Aventino Teixeira, o militar de Abril que hoje faleceu, era uma figura algo atípica das Forças Armadas portuguesas. Homem de convicções democráticas, aparecia para conversas nada ortodoxas, em 1973, em algumas noites na Escola Prática de Administração Militar, onde nos aligeirava o tédio dos serviços.
No pós-25 de Abril, Aventino tornou-se uma figura de algum relevo na manobra política portuguesa, articulando polémicos contactos entre os maoístas do MRPP e o "Movimento dos Nove", o sector moderado do MFA que então contestava a deriva radical da Revolução.
Navegador da noite lisboeta, teve, durante alguns anos, pouso regular no Procópio. Com outros, como o autor deste blogue, ajudou a escrever o livro que recolhe a memória dessa "catedral" do convívio e cuja imagem, à falta de uma foto de Aventino Teixeira, aqui fica como sua última recordação. sábado, abril 11, 2009
Aventino Teixeira (1934-2009)
Aventino Teixeira, o militar de Abril que hoje faleceu, era uma figura algo atípica das Forças Armadas portuguesas. Homem de convicções democráticas, aparecia para conversas nada ortodoxas, em 1973, em algumas noites na Escola Prática de Administração Militar, onde nos aligeirava o tédio dos serviços.
No pós-25 de Abril, Aventino tornou-se uma figura de algum relevo na manobra política portuguesa, articulando polémicos contactos entre os maoístas do MRPP e o "Movimento dos Nove", o sector moderado do MFA que então contestava a deriva radical da Revolução.
Navegador da noite lisboeta, teve, durante alguns anos, pouso regular no Procópio. Com outros, como o autor deste blogue, ajudou a escrever o livro que recolhe a memória dessa "catedral" do convívio e cuja imagem, à falta de uma foto de Aventino Teixeira, aqui fica como sua última recordação. 
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6 comentários:
A Alice no Procópio e a Natália no Botequim podiam fazer a história da noite política portuguesa. Frequentei ambas e sei quanto aquelas paredes teriam para contar!
Conheci o então Tenenteo Aventino Teixeira em meados dos anos sessenta, na Faculdade de Direito, um improvável (naquele tempo) oficial democrata, de bigode não-regulamentar e uma postura pouco integrável no conceito de "aprumo militar" exigido pela sua "condição".
Reencontrei-o poucos anos depois em Moçambique, senhor da noite de Lourenço Marques,que frequentava com um fervor misto heterodoxo e anarco-maoísta.
A partir daí, mantive com ele um contacto nem sempre pacífico, nem sempre frequente; vi-o pela última vez há alguns meses, quando a doença já o apanhara ("já sabes do Aventino?").
Depois do 25 de Abril, O Tininho foi polémico, estilhaçou muitas amizades (e eu sei o que lhe doeram algumas dessas rupturas), ziguezagueou pela política doméstica, numa corrida aparentemente incoerente, ~muitas vezes chocante mas sempre imaginativa.
Dele não se podia dizer que era previsível.
Era um homem de muitas paixões e de alguns excessos.
Conheci Aventino no HMDIC onde se tertuliava muito, quando eu estava de Oficial Dia/noite dentro,73/74.
Pro(tótipo)cópio do pensamento livre e descomprometido, mas sem titubear, nunca, no momento de se assumir.
Inteligente,e como bom romântico, sempre a tentar experienciar o futuro.
mento de se assumir.
Também o conheci no HMDIC, na Boa-Hora..,
Também o conheci pelo HMDIC por volta de 1973. A ele, ao Zeca e ao Adriano.
fui eu que criou o blogog do AVENTINO TEIXEIRA, actualnento vivo no porto e o m/ nome é JOÃO PRAÇA DR SÁ MACHADO MONTEIRO, Curiosamente perto da Igreja da praça do Marques de Pombal)onde existem plátamoscontemporâneos do Coronel, que conheci em Lisboa nos tempos em que fumava cigarros sem pausa, sempre com o wisky na mão.
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