas a linguagem corporal traiu-o na televisão perante Kennedy (que, convenhamos era muito mais bem parecido que o fuinha Nixon). Mas eu desconverso, porque esta posta não é sobre o debate Kennedy/Nixon, pois não :-) ?
As pessoas sabem que a coligação pegou num Estado falido, aos pés dos credores, incapaz de se financiar, perante a perspectiva de colapso da economia e dos mecanismos públicos de bem-estar, e que Portugal tem hoje de novo um Estado soberano e credível, condição sem a qual não é possível sustentar níveis civilizados de crescimento e tranquilidade sociais. A recuperação exigiu - e exige ainda - um ajustamento traumático? É verdade. Esse processo piorou as condições de vida de muitos portugueses? Sem dúvida. Mas a causa do ajustamento foi a eleição do PSD-CDS? Não, não foi: o que motivou o ajustamento foi a situação de pré-bancarrota que o Governo recebeu e solucionou."
Ironia fina, tão rara nos tempos que correm e que a populaça não capta. Sobre o debate de ontem, nada melhor que sentar-se logo pela manhã no café do bairro e ouvir o que as gentes dizem. Novelas e novelos de má língua. Mas o povo é que vota, ordena e ordenha.
E que dizer das declarações dos participantes na sala da imprensa após o debate? Parece aquela "cena" dos treinadores de futebol após a conclusão dos jogos... Por acaso não reparei se falaram dos árbitros ou de algum penalti que tenha ficado por marcar. E... foram vários!!
Portugal está bem servido. Alternativa é coisa que o País há várias décadas não tem. Limitamo-nos a umas alternâncias cada vez mais sensaboronas. Mas costumo dizer que cada sociedade merece os Partidos que tem no arco da governação e os politicos. Como tal uma sociedade passiva e amorfa como a nossa, que tem gente que mesmo perante todos os indicios de crime de lesa Pátria continua a defener por uma questãpo tática e de clubite partidária autênticos farsolas. Enfim depois os maus são os comunas, os salazaristas e por ai vai.
Já se percebeu quem, ontem, contra a expectativa de muitos (eu incluído), ganhou o debate. Por isso lhes custa tanto admiti-lo. Finalmente Costa encontrou o tom certo (agressivo e assertivo q.b.) e acertou em cheio, como um dardo, nos pontos fracos do Passos e da sua governação. Gostei particularmente deste “dardo”: os únicos verdadeiros postos de trabalho que criaram foi de enfermeiros em… Inglaterra! Simples, mas eloquente.
Não precisa Costa, para ganhar com uma margem expressiva, como necessita (e o país também), de fazer incursões por outras áreas, basta-lhe concentrar-se, a partir de agora, nas que ontem inteligentemente escolheu e insistir nesses temas como o mesmo tom e a mesma assertividade.
Não esquecer que nesse debate Kennedy/Nixon houve dois vencedores. Kennedy ganhou as sondagens para quem o seguiu na televisão e Nixon ganhou o debate para quem o seguiu na rádio.
Até um cego acerta em cheio nos pontos fracos de Passos. O dificílimo seria acertar num ponto forte. Mas os Costistas também são bem cegos, porque a única coisa válida que lhe saiu ontem foi dizer que não tinha prevista nenhuma visita ao Sócrates.
1. A Clara de Sousa está cada vez mais parecida com o José Castelo Branco. 2. António Costa está bastante mais castanho que nos cartazes. 3. Talvez seja dos meus olhos, mas pareceu-me que a rapariga da linguagem gestual estava sempre a fazer o mesmo gesto. Receio que fosse "Não estão a perder nada por não estarem a ouvir...". 4. A televisão do Correio da Manhã estava a dar resumos de jogos de bola. 5. As ideias-chave foram "plafonamento", "termino já" e "quem chamou a Troika foi o senhor". 6. António Costa não levou botões de punho. O eleitorado não costuma perdoar estes lapsos. (aquele nó de gravata também não ajudou nada...). 7. O cabelo de Passos Coelho está a donaldtrumpetizar-se. 8. O "não vá por aí..." de António Costa soou ao bom velho "olhe que não...". 9. O buzz que ficará do debate será "O senhor está a debater comigo e não com o Engenheiro Sócrates". 10. Se eu, lá na minha vida de assalariado, me baralhasse tanto com os números e fosse tão confuso a passar uma ideia como se baralharam e confundiram os dois homens que pretendem governar o meu país, estava bem tramado. 11. Alguém podia ter dito aos apresentadores qual era a câmara que estava a filmar... 12. As perguntas finais pareciam perguntas desses inquéritos de Verão que se fazem às pessoas das telenovelas. 13. Não sei quem ganhou. Sei que eu perdi, podia perfeitamente ter visto dois episódios de Breaking Bad durante esta hora e meia. Um bom dia para todos sem exceção.
Caro Mello Breyner o Sr. tem um amigo excelente que com certeza não é o Sr. Embaixador. Eu vi o debate mas não perdi os debates Djokovic-lopez e a Halep-Azarenka. Incomparáveis com o 1º realmente!
