domingo, abril 25, 2010

Abril (8) - Em França

O 25 de abril foi, nestes dias, comemorado um pouco por toda a França, no seio da comunidade portuguesa. 

É neste período que a "ubiquidade" do embaixador de Portugal é posta à prova...

Dia 23, depois de uma agenda em  Marselha, participei no "desfile da liberdade" de Fontenay-sous-Bois, nos arredores de Paris. No dia seguinte, estive no debate sobre a Revolução na Cité Universitaire de Paris e, logo de seguida, integrei as comemorações feitas em Pontault-Combault, onde, simultaneamente, se celebrou o 35º aniversário da Associação Portuguesa Cultural e Social, uma instituição cujo grande dinamismo se deve ao trabalho intenso do respetivo presidente, Mário Castilho. Hoje, dia 25 de abril, viajei quase 500 km para estar, durante várias horas, com os portugueses de Roubaix, numa iniciativa da Associação Católica Portuguesa local, animada por essa figura portuguesa de referência na região que é Jean Barbosa.

O 25 de abril justifica bem que lhe dediquemos estes dias.

Abril (8) - Razões de abril

Abril (7) - Razões de abril

Abril (6) - Razões de abril

Abril (5) - Razões de abril

Abril (4) - Olhares sobre abril

Nada havíamos combinado entre nós, ou melhor, apenas havíamos decidido ser breves nas nossas intervenções. Eduardo Ferro Rodrigues, embaixador junto da OCDE, Manuel Maria Carrilho, embaixador junto da UNESCO, e eu próprio, falámos, ontem à tarde, sobre o 25 de Abril, a convite dos residentes da Casa de Portugal, na Cité Universitaire de Paris.

As dezenas de assistentes ajuizarão melhor do que nós do eventual mérito deste exercício, cujo modelo julgo inédito e me pareceu interessante. Esta "conferência dos embaixadores", como pomposamente vi chamada algures, teve talvez a curiosidade de revelar como três pessoas que abertamente se reivindicam da herança da Revolução de abril observam a realidade que dela resultou, sob prismas próprios, marcados pelas diferentes formações e hierarquia intelectual de interesses. Foi também muito simpático ver o público a interagir, de formas muito diversas, lançando pistas que permitiram abordar aspetos variados da sociedade portuguesa contemporânea.

sábado, abril 24, 2010

Abril (3) - Fazer a festa

Em Portugal, o 25 de abril é oficialmente celebrado com uma sessão de discursos políticos e partidários na Assembleia da República. Todos os anos, para além da aturada observação jornalística de quem leva ou não um cravo ao peito, a atenção pública volta-se para o tom e exegese dessas intervenções, que invariavelmente utilizam a comemoração abrilista para tratar a realidade da conjuntura política do presente. Assim, aquilo que poderia ser um espaço de proclamação de elegias à liberdade conquistada nessa data acaba por se transformar numa arena de severo combate político, com as diversas leituras de "abril" a servirem de arma de arremesso, mais ou menos subliminares. Julgo que ninguém, com sinceridade, acreditará que essa maratona declaratória contribui minimamente para louvar as virtualidades da Revolução e para cativar novas gerações para o culto desse momento fundacional da nossa democracia.

Noutro registo, menos plural e um pouco mais "biaisé", um grupo de muito respeitáveis militares que fizeram a Revolução de abril, acompanhados por figuras da nossa história política (quase sempre já) passada, acolitados por incontornáveis representantes de forças políticas e sindicais de lateralização óbvia, desce a avenida da Liberdade, aí já com total abundância de cravos e com a exibição de slogans que fazem parte do património típico da memória revolucionária. Ninguém negará, contudo, que o tom peculiar dessa manifestação acaba por excluir muitos outros, para quem a memória da Revolução se exprime em moldes mais serenos e menos polítizados.

Na simples mas inalienável qualidade de cidadão, quero deixar aqui expresso, com a total consciência do peso do que escrevo, que considero que ambos os eventos acabam por funcionar, objetivamente, contra o 25 de Abril.

