Conheci Miguel Cadilhe em meados dos anos 60, quando ambos éramos estudantes na Universidade do Porto. Segui depois, à distância, a sua brilhante carreira profissional e observei o seu posterior percurso político.
O país testemunhou a miserável campanha que lhe foi montada por essa escola de falta de ética deontológica que se chamou "O Independente" - que nem a circunstância de, pelo caminho, ter produzido alguns excelentes jornalistas isenta da culpa eterna de ter frequentemente utilizado métodos mais do que indignos. Como viria a suceder a outras figuras políticas, e sempre com impunidade, sobranceria e preconceito, Cadilhe foi então vítima de uma operação nojenta de denegrimento por parte daquele jornal, para a qual sempre olhei muito para além das barreiras ideológicas que nos separavam.
Há mais de uma década, voltei a reencontrar Miguel Cadilhe na Associação Portuguesa para o Investimento (API), a que presidia, onde, como embaixador, com ele trabalhei por algum tempo, como membro do respetivo "forum". Nos últimos anos, temo-nos cruzado em alguns espaços públicos de reflexão.
Miguel Cadilhe é conhecido - e acho que vive muito bem com isso - por não ter um feitio fácil e vi o modo como alguns tinham grande dificuldade em lidar com essa sua maneira de ser. Mas, para além de ser um homem honesto e de bem, é uma figura intelectual para cuja opinião, nos temas económicos, sempre olhei com atenção: diz o que pensa, mesmo contra a corrente, com frontalidade e sem qualquer receio de enfrentar o "politicamente correto", qualidade que vai escasseando por aí.
Hoje, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) vai testemunhar-lhe o seu reconhecimento institucional, por ter tido um papel de relevo na consagração do Alto Douro Vinhateiro como Património da Unesco, atribuindo-lhe o título de Doutor "honoris causa".
Com amigos e admiradores de Miguel Cadilhe estarei presente, também como antigo presidente do Conselho Geral da UTAD, na ocasião desta sua justa consagração.
5 comentários:
Poderá ser de uma competência inexcedível mas o tom afectado e altaneiro com que fala, como se estivesse diante de mentecaptos, torna o insuportável.
Também admiro muito o Dr. Miguel Cadilhe. Foi quase meu professor há 32 anos, ano em que o conheci (não pessoalmente) e, desde aí, apreciei positivamente todas as suas intervenções de que tive conhecimento.
Esta do património e do grupo dos “tais amigos” também mostra que tem muito boa vontade para connosco, Durienses, mas os resultados são medíocres!
Será que ele irá ver isso e arrepia caminho?...
Um alvo manto de neve continua a cair, neste blog, sobre o atentado de Londres...
@Manuel do Edmundo-Filho
Atentado???? Qual atentado ?
Aquilo onde um homem com uma faca feriu 12 pessoas e tentou invadir o Parlamento britânico?
...Estarei de acordo, com o que é dito qui, em relação ao Dr. Miguel Cadilhe. Mas ainda hoje vi uma graça do sr. em relação ao épico deficit de 2016, do Governo PS(Drs.Centeno &/Costa, em que vem "amandar" a baixo tal feito, afirmando que no passado já havia um record ao deficit. Não há necessidade. Bastava a Dona Cristas, com os seus 3,7%.
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