quinta-feira, março 26, 2009

A brigada


Saindo há pouco de um dos inumeráveis cocktails comemorativos de dias nacionais que inundam a vida diplomática de Paris, interroguei-me sobre a razão pela qual esses eventos aparecem tão ligados à imagem de "glamour" da nossa profissão.

Será talvez a minha falta de paciência, mas devo confessar que, desde há muitos anos, sinto uma terrível preguiça para frequentar essas ocasiões, até pela regular sensação de que deveria estar a fazer trabalho mais útil. Salvo em casos excepcionais, a minha presença nos cocktails acaba por ser muito curta e dura apenas o tempo suficiente para honrar a data do país anfitrião e corresponder à simpatia do colega que convida.

Nessas ocasiões, ao cumprimentar as pessoas, com as mãos saídas de copos gelados, relembro muitas vezes a razão pela qual os diplomatas são conhecidos como "a brigada da mão fria"...

quarta-feira, março 25, 2009

O hacker

Leio na imprensa que o site da Embaixada de Portugal em Nova Deli, na Índia, foi atacado por um perigoso "hacker".

Interrogo-me sobre os autores do acto e, em especial, sobre a razão da escolha daquela nossa missão diplomática para alvo desta acção. De certo modo, convenhamos, tratou-se de uma selecção que não deixa de ser elogiosa. Não é invadido quem quer, só quem tem importância!

Aqui deixo a minha corporativa solidariedade ao meu colega em posto na Índia, com amizade mas também com a autoridade de quem já teve, num passado em que coisas impensáveis eram bem pensadas, de ter de suportar, por idêntica intrusão, essa inevitável cruz.

Maria Gabriela Llansol

Chama-se "Le Jeu de la Liberté de l'âme"/"L'Espace édénique" e é a tradução francesa, feita por Cristina Isabel de Melo, de um trabalho de ficção e de uma entrevista com Maria Gabriela Llansol, uma escritora portuguesa, que faleceu com 77 anos em 2008, e que, ao longo de anos e de uma forma procuradamente discreta, construiu uma considerável obra, com um caminho muito próprio na literatura portuguesa, aliás amplamente reconhecido. O texto agora publicado em francês é de difícil caracterização literária, mas a entrevista da escritora incluída também no livro faz-nos entender melhor a complexidade da sua leitura muito pessoal do mundo.
Parabéns, uma vez mais, à Fundação Calouste Gulbenkian por ter estado atenta à oportunidade de divulgação da obra de LLansol em França.

terça-feira, março 24, 2009

Clochard português

A tradição parisiense mitificou os "clochards", a quem a modernidade chama hoje "sem-abrigo".

Este post destina-se apenas a notar que há, pelo menos, um "clochard" português nas ruas de Paris. Fala pouco, não quer a nossa ajuda, tem uma história, que se adivinha sentimental ,que o não deixa regressar à Beira natal. Que fazer? Provavelmente nada.

24 de Março

Esta fotografia data de 1962 e representa a grande movimentação académica que então abalou a Universidade de Lisboa, em torno das comemorações do "Dia do Estudante", o dia 24 de Março.

Entre as figuras sentadas está Jorge Sampaio. Este foi, para muitos, o momento de ruptura com um certo país oficial e, para alguns dentre esses, o início de um caminho que os levou ao exílio, de que a França era habitualmente o primeiro porto de abrigo.

segunda-feira, março 23, 2009

Cerejas

Alain Juppé foi primeiro-ministro, várias vezes ministro e é hoje "maire" de Bordeaux, depois de ter feito uma penosa travessia do deserto político. Já depois disso, esteve no primeiro governo do presidente Nicolas Sarkozy, do qual se demitiu, ao ter perdido o seu lugar de deputado.

