Perseguidos pela ditadura militar, alguns dirigentes republicanos portugueses exilaram-se em Paris, no final dos anos 20 do século passado. Aqui formaram a Liga de Defesa da República, vulgarmente conhecida como a Liga de Paris, de que uma das principais figuras foi Afonso Costa (na imagem).
Neste ano em que se comemora o centenário da República, convidei o professor Fernando Rosas, catedrático da Universidade Nova de Lisboa e diretor do seu Instituto de História Contemporânea, a organizar, na Embaixada em Paris, um colóquio sobre a Liga de Paris. Nomes como os professores Luís Farinha, Cristina Clímaco e Yves Leonard apresentarão também comunicações.
O colóquio terá lugar no dia 14 de Maio. Porque os lugares são limitados, os pedidos de acesso devem ser dirigidos à Embaixada de Portugal em Paris, pelo e-mail diffusion.ambportparis@gmail.com ou através do espaço de comentários deste post.
8 comentários:
Tema muito interessante. Agradeço que conte comigo Senhor Embaixador. Não escondo que é, com imenso prazer, que, agora, vou à Embaixada!
A Liga de Paris não será a “Liga do Ensino e da Cultura”? É que este organismo, também nos anos 60, prontificou-se a facilitar no seu seio, em total liberdade e autonomia, uma associação portuguesa que desenvolveu até 1974 uma actividade antifascista que se distinguia frontalmente da ANPF, associação criada pelos consulados em 1965.
Caro José Barros: São coisas diferentes. A Liga de Ensino e Cultura Portuguesa data de 1968 e a Liga de Paris acabou em 1939.
É pena que o coloquio se realize numa sexta-feira de "ponte" porque gostaria de assistir (até porque nunca estudei a Historia portuguesa do século XX). Mas nao sei se estarei na capital nesse dia em que a Académie de Paris decidiu fechar as escolas maternelles e élèmentaires.
Caríssimo Senhor Embaixador Francisco Seixas da Costa tem a maior das pertinências este colóquio, dinamizado por estes eminentes especialistas da História Portuguesa do século XX, em meritória iniciativa cultural da Embaixada, tanto mais que se irá perspectivar a República de uma forma original com base neste grupo de exilados. É pena que já não esteja entre nós, um dos maiores e mais clarividentes historiadores do século XX - António H. Oliveira Marques que conhecia como ninguém este período histórico e, em particular, a figura central de Afonso Costa.
Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt
Claro que essa república que foi imposta a tiros e bombas deve ser celebrada, sobretudo por todos os democratas.Viva a violência, viva o regicídio, o poder para quem tem atrevimento de pegar numa espingarda.
Buíça
Muito obrigado pelo comentário do último anónimo.
(Francisco Seixas da) COSTA
Tive o prazer de republicar este post no meu blogue pela relevância que esta iniciativa em prol da memória colectiva bem merece. Fiz uma hiperligação no sentido de encaminhar os possíveis interessados para aqui.
Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt
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