Num novo espaço de exposições, numa das saídas de Paris, foi reconstruída, para prazer de memória de muitos, nos quais me incluo, a famosa casa Arpel, que foi cenário de algumas das cenas mais hilariantes do filme "Mon Oncle", de Jacques Tati.
Servido por uma música que diversas gerações identificam com facilidade, este primeiro trabalho a cores de Jacques Tati, de 1958, constituiu, ao tempo, um grande êxito em Portugal.
Tati já tinha feito o genial "Jour de Fête" e o "Vacances de Monsieur Hulot". Ao "Mon Oncle" seguiu-se o "Playtime", onde o ridículo da modernidade voltou a ser o tema central.
A retrospectiva da sua obra, que a Cinémathèque française agora iniciou, foi o pretexto para esta reconstituição. Para quem, por acaso, possa não ter desistido de sonhar, rever os filmes de Tati é quase uma obrigação eterna.
Servido por uma música que diversas gerações identificam com facilidade, este primeiro trabalho a cores de Jacques Tati, de 1958, constituiu, ao tempo, um grande êxito em Portugal.
Tati já tinha feito o genial "Jour de Fête" e o "Vacances de Monsieur Hulot". Ao "Mon Oncle" seguiu-se o "Playtime", onde o ridículo da modernidade voltou a ser o tema central.
A retrospectiva da sua obra, que a Cinémathèque française agora iniciou, foi o pretexto para esta reconstituição. Para quem, por acaso, possa não ter desistido de sonhar, rever os filmes de Tati é quase uma obrigação eterna.
3 comentários:
Recordo-me bem de ir ao cinema ver “ as férias do Senhor Hulot”, “O meu tio”, para só mencionar estes dois, do eterno e saudoso Jacques Tati. Eram filmes simples, com um humor extraordinário, sem recurso ás palavras, onde as expressões e, sobretudo, as situações eram o mote dos filmes. E, curiosamente, conseguiam atrair as gerações dos mais novos aos mais velhos. Havia algo de sublime naquela simplicidade, naquela forma de nos fazer rir. Eram realizações, ou produções, de baixo custo, mas que conquistaram um público que lhes ficou fiel.
Genial ideia esta de Francisco Seixas da Costa de nos recordar os filmes de Jacques Tati.
Comecei por ir pela mão de meus pais e mais tarde era eu próprio que tomava a iniciativa de os ver e, posteriormente, de rever.
Enfim, um cinema de um tempo que já passou. É pena que já não se façam filmes deste tipo. E será que haveria – hoje – público para os ver e entender? Tenho as minhas duvidas.
Caro Francisco, que saudades do Sr. Hulot e de J.Tati! Gratíssimo por me fazer recuar agradavelmente no tempo!
P.Rufino
Muito obrigada Senhor Embaixador por me fazer relembrar tempos passados. Felizmente continuo a soltar sonoras gargalhadas com monumentos que se constroem entre nós. Nem os menciono porque tenho alguma contenção no que escrevo nas suas páginas. Mas, sabe-se, são obra de artista conceituado e decoram uma zona nobre da cidade.
À bon entendeur salut!
De qualquer modo, um enriquecido senhor Silva, que em tempos conheci, vindo das terras que hoje são diplomaticamente suas, resolveu construir uma maison de vacances très, très moderne. E, castigo meu, convidou-me e a um dos meus filhos, para a inauguração. Este é o meu karma: de tão simpática que sou, convidam-me e aos rebentos, para as mais excelsas obras. Um de cada vez, claro. E sobeja sempre para a mãe ...
Dessa vez fiquei fechada na garagem do senhor Silva durante duas horas, com um calor que rondava os quarenta graus. Quando, finalmente, os bombeiros conseguiram tirar-me de lá, o pilarete do lago do senhor Siva destravou e eu fiquei uma gata pingada. Salvaram-me na altura uns frescos 30 anos e uma imensa capacidade de me rir deste tipo de situações. Mas os laços de intimidade que mantinha com a arquitectura moderna nacionalsofreram um rude golpe!
Meu mui ilustre P.Rufino, espero bem que continue a haver gente que goste de ver estes filmes. O que espero é que os Hulot nacionais se limitem a convidar os meus políticos para estas inaugurações. Porque, no caso deles, é bem feito.
Helena Sacadura Cabral
Filmes deliciosos, de humor intemporal.
Enviar um comentário