segunda-feira, abril 17, 2017

Vacinas

Lá porque há uns anormais que decidem não mandar as crianças à escola, isso não significa que a sociedade, através do Estado, que representa os nossos interesses comuns, não criminalize os progenitores que o não permitem.

O caráter voluntário de certas vacinas, que se justificava num passado em que subsistiam dúvidas quanto à respetiva eficácia, deve ser questionado nos dias de hoje, quando há uma evidência esmagadora sobre a vantagem desse procedimento. Trata-se de defender a saúde pública e, em especial, o interesse das crianças, que são seres humanos com um corpo de direitos próprio, que não são "propriedade" dos pais e, em especial, não podem ser vítimas dos preconceitos destes. Isto tanto é válido para as vacinas como o é para a questão das transfusões de sangue, no caso das "testemunhas de Jeová".

Confesso que não tenho a menor tolerância para este "liberalismo" pateta no domínio da saúde, que põe manifestamente em risco a vida das crianças, como toda a ciência tende a concordar.

6 comentários:

Anónimo disse...

No caso do sarampo, a vacina tripla, MMR, pode ter efeitos secundarios que causam danos pelo que as pessoas deixaram de confiar nas autoridades que bem nos podiam ter oferecido outro tipo de vacina.
Infelizmente o dinheiro e o ego dos que podem, querem e mandam fala quase sempre mais alto do que o bem estar do ser humano.

Anónimo disse...

Why Japan banned MMR vaccine

Anónimo disse...

Muito simples: todos os pais de crianças contaminadas (e os adultos, também), deviam de processar judicialmente os pais das crianças não vacinadas.

Anónimo disse...

Caro Embaixador, o que tem contra a escolarização doméstica (tradução literal de "homeschooling" dado não saber se existe termo específico em Português) das crianças? Porque é que os pais devem ser obrigados a mandar os filhos à escola em vez de ser-lhes permitida a educação em casa? Desde que os miúdos sejam avaliados no final de cada ano e cumpram os objectivos do programa de estudos nacional qual é o problema disso? Em Portugal não faço ideia qual a realidade neste campo. Nos EUA, porém, é uma realidade com alguma presença hoje em dia superior a dois milhões de crianças. Escassa, é certo, mas ainda assim com dimensão suficiente para não só não ser ignorada como para ser produzido um razoável acervo de material didático para este fim específico. Há ainda casos, muitos, de famílias que vivem em viagem, seja porque vivem em navios, seja porque as suas profissões os levam à necessidade de viajar constantemente, seja porque optam por viver desta forma, que educam os seus filhos assim. Os resultados das crianças educadas em regime doméstico são, de resto, significativamente superiores aos das crianças que frequentam o ensino comum. E se aos resultados académicos acrescentarmos as capacidades de interacção social e riqueza de experiências de vida com benefícios para toda a vida adulta não tem qualquer comparação.

Não tenho filhos mas se os tivesse a minha opção, principalmente nos tempos que correm, seria sem sombra de dúvida pela educação doméstica.

Em relação às vacinas aí estamos de pleno acordo no que toca a que deveria ser obrigatória. É um assunto no qual há questões de protecção da comunidade em geral que requerem atenção. Certas dúvidas de índole ética afloram ao meu espírito no que toca à aplicação prática da doutrina mas não são inultrapassaveis.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Teorias da conspiração dos crentes em charlatanices como a homeopatia e suplementos alimentares de valor acrescentado, um lobby relativamente camuflado, mas poderoso.

Se hoje a maior parte de nós chegará pelo menos aos 80, ao desenvolvimento dos fármacos e à vacinação também o devemos.

Cabe ao Estado assegurar que a saúde da comunidade não corre riscos desnecessários graças a meia dúzia de exibicionistas e deslumbrados com alternativismos bacocos, pelo que a recusa em cumprir as normas de vacinação deve ter consequências, como bem diz o Senhor Embaixador.

Anónimo disse...


As crianças não vacinadas devido a pruridos naturalistas (hippies e/ou ignorantes) dos pais não devem ser aceites nas escolas ou em actividades de organismos públicos ou que recebam dinheiro dos impostos.

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