Comemorar o 25 de Abril, celebrar essa magnífica Revolução que, por uma vez, quase que fez o milagre impossível de unir o país, deveria consubstanciar-se apenas na organização de festas populares por todo o país, com música, com bailes, com juventude, com alegria e, sempre, sem discursos e sem slogans. Como, aqui em França se faz com o "14 juillet". Ah! e com muitos cravos, para quem os quisesse e os apreciasse. A liberdade também se faz da possibilidade dessa opção.

Mas que não reste a menor dúvida: nesta data, estive, estou e sempre estarei de cravo vermelho ao peito.

Abril (2) - Salazar, por Fernando Pessoa



António de Oliveira Salazar
Três nomes em sequência regular...
António é António.
Oliveira é uma árvore.
Salazar é só apelido.
O que não faz sentido
É o sentido que tudo isto tem.


Este senhor Salazar
É feito de sal e azar.
Se um dia chove,
Água dissolve
O sal,
E sob o céu
Fica só azar, é natural.
Oh, c’os diabos!
Parece que já choveu...


Coitadinho
Do tiraninho!
Não bebe vinho.
Nem sequer sozinho...
Bebe a verdade
E a liberdade.
E com tal agrado
Que já começam
A escassear no mercado.


Coitadinho
Do tiraninho!
O meu vizinho
Está na Guiné
E o meu padrinho
No Limoeiro
Aqui ao pé.
Mas ninguém sabe porquê.


Mas afinal é
Certo e certeiro
Que isto consola
E nos dá fé.
Que o coitadinho
Do tiraninho
Não bebe vinho,
Nem até
Café.

Poema de Fernando Pessoa

sexta-feira, abril 23, 2010

Abril (1) - Baptista de Matos

Chama-se Baptista de Matos. Tem 76 anos. Está em França desde 1963, tendo hoje direito a um espaço memorialístico próprio no Museu da Imigração francês, escolhido como símbolo da nossa comunidade em França.

Em Fontenay Sous Bois, nos arredores de Paris, Baptista de Matos anima uma associação portuguesa que, há quase três décadas, teima em realizar uma original comemoração do 25 de Abril, uma marcha com centenas de archotes que atravessa a cidade em direção a um monumento comemorativo da nossa Revolução, um espaço celebratório da liberdade dos povos, onde hoje figuram já placas de memória de outras experiências de resistências à opressão. Este evento anual congrega portugueses e franceses, muitos eleitos locais e imensa juventude, que sempre protagoniza momentos culturais alusivos à data.

Tal como no ano passado, fiz questão de estar presente na bela festa que teve lugar na noite de ontem - tendo para lá ido quase diretamente do aeroporto, logo que chegado de Marselha. Nas palavras que então disse, lancei a sugestão de que, no próximo ano, a festa de Fontenay Sous Bois possa ter um carácter mais inclusivo, reunindo outras associações portuguesas da região, numa comemoração conjunta da festa de abril. Será isso possível ou o espírito de "luso-capelinha" acabará por prevalecer? A ver vamos. 

Também Marselha

Ouvir do "maire" de Marselha, Claude Gaudin, um elogio resgado à seriedade e qualidade profissional da empresa portuguesa de construção FDO, encarregada de várias obras na cidade, foi uma muito agradável sensação. Uma empresa que opera com pessoal exclusivamente português, sob a liderança local entusiasta de Ulysses Paredes, um luso-francês cuja credibilidade e competência conquistou por completo os marselheses.

Neste "non-stop" que foi a minha deslocação a Marselha, urbe de muito complexos contrastes, onde 35% de imigrantes nos transmitem a impressão de se estar numa espécie de "cidade aberta", quis também expressar o meu apoio ao esforço de trabalho na área económica que agora começa a ser feito pelo LusoForum des Affaires, onde se procuram congregar também representantes de outros países de língua portuguesa, naquela que me parece ser uma direção certa de trabalho.

Essa mesma disposição de operar na base comum da lusofonia encontrei-a na professora Ernestine Carreira, diretora do departamento de estudos portugueses e brasileiros em Aix-en-Provence, que me ajudou a perceber o muito que nos falta fazer na área cultural.

