terça-feira, novembro 18, 2014

Leonor Xavier


A Leonor escreve com a alma e a alma dela é feita de uma imensa alegria na aventura da vida. O seu "Passageiro Clandestino" é como que um diário de um período durante o qual a Leonor passou a ter consigo a doença. Essa mesma. Mas este não é um livro melancólico, "doentio". Longe disso! É uma obra cheia de vida, de graça, da aprendizagem de saber olhar os outros de uma outra forma, com pequenas e deliciosas notas de um quotidiano que se tornou novo, porque passou a ser diferente, talvez apenas um pouco mais urgente. Quem conhece a Leonor não se surpreende com o que ela própria decidiu: "Mais do que nunca, uso e abuso da palavra e do conceito de descoberta". E fá-lo com a deliciosa escrita a que sempre nos habituou, cultivada sem ser chata, inventiva sem ser pretensiosa, solta sem cair na vulgaridade. Este é um livro do qual não se sai triste.
 
No dia 24 de novembro, pelas 18.30 horas, no jardim do Teatro de S. Luis, os amigos da Leonor - o livro também é dedicado "a todas e a todos que me querem bem" - vão estar no lançamento. Vão ser ser muitos, estou certo. Nessa data, por razões profissionais, estarei no estrangeiro. Mas irei dar um beijo à Leonor uns dias mais tarde, no "jantar da Dois", do "Procópio". E então beberemos também um copo pelo Raul que, lá onde estiver, estará a ordenar-nos o seu "façam favor de ser felizes!".  

4 comentários:

Helena Sacadura Cabral disse...

Francisco
Que bela e merecida homenagem à nossa Leonor!

Anónimo disse...

Eu pensava que a Leonor já não nos podia surpreender,,mas pode = em condições bem difíceis, tem sido um exemplo para todas nós. Infelizmente vou estar muito longe ... mas bem perto dela no dia 24. Ela sabe .
Bem haja, Francisco, por estas palavras tão amigas e tão merecidas.

Anónimo disse...

Trabalhei no Brasil nos anos setenta. Um dia, por mero acaso, comprei um livro de Leonor Xavier, cujo título era: "Só Eram Verdade os que Partiam". O seu nome jamais me esqueceu. Os personagens (portugueses) que descreve parecia-me que os conhecia todos...
Muita coragem para os seus problemas de saúde e um abraço,

iseixas disse...

Vou comprar, claro.

A Europa de que eles gostam

Ora aqui está um conselho do patusco do Musk que, se bem os conheço, vai encontrar apoio nuns maluquinhos raivosos que também temos por cá. ...