O que eu cá sei é que o Costa apareceu, e ao contrário do que diziam que passava a vida a defender-se, chegou e muito a tempo de dar uma abada ao mentiroso. Se a "malta" não for masoquista, já saberá onde ir votar no dia 4. O resto é conversa. O trio para a rua; o duo PC, já e o chefe um pouco mais à frente, pois ainda terá de dar posse ao Costa.
Não vi nem ouvi o debate de quarta-feira: estou farto da politica que cada vez mais é pulhitica. Mas, ao que me dizem e escrevem o António Costa deu uma abada no Pinóquio II. Assim desse o nosso Sporting. Mas com debate ou sem ele vou votar Costa.
Obviamente que vou votar Costa como atenuante da desesperança e a solidão do mal menor, quanto ao jogo de reis e rainhas do lenço e dos elásticos joguei muito em pequena...
se antes era só o estado que estava na banca Rota, agora é o estado das famílias em geral a braços com impostos sobre impostos com a proliferação de doenças por falta de quem preste cuidados com a incerteza pela falta de respeito pela evolução das suas necessidades, pelo escorraçar dos seus filhos para fora de casa,pelo contra natura dos jovens desempregados e adultos desgastados pelo caldo propicio à geração espontânea de muitos e bons pobres para conceber poucos mas melhores ricos...Pelo adultério entre iniquidades com desumanismo na supervalorização de saberes partidários manhosos em detrimento dos saberes empíricos e ou científicos ou dos resultados da evidência.
Enfim futilidades para ilusão de ótica dos reais problemas, fogueiras de vaidades enquanto os trabalhadores penam por alguém que os mude de posição para evitar ulceras de pressão pela longa espera de braços que continuam caídos já sem saber o verdadeiro porquê...
18 comentários:
... e o Kennedy as eleições!!!
O Sr. Embaixador só ouviu o debate de ontem não o viu? Foi?
Só que atualmente as pessoas já não ligam nenhum às imagens dos políticos e muito menos ao que dizem. Porque efetivamente nada dizem e a imagem, nem nua. Radicalmente diferente daquela época em que a imagem, facto novo, imperou sobre as palavras!
E é pura incompetência porque há tanto para dizer de tudo!
Segundo creio, Sr. Embaixador, quem seguiu esse famoso debate pela rádio ficou mesmo com a impressão que Nixon ganhou, mas a linguagem corporal traiu-o na televisão perante Kennedy (que, convenhamos era muito mais bem parecido que o fuinha Nixon). Mas eu desconverso, porque esta posta não é sobre o debate Kennedy/Nixon, pois não :-) ?
Com a devida vénia ao autor:
"Francisco Mendes da Silva, A grande farsa:
As pessoas sabem que a coligação pegou num Estado falido, aos pés dos credores, incapaz de se financiar, perante a perspectiva de colapso da economia e dos mecanismos públicos de bem-estar, e que Portugal tem hoje de novo um Estado soberano e credível, condição sem a qual não é possível sustentar níveis civilizados de crescimento e tranquilidade sociais. A recuperação exigiu - e exige ainda - um ajustamento traumático? É verdade. Esse processo piorou as condições de vida de muitos portugueses? Sem dúvida. Mas a causa do ajustamento foi a eleição do PSD-CDS? Não, não foi: o que motivou o ajustamento foi a situação de pré-bancarrota que o Governo recebeu e solucionou."
Ironia fina, tão rara nos tempos que correm e que a populaça não capta. Sobre o debate de ontem, nada melhor que sentar-se logo pela manhã no café do bairro e ouvir o que as gentes dizem. Novelas e novelos de má língua. Mas o povo é que vota, ordena e ordenha.
A bala em Dallas chegou com 4 anos de atrazo
E que dizer das declarações dos participantes na sala da imprensa após o debate?
Parece aquela "cena" dos treinadores de futebol após a conclusão dos jogos...
Por acaso não reparei se falaram dos árbitros ou de algum penalti que tenha ficado por marcar. E... foram vários!!
Portugal está bem servido. Alternativa é coisa que o País há várias décadas não tem. Limitamo-nos a umas alternâncias cada vez mais sensaboronas. Mas costumo dizer que cada sociedade merece os Partidos que tem no arco da governação e os politicos. Como tal uma sociedade passiva e amorfa como a nossa, que tem gente que mesmo perante todos os indicios de crime de lesa Pátria continua a defener por uma questãpo tática e de clubite partidária autênticos farsolas. Enfim depois os maus são os comunas, os salazaristas e por ai vai.
Já se percebeu quem, ontem, contra a expectativa de muitos (eu incluído), ganhou o debate. Por isso lhes custa tanto admiti-lo. Finalmente Costa encontrou o tom certo (agressivo e assertivo q.b.) e acertou em cheio, como um dardo, nos pontos fracos do Passos e da sua governação. Gostei particularmente deste “dardo”: os únicos verdadeiros postos de trabalho que criaram foi de enfermeiros em… Inglaterra! Simples, mas eloquente.
