A expressão de "Já chegámos à Madeira?" é do tempo da guerra no Ultramar. E porquê? Saía-se do continente de barco em que todo o pessoal embarcado seguia bem fardado e aprumado. O primeiro porto a abordar era o do Funchal em que geralmente esse pessoal ía a terra para beber umas bejecas. Quando voltavam a bordo, a desordem era grande pois as bebedeiras eram muitas. Por isso a viagem começava daí a ser uma enorme bagunça. E éassim que se diz "já chegámos à Madeira" quando alguma coisa séria tinha virado bagunça. Eu como servi na guerra colonial ainda me lembro como se procedia depois da Madeira.
O anónimo das 02:01 tem razão quanto à mudança de comportamento dos militares ao passarem pelo Funchal a caminho do Ultramar.
De facto aí é que muitos mancebos, fora das saias da mãe se iniciavam nos "copos e nos bordados".
Só não tem razão ao dizer que o termo começou no tempo da Guerra do Ultramar 1961-74.
E porque não com Gonçalves Zarco, até aos dias de hoje?
Todos os velhos e antigos colonos a caminho das colónias, se transformavam noutras pessoas quando passavam pelo Funchal.
Se eram pedreiros, passavam a ser empreiteiros, se eram sapateiros, passavam a industriais de calçado, e o fato e gravata estreado naquela viagem desaparecia para sempre.
O que eu sei sobre o tema deste post não parece ser o mesmo que o Sr. sabe e ....felizmente. Em cultura não há como no sindicalismo marxista-leninista a unicidade tão apregoada. Tem de facto muito a ver com as refrências intelectuais de cada um, e por isso......
4 comentários:
A expressão de "Já chegámos à Madeira?" é do tempo da guerra no Ultramar. E porquê?
Saía-se do continente de barco em que todo o pessoal embarcado seguia bem fardado e aprumado. O primeiro porto a abordar era o do Funchal em que geralmente esse pessoal ía a terra para beber umas bejecas. Quando voltavam a bordo, a desordem era grande pois as bebedeiras eram muitas. Por isso a viagem começava daí a ser uma enorme bagunça. E éassim que se diz "já chegámos à Madeira" quando alguma coisa séria tinha virado bagunça. Eu como servi na guerra colonial ainda me lembro como se procedia depois da Madeira.
O anónimo das 02:01 tem razão quanto à mudança de comportamento dos militares ao passarem pelo Funchal a caminho do Ultramar.
De facto aí é que muitos mancebos, fora das saias da mãe se iniciavam nos "copos e nos bordados".
Só não tem razão ao dizer que o termo começou no tempo da Guerra do Ultramar 1961-74.
E porque não com Gonçalves Zarco, até aos dias de hoje?
Todos os velhos e antigos colonos a caminho das colónias, se transformavam noutras pessoas quando passavam pelo Funchal.
Se eram pedreiros, passavam a ser empreiteiros, se eram sapateiros, passavam a industriais de calçado, e o fato e gravata estreado naquela viagem desaparecia para sempre.
@ anónimo das 10.38.
O que eu sei sobre o tema deste post não parece ser o mesmo que o Sr. sabe e ....felizmente. Em cultura não há como no sindicalismo marxista-leninista a unicidade tão apregoada. Tem de facto muito a ver com as refrências intelectuais de cada um, e por isso......
Chegámos, vimos, e perdemos.
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