O título deste seu livro, o sexto que publica, é retirado de uma frase de seu pai, que achava que as coisas da natureza devem ser saboreadas no tempo climático certo, e que Juppé usa agora no sentido óbvio. O livro é, no essencial, uma memória um pouco amarga dos tempos difíceis por que passou, desde o governo às crises pessoais com a justiça. Mas é também uma digressão sentimental, da recordação dos pais à sua afeição pela mulher e, de certo modo, um manifesto subliminar de quem está disponível para regressar à cena política, visando tão alto quanto possível. E é nessa afirmação de ambição, que pretende serena mas que se detecta vibrante, que encontramos, com alguma surpresa, um Juppé aparentemente convertido às teses do desenvolvimento sustentável, terreno que (se) pressente de futuro para quem aspira a voos políticos de fôlego.

Em França, os políticos no activo escrevem bastantes livros, como que a necessitarem de fazer "prova de vida" no mercado das oportunidades públicas. É uma pena que, em Portugal, isso não suceda. As escassas incursões das nossas figuras pela edição foram sempre, embora com diferente qualidade, testemunhos que desenharam interessantes retratos, às vezes dos outros, sempre de si próprios e, no conjunto, de todos nós como país. Cada um a seu modo, uns mais justificativos e destinados a "dourar" a própria imagem, outros mais sinceros e transparentes, alguns, bem raros, com boas ideias, todos representaram uma contribuição para melhor nos percebermos. E para os percebermos a eles.

A noite é nossa

Graças à Origem das Espécies, de Francisco José Viegas, aqui fica esta pérola do tempo, que nos dá conta da "ousadia" da velha Emissora Nacional, aventurando-se pela noite portuguesa. Podemos mesmo imaginar o que seriam os "ritmos modernos" anunciados... Não se sabe a data, mas deve ser coisa para o final da primeira década dos anos 60.

Com assumida nostalgia, lembro-me, anos mais tarde, já na segunda década desses mesmos "swinging sixties", de eu próprio ter assegurado a locução em algumas noites de um programa chamado "A Noite é Nossa", que passava das 3 às 6 da manhã, no Rádio Clube Português, no Porto, depois de ter dirigido, quinzenalmente, o "Momento de Teatro", inserido no "Clube da Juventude", no mesmo RCP, sob a orientação do saudoso Alfredo Alvela. E de também ter "jogado para o éter" (como alguns rebuscadamente então diziam) as canções dos anos 60, num programa dos Emissores do Norte Reunidos a que, com um amigo que há muito perdi de vista, dei o título (que achei magnífico e que, na realidade, era uma piroseira pretenciosa) de "No Espaço e no Tempo". Num tempo que foi bom.

Posts diacrónicos

Aviso os meus eventuais leitores de que abandonei a velha tradição "blogosférica" de que "um post, quando está postado, fica como está".

Um post, muitas vezes, é apenas o resultado de um impulso, redigido num minuto, à pressa. Quando, horas depois, o relemos, damo-nos conta de que contém erros, que há concordâncias que seria importante corrigir, que surgiu uma ideia ou um exemplo novo que teria graça inserir, que outra foto seria mais adequada, que o título do post ganharia em ser mudado. "À la limite", os próprios posts podem desaparecer, se acaso isso se justificar.

Por isso, amigos leitores, habituem-se a ver este blogue, algumas vezes, afectado por um endémico diacronismo, com textos susceptíveis de evoluírem ao longo do tempo, com posts que já leram a poderem, entretanto, ter mudado de forma. Este blogue é aquilo que lá está - em cada momento...

Água


A Conferência Mundial da Água, que teve lugar em Istambul, acabou ontem - no Dia Internacional da Água - no que já é considerado um fracasso, à luz das respectivas conclusões.

As questões da água constituem uma das mais complexas temáticas do mundo contemporâneo, sendo ignorado por muitos que elas estão já na raiz de alguns dos actuais conflitos. Para além das óbvias dimensões ambientais, as questões da água prendem-se com os problemas da estratégia global em matéria de recursos vitais e, no imediato, estão no centro dos grandes debates em matéria das políticas de desenvolvimento.

