O novo secretário-geral da NATO disse no PE que, para se poder substituir militarmente aos EUA, a Europa precisaria de gastar 10% do seu orçamento em defesa. Por muito grande que possa ser o susto europeu, depois da Ucrânia, não há a mais longínqua hipósese de isso vir a suceder.
A União Europeia não é um país, são 27 opiniões públicas com agendas de interesses e perceções de risco diferentes, que jamais conseguiriam acordar simultaneamente numa medida dessa dimensão - nem sequer metade disso.
Porque nunca poderá ter uma defesa autónoma, a União Europeia vai continuar a "comprar" segurança aos Estados Unidos. O preço que Trump vai exigir vai ser elevado, em termos comerciais, de venda de armamento, de gás e outras concessões. A Europa vai esbracejar, mas vai ceder.
Trump, tal como fez no passado, vai desprezar a União Europeia como um todo e vai "pescar à linha" no seu diálogo com os Estados europeus que lhe convenham. Estes, como se viu já com Meloni, irão, um por um, comer à mão de Washington e, com isso, enfraquecerão a capacidade da UE.
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