Como sempre me acontece no termo destas rápidas viagens a cidades francesas, saio de Marselha com a vontade de dar impulso a várias dimensões das nossas relações bilaterais, a coisas que estavam ou ficaram "no ar", para a dinamização das quais vai ser preciso mobilizar agora boas vontades em Portugal. A vida diplomática prova que, muitas vezes, isso não é fácil. O que não deve ser razão para se desistir de tentar.

Piano a quatro mãos

Desta vez, por estar ausente de Paris, não pude acompanhar os cerca de 200 convidados que encheram a nossa Embaixada para assistir ao recital de piano a quatro mãos, organizado para saudar as comemorações dos 150 anos do Tratado de Amizade, Paz e Comércio entre Portugal e o Japão.

O meu colega japonês e outros convidados nipónicos estiveram no evento, onde atuaram o pianista português Ricardo Vieira e o japonês Tomohiro Hatta, que frequentam o Conservatório Nacional de Paris.

Este foi mais um espetáculo da série Entre Partituras / Entre Partitions, que o Instituto Camões/Embaixada de Portugal tem vindo a realizar desde há cerca de um ano. 

quinta-feira, abril 22, 2010

"Friends in high places"

Lembrei-me do título deste livro de Jeremy Paxton, que há quase vinte anos me ajudou a decifrar a política britânica, quando hoje dei conta

- da recondução de António Guterres como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados;
- da nomeação de Carlos Costa para Governador do Banco de Portugal;
- da indicação de Alexandre Abrantes como delegado do Banco Mundial para a reconstrução do Haiti.

Abraços e votos de bom trabalho para estes três amigos.

Marselha

Depois da nuvem, o trabalho. Desde ontem de visita oficial a Marselha, tenho hoje encontros com o "Maire", o Prefeito, comunidade e empresários portugueses, bem como com instituições culturais da cidade e de Aix-en-Provence.

Interessante será perceber os objetivos, plano de atividades e necessidades do recém-criado "LusoForum des Affaires". Com diferentes designações, começam a expandir-se por várias cidades francesas núcleos de dinamização empresarial ligados a Portugal, com apoio das nossas estruturas consulares. Colocá-los em rede vai ser uma tarefa em que a Embaixada e o AICEP têm de se empenhar.

quarta-feira, abril 21, 2010

Brasília e Portugal

Brasília faz hoje 50 anos. Portugal está na história da nova capital brasileira, por diversas formas e em diversos tempos. Desde logo, pelos muitos portugueses que fizeram parte da vaga dos “candangos”, os construtores originais da cidade, de que ainda por lá há alguns magníficos resistentes.

Ainda antes da inauguração oficial de Brasília, Juscelino Kubitshek, o construtor de Brasília e grande amigo de Portugal, quis ter um gesto de simpatia para com o novo embaixador português, que aguardava, no Rio de Janeiro, a hora de apresentar as suas cartas credenciais. Em 30 de Junho de 1958, o chefe de Estado brasileiro levou consigo, de avião, do Rio para Brasília, o embaixador Manuel Rocheta. E, nessa data, no Palácio da Alvorada, sua futura residência oficial, que abria as portas precisamente nesse dia, o representante diplomático português teve a distinção de ser o primeiro dignitário estrangeiro a apresentar em Brasília as suas cartas credenciais.

Mais tarde, faz hoje precisamente 50 anos, na data da inauguração de Brasília, a missa campal que aí teve lugar foi celebrada pelo cardeal português Gonçalves Cerejeira. Do anedotário local faz parte a recordação de que ninguém percebeu nada do que ele então disse, pelo arrevezado “sotaque” português (como os brasileiros dizem) e bem peculiar tom aflautado de voz do prelado preferido do salazarismo, quiçá agravado pelas condições acústicas. O que poucos saberão é que, a coadjuvar Cerejeira no ato, esteve uma figura que haveria de ficar na história da dignidade da igreja brasileira: o futuro arcebispo de Olinda e Recife, Hélder da Câmara. Há ironias e contrastes nos destinos, mesmo das figuras da religião.

