quinta-feira, junho 25, 2015

Forças amadas?


Descontentes com as políticas que hoje afetam as Forças armadas, que sentem já não serem forças amadas pelos atuais poderes, militares de antigas hierarquias reunem-se hoje em jantar por onde perpassaram as suas aspirações corporativas.

Vão muito longe os tempos em que o tilintar dos sabres prenunciava borrasca político-militar, intentonas ou pronunciamentos que colocavam a vida quotidiana dos portugueses à mercê da conjugação sediciosa dos humores castrenses.
 
Hoje, com a democracia, nas mãos dos militares apenas tilintam os talheres. Decididamente, invertendo Marx, os nossos militares optaram pelas armas da crítica em saudável detrimento da crítica pelas armas.
 
Contudo, talvez seja oportuno lembrar que o ambiente de liberdade que hoje vivemos se deve precisamente ao movimento protagonizado pelas nossas Forças Armadas, "coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos", como reza o preâmbulo da Constituição da nossa República. 

3 comentários:

Anónimo disse...

Ainda bem que referiu o termo liberdade, pois isto de democracia tem pouco e liberdade para lá caminha.

Unknown disse...

E tambem é bom lembrar que as corporações por muito meritorias que sejam, não podem nem devem fazer chantagens; nem sugeridas. Como a Alemanha está farta de provar as FA são mais um anacronismo napoleonico do que uma verdadeira necessidade e util.
É o mesmo que os governos dizerem que vão criar empregos; um faz de conta que todos pretendem dizer que concordam; para não destoar pois fica mal no salão.

CORREIA DA SILVA disse...

O ambiente de liberdade, que hoje vivemos, muito se deve ao General Sá Viana Rebelo/ Decreto Lei 353/73.
O resto é conversa da treta, de pseudo revolucionários.





Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...