O candidato do PSD à CM de Loures fez singulares declarações sobre as comunidades ciganas existentes naquele concelho. Nada do que disse é novo, isto é, já no passado e em tristes tempos foram ouvidos juízos decorrentes de idêntica racionalidade.
O PSD tem muito pouco tempo para "pôr os pontos nos is" neste assunto. É que a "cereja em cima do bolo" seria, naturalmente, um eventual elogio do PNR a tais declarações.
Atento o que parecia ser o consenso maioritário prevalecente no seio dos partidos representados na AR sobre questões ligadas à luta contra discriminação de minorias étnicas - facto de que Portugal sempre se orgulha no plano externo e que lhe tem valido alguns encómios em fóruns multilaterais - um silêncio da direção do PSD sobre estas declarações funcionaria como uma objetiva rutura desse consenso, deslocando o nome do partido para um terreno eticamente muito pouco cómodo.
6 comentários:
Quem mora em Loures sabe bem do que ele fala.
Se houve Concelho que albergou comunidades ciganas ao longo dos anos em quantidade foi este.
Comunidades que se recusam a integrar na sociedade, que continuam a viver a seu belo prazer fruto de negócios na sua larga maioria ilegais e do RSI, a roubarem qualquer transeunte sem nunca serem admoestados pelas forças de segurança.
Vivesse o Sr. Embaixador nem junto destas comunidades e dar-lhe-ia toda a razão.
Julguei que o candidato era do CDS. Mas, vai dar ao mesmo.
que giro , tudo anónimos ...e querem vocês que o sr. embaixador diga outra coisa . calhando , vós mesmos são pró ciganos quando estão não anónimos . como diria a minha mulher : vão-se catar
"Vivemos numa cultura de subsidiodependência". A frase é comum e, quando dita, não gera mais do que a habitual trauliteirada de baixa política.
Agora, substitua-se o plural que nos identifica enquanto povo por "ciganos".
"Os ciganos vivem numa cultura de subsidiodependência".
E já sabemos o que acontece...
já no passado e em tristes tempos foram ouvidos juízos decorrentes de idêntica racionalidade
Eu li as declarações do sr Ventura e não vi nelas quaisquer "juízos" nem qualquer "racionalidade". Vi apenas a descrição de factos objetivos. Esses factos podem ser verdadeiros ou falsos, mas é como tal que devem ser julgados - não como juízos.
O sr Ventura afirmou 4 coisas: que os ciganos viajam nos transportes coletivos sem pagar, e que isso é objeto de queixas de outros clientes desses transportes; que os ciganos ocupam o espaço no meio da rua na Quinta da Fonte; que os ciganos ocupam indevidamente casas de habitação social; que os ciganos vivem exclusivamente de subsídios. Tudo isto são factos (verdadeiros os falsos), não são juízos nem opiniões. O que há é que investigar se estes factos são verdadeiros.
Caro LL
imagino que queira dizer afirmações. Facto quer dizer o que esta feito.
https://www.priberam.pt/dlpo/facto
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