Uma das grandes dificuldades em abordar este tema à escala global prende-se com a muito diferenciada dependência dos Estados em matéria de recursos hidrícos, o que conduz a atitudes de egoísmo nacional, que não facilitam soluções de consenso. Por outro lado, e não obstante os chocantes números sobre os efeitos na vida das populações da escassez de água, ainda se está longe de reconhecer o "direito à água" como um direito fundamental no plano multilateral, pelas consequências orçamentais que muitos não querem disso retirar.

Duas notas pessoais.

Não esquecerei nunca a imagem de uma criança, na berma de uma estrada quase deserta, no Uzebequistão, estendendo a quem passava uma garrafa de plástico vazia. Vim a saber ser uma prática regular na região "mendigar" água potável...

A segunda nota prende-se com Espanha. Os nossos principais rios nascem em território espanhol, onde várias regiões autónomas se debatem com sérios problemas em matéria de água e têm tentações de a utilizarem de forma mais intensiva, a montante da sua chegada a Portugal. Recordo a dificuldade com que, na virada do século, nos vimos confrontados numa dura negociação com Madrid sobre o regime dos caudais desses rios. Mas foram-me marcantes, em especial, as tensões que então pudemos observar entre o Governo central espanhol e as autonomias, para fixarem uma posição comum de acordo connosco. A Península Ibérica sofre um acelerado processo de desertificação e, por essa razão, o futuro das águas comuns vai continuar a ser uma tarefa a que a diplomacia portuguesa terá de permanecer atenta.

domingo, março 22, 2009

Clara d'Ovar

Nos anos 60, o nome de Clara d'Ovar era uma das referências portuguesas em Paris. Pelos filmes que fez, pelo fado que por aqui cantou e, se bem julgo lembrar-me, pelo espaço de gastronomia portuguesa que por aqui manteve, ela continua a ser uma das nossas memórias em França.

Surpreendentemente, encontro poucos dados informativos sobre Clara d'Ovar. Será que alguém pode contribuir para uma sua biografia?

Em tempo: em poucas horas, os comentadores deste blogue ajudaram à construção da biografia de Clra d'Ovar, com a indicação de links e informações sobre a sua vida. Um destes dias, com tempo, faremos a sua síntese

Grande penalidade

Há uns anos, surgiu o interessante livro de Peter Handke "A angústia do guarda-redes antes do penalty".

Ontem, no Algarve, provou-se - e de que maneira - que ainda está por escrever "A angústia do árbitro antes de marcar um penalty".

E hoje, por uma razão qualquer, apetece-me escrever que houve uma "grande penalidade" e não um penalty...

sábado, março 21, 2009

Lavadeiras de Portugal

"Les Lavandières du Portugal", de que pode ver e ouvir aqui um extracto, foi, em 1955, o grande êxito da vida musical da cantora Jacqueline François, que acaba de morrer aqui em Paris.

É um Portugal de improváveis lavadeiras de Setúbal, que o autor da letra põe a beber "manzanilla" ou "xerez", o que dá bem nota de confusão ibérica, que, sobre o nosso país, ainda pairava na mentalidade francesa de então.

Dois anos mais tarde, o exotismo passa ao cinema, com uma comédia com o mesmo título da canção, desta vez ligada à procura de uma lavadeira portuguesa para fazer publicidade de uma máquina de lavar. Com o nome de Paquita Rico no elenco, segue-se idêntica linha de rigor étnico-geográfico. E, pelo cartaz junto, pode logo perceber-se que se trata, de facto, de uma lavadeira portuguesa-tipo, nos idos de 1957...

Alcoforado

Ontem, escrevi aqui, com óbvia ironia, que as famosas Cartas Portuguesas, escritas pela freira Mariana Alcoforado ao seu amor francês, o conde de Chamilly, seriam um "efeito colateral" positivo das invasões francesas.

Erro crasso, que agora plenamente assumo, graças a uma nota do nosso correspondente Vasco Campilho: Maria Alcoforado viveu entre 1640 e 1723, isto é, muito antes das invasões francesas, que ocorreram no início do século XIX. Chamilly estava em Portugal, não como invasor, mas como aliado a ajudar o país na guerra da Restauração da independência. A foto é da janela do Convento de Nossa Senhora da Conceição, em Beja, que se diz que Mariana utilizava para olhar o mundo exterior.

