Conheci Marinho Pinto no final dos anos 60, em Vila Real. Tivemos longas e interessantes discussões políticas, à mesa da Gomes, bem antes do 25 de abril. Depois disso, fomo-nos encontrando a espaços e, naturalmente, acompanhei com interesse a sua expressão pública, primeiro na comunicação social, depois na vida corporativa dos advogados e, mais recentemente, na política. Nunca tive dúvidas da sua inescapável tentação pela afirmação política ativa.
Só vim a conhecer Eurico Figueiredo, figura mítica do associativismo académico português e do exílio político, depois do 25 de abril. Fui amigo e "discípulo" do seu pai, o saudoso democrata Otílio Figueiredo, com quem tive a honra de colaborar na aventura da oposição à ditadura, nas "eleições" de 1969. Acompanhei à distância o regresso de Eurico a Portugal, assisti de perto ao seu percurso inquieto dentro do PS e ao seu posterior afastamento do partido. Pelo meio, até apresentei um livro seu.
Mantenho hoje uma boa relação com ambos. Porém, conhecendo-os minimamente, e desde o primeiro dia, fui sempre de opinião - como muitos amigos se recordarão - de que a sua presença comum no seio da formação partidária que ambos criaram seria "sol de pouca dura".
Hoje, isso confirmou-se. As espadas desembainharam-se. Não sei se tenho pena, devo confessar.
4 comentários:
Um gosta de produzir vinho... e o outro gosta de produzir palavras...
São uma família muito boa, muito unida!
Já fizeram as partilhas?...
Partilhas? Dão-se bem? Já os viram em partilhas?...
No comment! (gente que, no século 21, não interessa para nenhuma hipótese de cargo em que possa representar este triste país)
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