sexta-feira, abril 24, 2009

25 de Abril

Esta é a madrugada que eu esperava
0 dia inicial inteiro e limpo
onde emergimos da noite e do silêncio
e livres habitamos a substância do tempo

Sofia de Mello Breyner

3 comentários:

José Leandro disse...

É sem dúvida a Madrugada de todos nós! Um abraço desde Santarém e recordando (sempre) um movimento generoso. Uma lição histórica!

Helena Sacadura Cabral disse...

Só uma poetisa com a grandeza de alma de Sophia seria capaz de dizer, hoje, "livres habitamos a substância do tempo"...

Paulo Correia disse...

Ora Viva! Temos um ilustre militar de Abril! E, dos autênticos, pois com saber da experiência feito.
Envio sincero e fraterno abraço de felicitações pela participação e pela atitude.

Participei num almoço comemorativo do 25 de Abril. Apesar de haver alguns jovens, a idade dos participantes é cada vez maior. Os cabelos cada vez mais brancos e rarefeitos.

Havia também alguns capitães de Abril presentes que manifestaram nas suas intervenções alguns lamentos e preocupações. Fez-se Abril. Muito ficou por fazer… Envio poema do Manuel Alegre a condizer.

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Abril de Sim Abril de Não

Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.

Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.

Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.

Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.

Manuel Alegre

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