Gosto da política feita por gente que acredita em ideias, que se bate por elas, que se mantém teimosamente coerente, em todas as suas opções. Como Alberto Martins.
Alberto Martins deixou hoje o parlamento, por vontade própria. Os portugueses começaram a conhecê-lo em 1969, quando ousou levantar a voz, como presidente da Associação Académica de Coimbra, numa célebre sessão pública na presença de Américo Tomás. Pagaria a ousadia, mas o ato valeu democraticamente a pena. Depois de abril, lutou pela liberdade, sempre com voz própria, nas tribunas políticas que entendeu assumir - do partido ao parlamento, passando pelo governo. Partilhámos algumas "guerras" políticas e estivemos quase sempre nas mesmas "trincheiras".
Sai de cena com grande dignidade e, estou certo, com sentido justo do dever cumprido. Um forte e solidário abraço para ti, Alberto!
1 comentário:
Obrigado pela fotografia. Eu nunca tinha visto este homem sorrir.
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