A sessão hoje organizada na Assembleia da República, em homenagem aos advogados que defenderam os presos políticos durante a ditadura do Estado Novo, é um ato de grande significado. A tarefa levada a cabo por esses juristas, em condições muito difíceis e correndo frequentemente riscos pessoais, dignificou a Justiça, que, à época, era miseravelmente representada por um punhado de "juízes" que a envergonhavam e aviltavam, no seu conluio aberto com os torcionários do regime. Um grande momento, a que infelizmente não consegui estar presente.
5 comentários:
Há alguns anos atrás li "cartas de fuzilados", histórias do fim da vida de quem, em França, combateu o avanço da besta nazi.
Numa dessas cartas um jovem advogado, preso pelos nazis e a caminho do pelotão de fuzilamento, deixava uma palavra ao seu Bastonário ... tentei sempre honrar a minha toga.
Em tempo, a brilhante jurista angolana "Maria do Carmo Medina" tem publicado algumas das mais aberrantes peças jurídicas que a jurisprudência "dos próprios interesses" produziu em Angola nesses tempos.
N381111
concordo consigo.
Só é pena que no Séc XXI, a justiça quando chega, vem quase sempre atrazada, desfazada no tempo !
Alexandre
Foi uma sessão pautada por grande emotividade, que marcou profundamente quem lá esteve, o que por certo aconteceria com Francisco Seixas da Costa.
Figuras ilustres da nossa advocacia estiveram presentes, tendo sido recordados nomes prestigiados que entretanto já deixaram o nosso convívio.
Senhor Embaixador:sem dúvida um acto de grande diginidade e justiça.
Na verdade é, cada vez mais, imperioso não deixar que a memória se apague.
grande homem, jorge sampaio...
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