Lisboa está a arrefecer. Aos poucos. Sopra um vento leve, setembrino, que põe acalmia na caloraça infrene que nos dominava os dias e noites. Temos tendência a ter estados de alma sobre o tempo: "Que belo dia!" ou "que dia chato!", quando, na realidade, se as coisas nos correm bem ou mal, até os maus dias passam a bons e um sol de "National Geographic" pode servir de cenário para uma neura. Hoje, repito, de um momento para o outro, neste final de tarde, Lisboa arrefeceu. É bom? É mau? É a vida, como dizia o outro.
3 comentários:
"É a vida, como dizia o outro."
Qual ???
"É a vida" não tem autor conhecido. Eu, pelo menos, não sei quem terá sido o primeiro a formular tal desabafo.
Mas a sua origem é aquilo a que se chama em latim "vox populi". Podia ter sido dito por qualquer um de nós.
Não creio que seja importante o seu autor e sim o que a frase encerra sobre os imponderáveis da vida, o enigmático que está por detrás de cada vida, na sua dialéctica à margem do nosso querer, saber e fazer.
O meu pai dizia para os seus seis filhos--como dizia o outro...--.
SÁBIO.
Enviar um comentário