Esta memória de Portugal em Brasília não ficaria completa sem que conte uma historieta que me foi relatada por José Pereira.

(Cabe aqui um parêntesis para uma palavra sobre o José – um orgulhoso brasileiro do Piauí, brasiliense por adoção, há décadas funcionário da nossa Embaixada em Brasília e, seguramente, um dos mais dignos e dedicados servidores públicos com que Portugal alguma vez pôde contar, entre todos os milhares que teve e tem pelos seus postos diplomáticos e consulares em todo o mundo. E não serei o único a dizer isto, estou certo. O José, porém, é, além disso e talvez mais importante do que tudo isso, um querido amigo que imensamente estimo.)

Nesse período distante em que, a Portugal, havia sido atribuído, pelas autoridades brasileiras, um terreno para a construção da sua futura Embaixada em Brasília, o José foi encarregado de se colocar na área, com vista a evitar eventuais ocupações “espontâneas”. Que, como é natural, não deixaram de ser tentadas. Um dia, bem atento, o José confrontou um grupo que pretendia invadir o terreno e nele instalar-se. Com paciência, explicou que aquele terreno era de Portugal, a quem fora dado pelo governo brasileiro, e que, por essa razão, os putativos ocupantes teriam de procurar outra área para se instalarem. A reação, contou-me o José, foi muito curiosa. O líder do grupo, surpreendido, retorquiu: “De Portugal? Este terreno? Então eles tiveram tudo isto (e fez um gesto largo, que pretendia ir do Amapá ao Rio Grande do Sul) e, agora, só têm esta coisa aqui? Coitados!”. E foram-se embora…

terça-feira, abril 20, 2010

Cinzas

Há uns anos, uma pessoa minha conhecida viu-se obrigada a passar algumas horas num sofá num corredor do Palácio das Necessidades. Dessa circunstância de involuntária "seca" resultou-lhe uma curiosidade: o que é que significava o regular trânsito de umas senhoras, de bata cor de cinza, que andavam, de um lado para o outro, com umas caixas de madeira na mão?

Confesso que, num primeiro momento, não identifiquei o cenário descrito, talvez porque o não isolava no meu quotidiano. Depois, pus-me a pensar e decifrei o mistério.

As principais comunicações escritas entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros e as nossas embaixadas, missões e consulados são chamadas de "telegramas", o que resulta do facto de, no passado, tais mensagens seguirem por via telegráfica. Porque então os telegramas se pagavam à letra ou à palavra, e para evitar custos, a regra era serem redigidos numa linguagem sujeita a uma severa economia de artigos e proposições. Isso criou mesmo, na nossa profissão, um tipo de escrita que alguns tradicionalistas pretendem ainda preservar, porque a identificam como fazendo já parte de uma nobre liturgia da "carreira".

Os tempos mudaram, do uso dos correios passou-se ao telex, agora ao e-mail, mas o nome de "telegrama" permanece no jargão da casa. Largas centenas de mensagens desse género constituem hoje a nossa "telegrafia" interna, impressa em papel laranja no caso dos textos recebidos e em papel verde para os expedidos (a futura passagem à transmissão em suporte informático, sem impressão, vai depender da capacidade de modernização dos nossos quadros diplomáticos). Assim, os "telegramas" partem da "Secretaria de Estado" (nome que, ritualmente, entre nós, damos ao Ministério, em Lisboa, e que alguns confundem com as diversas secretarias de Estado nele existentes) e são recebidos dos postos no estrangeiro, sendo difundidos pelos diversos departamentos internos, em função dos temas neles abordados.

As tais misteriosas senhoras de cinzento, a que se referia esse meu conhecido, eram parte, nem mais nem menos, do "pelotão" de contínuas que iam e vinham entre o serviço da cifra (a maioria das nossas comunicações são "cifradas", para evitar a furiosa curiosidade de terceiros sobre os nossos grandes segredos...) e os vários departamentos geográficos ou temáticos, onde o respetivo chefe era o poderoso detentor de uma pequena chave que abria a caixa de madeira e que lhe dava acesso à "telegrafia" que lhe era destinada.

