segunda-feira, julho 17, 2017

Bolor autárquico

Andando um pouco pelo país, constatei vários casos de "paraquedismo" autárquico, isto é, rapaziada partidária que, depois de ter operado em determinado município, surge a tentar a sorte noutra câmara. Como se fosse natural a existência desta espécie de brigada política intermunicipal para todo o serviço.

Outra realidade, pelos outdoors, é o ressurgimento dos "dinossauros", que a lei procurou colocar em definitivo pousio, mas que, passada uma quarentena (às vezes como "backseat drivers", escondidos em vereações), aí vêm de novo. Às gravatas pomposas dos cartazes de há 16 ou 20 anos, sucedem-se agora as camisas abertas, de cores claras, a dar ar de operacionalidade compensatória do peso da idade. Um ridículo sem sanção.

Numa subclasse destes últimos, aí estão também os "ressocializados", os sobreviventes às condenações da Justiça, muitas vezes tidos como "injustiçados" por um eleitorado que, se os eleger, se coloca eticamente ao seu nível. A turma do "rouba mas faz" é um triste espelho do país. São essas inqualificáveis personagens que, à pala do estafado "já pagaram a dívida com a sociedade", regressam de novo, quais raposas sorridentes em capoeira, aos locais que lhe proporcionaram as condições e o ensejo para a prática dos delitos.

7 comentários:

Luís Lavoura disse...

É normal que as pessoas tenham uma profissão e não queiram ficar desempregadas. Um indivíduo que durante 8 anos foi político e presidente de Câmara já se desabituou de fazer outras coisas e já aprendeu a ser presidente de Câmara. É normal que esse indivíduo não queira cair no desemprego. É normal que não queira ter que procurar trabalho na vida civil, para a qual já perdeu as aptidões.
Também é desejável que os ex-criminosos se ressocializem e voltem a praticar profissões socialmente úteis. Não devemos partir do princípio de que um indivíduo que uma vez errou deve ficar o resto da vida desempregado, sob risco de voltar a errar. O indivíduo tem o dierito de, ultrapassada a pena que a sociedade lhe impôs, tentar voltar a exercer, honestamente, uma profissão.

Anónimo disse...

Ele é a diferença entre os "antigos" e os "modernos". Como Portugal vive de "cliques" não é fácil fazer mudanças pelo choque de interesses.
E por isto somos como somos.
Rendam-se à evidência e sigamos em frente.

Anónimo disse...

Estas é que são as melgas senhor embaixador. Acerte-lhes!

Anónimo disse...

Bem visto este comentário. E não me surpreenderia que alguns dinosauros obtivessem respeitáveis resultados. Quanto aos "paraqudistas", culpe-se o tal Centrão (PAS/PS/CDS) que permitiu e possibilitou estsse tipo de candidaturas. Este povo, de futebóis, novelas e quejandos, não se importa com este tipo de atitudes. Quer lá saber. E assim vai este patético rectângulo.

Anónimo disse...

Caro anonimo das 16

vexa diz que este rectangulo é patético... vexa nao passa é de um lamentavel quadrado!..... :)


quer uma outra patria, nao se queixe! eduque-a, faça por isso, acredite na mudança. Não é sentado a lamentar-se ao seu computador-espelho que vexa mudara alguma coisa. O povo português malgré as novelas esta de modo geral mais educado que o era ha 50 anos. Va ao supermercado e descubra o estudante que o atende.

Anónimo disse...


Oeiras...

É bom recordar, que, o inqualificável paulo vistas, utilizou "Isaltino oeiras mais à frente", para se sentar na sua cadeira.

Ganhou, mas, a abstenção foi de 50%!

Estupidez também é um presente de Deus, mas não se pode abusar.

Maria



Anónimo disse...

Oh anónimo da Meia-Noite, o seu cartão "Centrão" ressentiu-se. Pois lamento! Sugiro-lhe uma escola que educa "Vexas" como o Anónimo da Meia-Noite, ali para os lados de Mengões.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...