Não precisa Costa, para ganhar com uma margem expressiva, como necessita (e o país também), de fazer incursões por outras áreas, basta-lhe concentrar-se, a partir de agora, nas que ontem inteligentemente escolheu e insistir nesses temas como o mesmo tom e a mesma assertividade.
Não esquecer que nesse debate Kennedy/Nixon houve dois vencedores. Kennedy ganhou as sondagens para quem o seguiu na televisão e Nixon ganhou o debate para quem o seguiu na rádio.
Até um cego acerta em cheio nos pontos fracos de Passos. O dificílimo seria acertar num ponto forte. Mas os Costistas também são bem cegos, porque a única coisa válida que lhe saiu ontem foi dizer que não tinha prevista nenhuma visita ao Sócrates.
Como disse um bom amigo meu,
1. A Clara de Sousa está cada vez mais parecida com o José Castelo Branco.
2. António Costa está bastante mais castanho que nos cartazes.
3. Talvez seja dos meus olhos, mas pareceu-me que a rapariga da linguagem gestual estava sempre a fazer o mesmo gesto. Receio que fosse "Não estão a perder nada por não estarem a ouvir...".
4. A televisão do Correio da Manhã estava a dar resumos de jogos de bola.
5. As ideias-chave foram "plafonamento", "termino já" e "quem chamou a Troika foi o senhor".
6. António Costa não levou botões de punho. O eleitorado não costuma perdoar estes lapsos. (aquele nó de gravata também não ajudou nada...).
7. O cabelo de Passos Coelho está a donaldtrumpetizar-se.
8. O "não vá por aí..." de António Costa soou ao bom velho "olhe que não...".
9. O buzz que ficará do debate será "O senhor está a debater comigo e não com o Engenheiro Sócrates".
10. Se eu, lá na minha vida de assalariado, me baralhasse tanto com os números e fosse tão confuso a passar uma ideia como se baralharam e confundiram os dois homens que pretendem governar o meu país, estava bem tramado.
11. Alguém podia ter dito aos apresentadores qual era a câmara que estava a filmar...
12. As perguntas finais pareciam perguntas desses inquéritos de Verão que se fazem às pessoas das telenovelas.
13. Não sei quem ganhou. Sei que eu perdi, podia perfeitamente ter visto dois episódios de Breaking Bad durante esta hora e meia.
Um bom dia para todos sem exceção.
Caro Mello Breyner o Sr. tem um amigo excelente que com certeza não é o Sr. Embaixador. Eu vi o debate mas não perdi os debates Djokovic-lopez e a Halep-Azarenka. Incomparáveis com o 1º realmente!
A Oposição está a marcar pontos:
Catarina Martins 1 - Paulo Portas 0 (zero)/ Portas arrazado;
António Costa 1 - Pedro Passos Coelho 0 (zero)/ Passos derrotado;
Falta agora quem mais contra quem?
O que eu cá sei é que o Costa apareceu, e ao contrário do que diziam que passava a vida a defender-se, chegou e muito a tempo de dar uma abada ao mentiroso. Se a "malta" não for masoquista, já saberá onde ir votar no dia 4. O resto é conversa. O trio para a rua; o duo PC, já e o chefe um pouco mais à frente, pois ainda terá de dar posse ao Costa.
Mello Breyner, meta lá o acento em "José", que raio! Tanto cuidado com o "ll" e o "y" e nenhum com o "é"?
Caro Chico
Não vi nem ouvi o debate de quarta-feira: estou farto da politica que cada vez mais é pulhitica. Mas, ao que me dizem e escrevem o António Costa deu uma abada no Pinóquio II. Assim desse o nosso Sporting. Mas com debate ou sem ele vou votar Costa.
Abç do Leãozão
Obviamente que vou votar Costa como atenuante da desesperança e a solidão do mal menor, quanto ao jogo de reis e rainhas do lenço e dos elásticos joguei muito em pequena...
se antes era só o estado que estava na banca Rota, agora é o estado das famílias em geral a braços com impostos sobre impostos com a proliferação de doenças por falta de quem preste cuidados com a incerteza pela falta de respeito pela evolução das suas necessidades, pelo escorraçar dos seus filhos para fora de casa,pelo contra natura dos jovens desempregados e adultos desgastados pelo caldo propicio à geração espontânea de muitos e bons pobres para conceber poucos mas melhores ricos...Pelo adultério entre iniquidades com desumanismo na supervalorização de saberes partidários manhosos em detrimento dos saberes empíricos e ou científicos ou dos resultados da evidência.
Enfim futilidades para ilusão de ótica dos reais problemas, fogueiras de vaidades enquanto os trabalhadores penam por alguém que os mude de posição para evitar ulceras de pressão pela longa espera de braços que continuam caídos já sem saber o verdadeiro porquê...
Oh.
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