A imaginação da gastronomia protocolar não tem limites. Ontem, fui convidado para uma exposição seguida de um "cocktail dînatoire". Conhecia a expressão, mas já não a via referida há muito. É como se se avisasse que a recepção será tão abundante que, depois dela, ninguém precisará já de jantar.
Lembrei-me que há, em Portugal, um termo similar, o "lanche ajantarado". Mas, como me dizia, na ocasião, um colega português, que tem por missão dar atenção prioritária às coisas da cultura, a nós nunca nos passa pela cabeça pôr isto num cartão de convite.
Lembrei-me que há, em Portugal, um termo similar, o "lanche ajantarado". Mas, como me dizia, na ocasião, um colega português, que tem por missão dar atenção prioritária às coisas da cultura, a nós nunca nos passa pela cabeça pôr isto num cartão de convite.
3 comentários:
Uhm… “lanches ajantarados”…foi coisa de que sempre fugi. Se calhar tive azar, aos poucos a que fui obrigado a ir e “resistir até quase ao fim”. Fica-me a impressão de um pouco de “menu de entulho”, mas, como digo, foi provavelmente muita má sorte.
Ainda há um mês, calhou-me um na “rifa”, naqueles “encontros familiares” de que só com muita dificuldade nos conseguimos escapar. Lá fui. Triste, mas tive de “me apresentar”. Sandes disto, daquilo e daqueloutro, sumos de fruta A, B, C, D e etc e tal, Sangria, salgados, salgadinhos e salgaditos, mais gordura, menos colesterol, bolos, bolaraus e outros taus, enfim, e eu a ver se “catrapiscava” um bom vinhito (nestas ocasiões as exigências são menores, logo o vinho é fraquito). Ah! e falta referir os inevitáveis “conhecidos” que só nessas alturas encontramos e nunca mais queremos voltar a ver.
Valeu uma Senhora de 92 anos que contava anedotas picantes, acabando por fazer corar umas “donzelas de 60” (“incrível, se são coisas que se contem!”, os comentários das almas ofendidas). Foi o que nos safou! Ás vezes, nem tudo é mau nos tais lanches ajantarados.
P.Rufino
Já agora, outra contribuição finória. O convite, traje "casual", para um brunch, na minha Quinta de...
Não tendo património que se assemelhe, mas possuindo um terraço imenso, de fazer inveja, com vista sobre o Tejo, estou a pensar, nestes tempos de crise, convidar socialmente para " um brunch no meu terraço"...
Vai pegar, pela certa, aqui para os lados da Lapa!
PS Ressalvo, por justiça, o brunch dominical do Ritz e o do Restaurante chinês do Casino Estoril.
São excelentes.
Ora aí está uma sugestão que levanta a alma, aquela que Helena Sacadura Cabral aqui faz. Já é muito mais interessante, sem dúvida. Numa Quinta, ou já agora também, num Monte. A menção ao traje tornaria o evento numa coisa mais, digamos, empenhada. E com atractivos gastronómicos mais apetecíveis. Se calhar.
Esse Restaurante chinês no Casino do Estoril é, de facto, muito bom.
Quanto a vistas, Estimada Helena temo-las em comum, só que as minhas são um pouco mais longe, na Biscaia, ali para os lados da Malveira da Serra, “cantinho” que descobri por mero acaso e do qual gosto mais cada dia que passa.
P.Rufino
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