Só não concordo com Vasco Campilho quando ele diz que "soror Mariana não se teria entregue com o mesmo ardor ao representante de uma potência ocupante". Sabe-se lá que invasões o amor pode desencadear...

Bacalhau

Ao ler hoje algo sobre Honfleur, tentando descobrir um pouco mais sobre a bela cidade costeira do norte de França onde um grande amigo meu brasileiro tem uma casa de férias, para saudável inveja de muitos, entre os quais figura este escriba, descobri que Alphonse Allais, o humorista e escritor, do tempo da Belle Époque, nasceu por lá.

Mas por que diabo, ao recordar Honfleur e Allais, me sai este texto? Porque li ontem um artigo no Libération sobre o bacalhau - com o título sugestivo de "Morue de faim" - onde, como é de regra, se liga esse peixe à antiga imagem de comida pobre, bem como à alimentação portuguesa, e se cita um dito, como sendo da autoria de Allais, que não resisto a transcrever: "Por que será que, sendo o mar alimentado pelos rios, que são de água doce, todo o mar é salgado? Não sabem? É porque os bacalhaus transmitem o seu sal ao mar..."

sexta-feira, março 20, 2009

Invasões francesas


Pelo segundo ano consecutivo, a cidade de Boticas, em Trás-os-Montes, vai honrar uma tradição de dois séculos e, com fins comerciais, enterrar em saibro garrafas do vinho da região.

O chamado “vinho dos mortos” teve origem nas invasões francesas em 1808. Para evitar as pilhagens, a população escondeu vinho debaixo de terra. Quando os invasores se retiraram, descobriu-se que o vinho estava melhor. A tradição manteve-se em várias famílias, mas, até recentemente, apenas para consumo caseiro.

Daqui se prova que as invasões francesas acabaram, afinal, por ter alguns “efeitos colaterais” positivos...

Em tempo: eliminou-se neste post a referência às Cartas de soror Mariana. Veja porquê aqui.

E, sobre o assunto, leia também A Nova Floresta.

Portugueses

Daqui a 50 anos, existirão em Portugal 271 pessoas com mais de 65 anos para cada 100 com menos de 15.

Se Portugal não tiver imigração, passaremos, nessa altura, a ter 8 milhões de habitantes, em lugar dos cerca de 10 milhões actuais.

Mais do que algumas outras opções de natureza política, que, para alguns, condicionam dramaticamente o nosso futuro como nação, o país necessita de fazer uma reflexão estratégica profunda sobre as suas perspectivas demográficas. É que não há Portugal sem portugueses.

quinta-feira, março 19, 2009

Varanda da Europa

A revista francesa de turismo e viagens "Destination" acaba de dedicar o seu nº 2 a Portugal (o primeiro foi dedicado a Nova Iorque).

Para além de um tom geral muito positivo e de grande simpatia que ressalta dos textos, confesso que não fico muito feliz ao notar que continua a projectar-se, em muitas das páginas da publicação, a imagem de um país ainda próximo do tom das montras da nossa velha "Casa de Portugal" na rue Scribe, ao tempo de José Augusto e do Verde Gaio: velhinhas à saída da missa ou penduradas nas varandas dos bairros pobres, bem como os inevitáveis reformados ao sol, com as usuais proeminências abdominais. E, nos comentários, sempre, sempre, a ladainha da nostalgia, do fado, da tristeza, do olhar melancólico. Vá lá: ao menos, desta vez, livrámo-nos das redes dos pescadores, com camisas aos quadrados... Esse Portugal também existe, faz parte daquilo que também somos. Mas haverá necessidade de estar sempre a reiterá-lo, como se esses sinais fossem um nicho de "riqueza" etnológica a explorar? Quase só falta o slogan: "vá a Portugal e visite o passado"...

