Há 117 anos, passados ontem, José Maria Eça de Queiroz, escritor (e também diplomata), morria em Neuilly.
Recordemo-lo, em "A correspondência de Fradique Mendes", a falar do calor. Como o que aí anda..
"Entrei no quarto atordoado, com bagas de suor na face. E debalde rebuscava desesperadamente uma outra frase sobre o calor, bem trabalhada, cintilante e nova! Nada! Só me acudiam sordidezas paralelas, em calão teimoso: "é de rachar!", "está de ananazes!", "derrete os untos!"... "
6 comentários:
Atualmente não está muito calor. 38 graus em Beja, 32 em Lisboa, não é de mais. Está um pouco mais calor que o normal para agosto, mas não demasiado.
Pois esse "calão teimoso" no Eça, falho de originalidade e sofisticação, é agora celebrado como português de alto quilate. Como são as coisas...
prefiro essa : "derrete os untos "
não fora a tragédia do país a arder, até aguentávamos ...
no tempo do Eça, parece que não haviam incêndios ?!
Pois....
Eça de Queiroz, há quem diga que não chegou a ter careira diplomática pois nunca esteve em posto diplomático mas sempre em posto consular. Naquele tempo havia duas carreiras: A carreira diplomática e a carreira consular. Ambas teriam inicio depois do concurso mas tinham caminhos diferentes. Faziam todos parte dos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros no exterior, mas havia diferenças notórias.
Foi assim que durante a sua carreira poude ir escrevendo a sua obra literária.
Visitei. Gostei. Fiquei!... AbraçO
Descanse em Paz Eça, pois o velho mundo passou. O maior dos escritores de língua Portuguesa.
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