segunda-feira, novembro 24, 2014

"Uma Alemanha Europeia ou uma Europa Alemã"

 
"Nos anos cinquenta do século passado, o grande escritor alemão Thomas Mann falava do dilema que se colocaria à Alemanha: ser uma Alemanha Europeia ou criar uma Europa Alemã. Sessenta anos depois, a Alemanha impôs à União Europeia uma política de austeridade com resultados económicos profundamente negativos e que ameaçam prolongar-se por décadas. Ao mesmo tempo, a chanceler e o governo alemão não hesitam em criticar opções de política interna dos Estados, como ficou patente com o comentário sobre o número de licenciados portugueses. É tempo de fazer um balanço: temos uma Alemanha Europeia ou uma Europa Alemã? "
 
Este é o texto introdutório de um debate que, no dia 26 de novembro, a partir das 9.30 horas, no auditório da Faculdade de Direito de Lisboa, irá ter lugar.
 
Integro o primeiro painel, com o José Loureiro dos Santos, Reinhard Naumann e António Menezes Cordeiro. No segundo painel, intervirão Francisco Louçã, Ricardo Cabral, Pedro Brás Teixeira e Eduardo Paz Ferreira. 

3 comentários:

JS disse...

Será que para se livrar (ordenadamente) da Europa Alemâ, Portugal, para evitar um vácuo desconhecido, terá que, mais uma vez, se socorrer da secular Aliança e cair num pouco comum Commumwealth de um pouco unido Reino?.
Ou numa lírica Europa do Sul?.
Ou num mirífico TTIP?.
Ou volta à Europa dos Nórdicos?.
Sairá uma boa solução de tal encontro de tão ajuizadas mentes?.
Boa sorte.

Joaquim de Freitas disse...

1°- A Europa? Um Sul à deriva, mais pobre cada dia que passa, com uma juventude desesperada à procura de trabalho. Que convém à Alemanha, país de seniores, que recupera e beneficia assim da juventude dos outros, qualificada e instruída à nossa custa.

2°- Um Leste ainda mais pobre, que traz à Alemanha uma população também bem formada, resultado dum dos poucos sucessos do regime anterior.

3°- Uma moeda feita sobre medida para a economia alemã. O Euro é o DM rebaptizado! Que retira a sua força das nossas fraquezas, da exploração dos nossos mercados.

4°- Uma Alemanha que conta sobre os Americanos para a sua defesa! A NATO foi feita para a proteger. E portanto os Americanos tinham programado que no fim da guerra a Alemanha seria transformada num país pastoral e agrícola... Mas a guerra fria mudou os planos... O que evita à Alemanha despesas colossais , sobretudo quando se vive à porta da Rússia...nessas terras ensopadas de sangue de duas guerras mundiais terríveis.

5°- A prosperidade da Alemanha foi construída sobre o perdão em 1953, das dívidas de guerra e das reparações às vítimas civis e aos Estados. A Alemanha, ela, não pagou as mesmas dívidas aos Gregos , apesar das reclamações destes desde o fim da guerra.

O perdão foi "kolossal" ! 22 ,6 milhares de milhões de DM de antes da guerra e 27 mil milhões de DM do após guerra, isto é um total de 49,6 milhares de milhões, reduzidos para 14,5 milhares de milhões, seja mais de 60% de redução!

Esta mesma Alemanha que hoje recusa reduzir o peso da divida dos países da UE com economias débeis , à beira do precipício.

6°- Sim, a Europa Alemã é uma realidade. E vai ser preciso combatê-la. Para ver uma verdadeira solução ao drama da divida e da austeridade, será necessário mobilizar os povos da Europa, organizando um movimento geral de desobediência às directivas dos lacaios de Bruxelas, afim de obter concessões de envergadura como a suspensão do reembolso e a arrogação das medidas anti-sociais .

Joaquim de Freitas disse...

Juncker propõe um plano de salvação para a Europa, de 300 mil milhões de euros. Antes mesmo de conhecer as arbitragens que presidirão à partilha da mane, é preciso saber que "isso" não é mais que 2,3% do PIB da UE. A comparar aos 6,5% de Obama. O dinheiro não existe. Vai ser preciso injectar dinheiro público, talvez 60 mil milhões, para atrair o dinheiro privado, afim de completar os 300 mil milhões de euros do plano.

O BCE não é independente como se diz. Nada é possível sem o acordo da Prússia!

300 mil milhões para salvar a Europa, onde o crescimento é de 0% desde há três anos e meio !

E quem é o culpado ou a culpada?? Ver o post precedente! Onde o investimento acusa um recuo de 15% desde 2008, enquanto que os EUA recuperaram o nível de antes da crise! O que explica o nível de desemprego europeu.

Merci Frau Merckel.

A Europa de que eles gostam

Ora aqui está um conselho do patusco do Musk que, se bem os conheço, vai encontrar apoio nuns maluquinhos raivosos que também temos por cá. ...