Tive hoje o gosto de fazer uma palestra ao grupo de diplomatas que acaba de ingressar no Ministério dos Negócios Estrangeiros, no início de um curso intensivo de preparação que se prolongará por várias semanas. A sua seleção foi feita através daquele que é o mais exigente concurso de acesso ao serviço público que existe no nosso país.
Com a assumida limitação do caráter datado da minha experiência - entrei no MNE é precisamente 50 anos e saí do serviço ativo já há 12 anos -, atrevi-me a dar alguns conselhos, mais comportamentais e menos doutrinários, que me pareceu poderem continuar a ser minimamente válidos. As experiências passadas pode ter algum interesse, mas há que ter em conta que cada percurso profissional dependerá de uma multiplicidade de variáveis impossíveis de prever ou controlar. Alertar para alguns riscos e para a necessidade de estar atento a certas circunstâncias recorrentes foi o que procurei fazer. Espero que isso lhes possa ser de alguma utilidade.
Durante aquela hora de conversa, troquei impressões com quem vai ter o extraordinário privilégio, nas décadas que aí vêm, de defender o nome de Portugal pelo mundo e de interpretar os nossos interesses junto de outros Estados e em organizações internacionais. Só posso desejar muito boa sorte a todos aqueles jovens que apostaram a sua vida na nossa diplomacia.
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