Ontem, ao passar por um gabinete do Ministério, vi chegar, pelas mãos de um matulão já sem qualquer farda e com uma dignidade de vestimenta de quem poderia estar a entregar pizzas ou coisas afins, uma mala toda modernaça, metalizada, com um código que o destinatário utilizou para receber o "molho" de telegramas.

Não tenho nenhuma saudade particular das malas de madeira (até porque "herdei" a da foto, não me perguntem como...) e, reconheço isso com facilidade, os novos recipientes metálicos parecem bem mais seguros. Mas, depois de algumas décadas de casa, deixem-me sentir um pouco nostálgico daquela antiga coreografia, feita da silenciosa circulação de tais senhoras, vestidas de um discreto cinzento, percorrendo sem pressas os longos corredores alcatifados do palácio, portadoras inconscientes de grandes segredos do nosso pequeno mundo diplomático.

Europa

Os ministros dos Transportes da União Europeia, sem transporte para irem reunir em Bruxelas, decidiram organizar uma video-conferência, através da qual algumas decisões foram tomadas sobre a presente crise aérea.

Para quem não saiba, uma parte das reuniões dos governantes europeus é dedicada a aprovar, muitas vezes sem qualquer debate, decisões antes tomadas a níveis inferiores. Porque hoje, numa União a 27, o diálogo público entre os ministros é cada vez mais raro, as reuniões compõem-se maioritariamente de monólogos nacionais, parte dos quais publicamente transmitidos, em que, perante cada tema, cada ministro debita a sua posição. Toda a documentação está informatizada, podendo ser consultada à distância.

Porque já participei neste tipo de exercícios, sei que ele sofre, por vezes, de algumas limitações técnicas, pelo que há que afinar e securizar os sistemas de apoio. Nada que à União Europeia seja impossível de organizar, tanto mais que as vantagens práticas são imensas, em especial pela possibilidade de cada governante poder ser assessorado pelo conjunto de técnicos que entender, sem quaisquer encargos, o que não sucede nas reuniões comunitárias. Não me parece que um sistema destes devesse substituir, em absoluto, todas as reuniões realizadas nas instituições da União, onde alguns contactos pessoais úteis têm lugar, mas sou de opinião que a sua utilização mais frequente evitaria, com grande vantagem, muitos encontros presenciais.

Será que este exemplo dos ministros dos Transportes irá ser seguido, depois da nuvem islandesa? Já imaginaram os gastos colossais que se evitariam (deslocações, hotéis, ajudas de custo, horas perdidas) se, futuramente, o recurso à video-conferência passasse a ser a regra e a deslocação a Bruxelas ou ao Luxemburgo fosse a exceção? Quem estará contra isto? Valeria a pena pensar.

Curtas 5

60 horas foi quanto a chanceler alemã, Angela Merkel, levou de S. Francisco a Berlim, depois de passar de avião por Lisboa e Roma e de ter sofrido um acidente numa autoestrada italiana, no imenso trajeto rodoviário entre as capitais italiana e alemã.

Há dias em que se não pode sair de casa...

Curtas 4

Os Deolinda aí estarão, dentro de dias, com um novo disco.

Fiquem com o "Um contra o outro", o único som que dele se conhece. 

Curtas 3

O i deixou de contar com o Martim Avillez Figueiredo.

Tenho pena pelo belo projecto que é o i, como tenho pena pelo Martim, um dos mais talentosos e empenhados jornalistas da sua geração. Estes abanões na esperança não prenunciam nada de bom.

Curtas 2

A Taça de Portugal é uma competição onde, por vezes, há grandes surpresas.

Uma modesta equipa de província, o Grupo Desportivo de Chaves, vai agora disputar a final da Taça contra o Futebol Clube do Porto. As suas hipóteses de sucesso são as que se conhecem, a milionária desigualdade das duas equipas é flagrante. Mas, como dizem os comentadores da especialidade, "a bola é redonda". Será? 

Tutorial europeu

Há por aí quem não saiba que uma eventual escolha de António Costa para presidente do Conselho Europeu, se acaso viesse a ter lugar, seria f...