Lembrei-me disto hoje, dia da inauguração do nosso pavilhão no salão de promoção turística "Monde à Paris". Lá estamos, com bastante dignidade e com um nível de comunicação eficaz, servidos por documentação dotada de textos e fotos com muita qualidade, embora sem os espaventos que os tempos desaconselham. A nossa oferta actual é magnífica e a França cada vez mais a aprecia, estando em crescendo a sua contribuição para os nossos ganhos europeus em matéria turística. E vamos preparar outras iniciativas, sob a responsabilidade das várias regiões turísticas, apontadas para faixas específicas de um mercado que requer cada vez maior sofisticação.

Mas não vale a pena ter ilusões: ainda há muito a fazer para mudar a imagem externa de Portugal, muito em particular aqui em França.

Frase

Num pequeno-almoço de trabalho, Henri de Castries, presidente mundial da seguradora Axa, recordou-me hoje uma frase célebre mas bem verdadeira: "Os americanos acabam sempre por fazer a opção certa, depois de terem experimentado todas as erradas".

José de Guimarães

O deliberado abuso da cor pode, aos olhos menos atentos de alguns, atenuar a visão de tragédia que é procurada neste capítulo da obra de José de Guimarães, dedicada às favelas do Brasil, presente desde ontem no Grand Palais, em Paris.

Guimarães é o caso muito interessante de um homem que, tendo chegado, aos 30 e poucos anos, à improvável categoria de Coronel do Exército português, na especialidade de Transmissões, trouxe, entretanto, para a escultura e para a pintura, uma elevada sensibilidade e uma originalidade pouco comum, hoje espalhada por muitas obras em espaços públicos, por todo o mundo.

É um homem sereno, rigoroso, com um sorriso na vida que não ilude o rigor com que olha o mundo e as coisas. Quem conhece o seu gosto pela arte primitiva africana - e excelente colecção que possui - pode talvez entender melhor esta sua apurada sensibilidade.

Guantánamo e a Europa

Continua sobre a mesa a iniciativa portuguesa no sentido de ser montada uma operação, à escala europeia, para acolhimento de alguns dos actuais detidos em Guantánamo. Trata-se de um problema de grande delicadeza, que conjuga aspectos jurídicos e humanos, mas que, no essencial, configura um sério desafio político.

A prisão de Guantánamo e as graves violações dos Direitos Humanos e do Direito Internacional que nela se considera que foram cometidas, no âmbito da luta contra o terrorismo levada a cabo pela anterior administração americana, estiveram bem presentes no discurso da União Europeia, ao longo dos últimos anos.

Com efeito, a União reiterou frequentemente junto de Washington a necessidade de a prisão de Guantánamo ser encerrada, tal como todos os restantes centros de detenção onde se encontram “combatentes inimigos”, que o Governo americano considerou excluídos da protecção do Direito Internacional sobre tratamento de prisioneiros de guerra. Também as Nações Unidas, em especial através dos relatores especiais do Conselho de Direitos Humanos, se pronunciaram negativamente sobre Guantánamo. A administração Obama acaba, aliás, de anunciar a revisão deste estatuto atribuído aos chamados "combatentes inimigos".

A Europa, que tão receptiva se tem mostrado face a estas e outras mudanças que a nova administração americana indicia querer introduzir no seu comportamente à escala global, tem obrigação de se revelar à altura das suas responsabilidades, num quadro de cooperação com o seu parceiro estratégico do outro lado do Atlântico.

Uma abordagem comum europeia em torno da delicada matéria de acolhimento dos prisioneiros de Guantánamo, que estão impedidos, por claras razões de segurança pessoal, de regressarem aos seus países de origem, impõe-se, assim, como um gesto de boa vontade mas, ao mesmo tempo, como afirmação dos valores da sua tradicional cultura de liberdade e acolhimento.

"It"s the economy..."

"It"s the economy, stupid!", foi a expressão cunhada por James Carville, na campanha de Clinton em 1992, para identificar o e...