quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Artigo

Publico hoje diário económico francês "La Tribune" um artigo intitulado "La dette, le Sud et les idées reçues", cujo texto completo pode ser lido aqui.

Uma versão portuguesa do artigo pode ser lida aqui

Sobre o assunto, pode ler também o Expresso on-line.

13 comentários:

Helena Oneto disse...

Grande Embaixador!!! Parabéns e obrigada por esta lição/resposta tão bem dada.
Bem haja!

Anónimo disse...

Faço votos para que, vinda da "varanda da Europa" a mensagem/informação chegue a muitos mais, pois debaixo da varanda, por mais que se grite, a propagação, quando existe, é sempre muito menor.
Até hoje, ainda não percebi, nem os critérios das agências de rating, nem a riqueza que produzem - embora perceba para qual contribuem -, nem o valor acrescentado que elas trazem à economia.

JR

Alcipe disse...

Excelente e oportuno artigo (no dia em que reúne o Conselho Europeu).

Bravo!

ARD disse...

Muito bem.
Quando alguns engrançadinhos querem alargar os PIGS para STUPID, não é fácil captar as atenções para os efeitos que a já documentada falta de rigor das previsões dos "cérebros" financeiros internacionais provocaram.

Helena Sacadura Cabral disse...

Senhor Embaixador
Os portugueses que amam o seu país podem, internamente, discutir sobre se os caminhos traçados nestes últimos 36 anos foram ou não os melhores. Tudo depende daquilo que se considera ser essencial à sociedade em que vivemos. O que nos pode afastar, até, da análise das questões macro económicas e pensar noutras vertentes importantes como a educação, a ciência ou a cultura.
O que os portugueses não podem, ou não devem é, externamente, comportar-se de modo a prejudicar Portugal.
Por isso me rebelei tanto no meu blogue contra as declarações do sr Almunia, que já anteriormente causara problemas no seu próprio país. Agora repetiu a dose para a Espanha e para nós. A todos os títulos - no nosso caso, mesmo muito injusto - foi lamentável.
E ainda não percebi o que fez o Presidente Barroso depois de tudo isto. Deve ser ignorância minha!
Mas tambémvale a pena relembrar que "recusar ideias feitas" se aplica a todos os lados da história. E não pensar, sistematicamente, que pós revolução uns foram sempre os bons e outros sempre os maus.
E já agora, também vale a pena não esquecer que parte disto de que hoje gozamos, mesmo que pequena, se ficou a dever às reservas de ouro do Banco de Portugal...

carlos neves ferreira disse...

BOA! Um economista (do ISCEF) não faria melhor em bom francês.

CNF

O Moscardo disse...

Como sempre, leitura obrigatória. Obrigado. Luis Maia, O Moscardo - www.osocratico.blogspot.com

Guilherme Sanches disse...

Meu caro Embaixador, há elogios que se reconhecem pelo cheiro. Uns são sinceramente inodoros, enquanto outros tresandam a Rosete (para os mais jovens, era uma marca de pomada que havia antigamente. Ou de graxa, como lhe queiram chamar).
E como a água pura, sem qualquer inquinação, este só tem uma palavra - Obrigado!
É assumidamente um elogio mais do que merecido, pelo artigo reproduzido neste post (de manhã). Não sei dizer melhor, já o li atentamente, e revejo-me em pleno na postura que é o como se deve aproveitar com inteligência a voz e a visibilidade que se têm, em prol de uma justiça pleonasticamente mais do que justa. No tempo certo, no sítio certo. Ainda não tinha visto sobre este tema fazer nada simultaneamente retilíneo, político, técnica e economicamente tão correto. Parabéns.
Gostaria que outros colegas Embaixadores por essa Europa Central fossem também filhos de boa gente, e se sentissem de forma semelhante, em defesa deste colectivo ocidental que somos nós. Embaixadores daqueles que levam na mala também a delegação da verdade e da força do nosso portuguesismo, contrastando com outro tipo de "delegados" lusos, que apenas viajam com a "nécéssaire" onde só cabe a maledicência e o queixismo de que deviam ter envergonha, como ouvimos bem recentemente no local completamente errado, aí para esses lados. Penso eu, que não sou nem quero ser político, e o que eu penso... vale o que vale, como diz o outro. Mas também sou Português.
Um abraço

Herculano disse...

Parabéns Senhor Embaixador !

grande verdade essa : as "idées reçues" sao uma doença dificil de curar principalmente porque os doentes a isso se recusam

e sendo assim, vale a pena administra-lhes o tal "remédio de cavalo"

Julia Macias-Valet disse...

E se fosse so em relaçao à divida que houvesse idéias feitas sobre o Sul... ! Mesmo no proprio Sul existem idéias feitas sobre seu o Sul.

Anónimo disse...

O artigo sobre Portugal e interessante mas a realidade e outra.A situacao economica e grave,o Pais consome mas do que produz,e como diz Eduardo Lourenco somos um "povo pobre (nobre) com mentalidade de ricos".O sr.Embaixa-dor esta a cumprir o seu dever ao fazer-se de advogado do diabo.Esta no seu pleno direito.Porem,se alguem tivesse de investir em Portugal nao iria pedir opiniao as Embaixadas de Portugal.Ha imagens e ha preconceitos:Portugal tem infelizmente uma imagem,do ponto de vista economico,que nao e muito positiva.E evidentemente um pais de gente simpatica,onde se come bem e bebe-se ainda melhor,com um optimo clima e esplendoroso "Sol" mas onde os servicos ainda deixam muito a desejar.O artigo do Sr.Embaixador e positivo para o consumo interno,mas nao vai mudar a opiniao rigorosa das agencias de notacao.Ninguem vai dar nota AAA a um pais onde a justica nao funcio-na,onde a culpa morre soltei-ra,on-de os funcionarios nao traba-lham,com rosarios de escanda-los sobre escandalos,onde a corrupcao (Cravinho dixit).Aprecio a coragem do Sr.Embaixador e espero continue a defender os interesses de Portugal.Antonio Barreto escrevia ha tempos,parafraseando jocosamen-te Pessoa que para muitos Portugue-ses "A minha patria e uma conta bancaria".

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro último anónimo: ninguém diz que a situação económica portuguesa não é grave. O que o artigo diz é que ela foi misturada, indevidamente, com a situação bem mais grave de outros países. E o artigo, que refere factos, aponta para um historial passado de recuperação portuguesa que deve ser tido em conta. E, finalmente, nota que Portugal - ao contrário de outros - não entrou em insolvência pontual perante credores.

Anónimo disse...

«Há aqui um preconceito em relação aos países do Sul que leva algum Norte a ter algum desnorte nesta matéria», disse ainda o embaixador de Portugal em França, em declarações à Lusa.

GOSTEI DESTA, SENHOR EMBAIXADOR

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