Morreu Alfredo Bruto da Costa, um grande homem de bem, uma figura muito rara em termos de consciência social, de preocupação com os mais pobres e desfavorecidos - um imenso lutador contra as desiguadades.
Portugal perde uma personalidade cujo modo sereno e responsável de refletir sobre as grandes divisões sociais lhe grangeava uma natural consideração e um merecido prestígio. Pessoalmente, perco alguém que tinha o privilégio de ter como amigo, com quem, nas últimas décadas, fui mantendo um contacto regular, que sempre me enriqueceu.
2 comentários:
Orgulho-me sempre de si cada vez que lembra alguém, que eu infelizmente não conheço, pelas suas qualidades e virtudes, alguém com espirito de interajuda,alguém rico, independentemente de ter ou não dinheiro, alguém que se soube lapidar na amizade para conseguir fazer brotar um sentimento de perda e saudade...Também tenho amigos assim, quase só eu os conheço e gostava de os partilhar , mas eles não querem.
Os meus sentimentos pela sua perda.
Sr. Embaixador:
Alfredo Bruto da Costa pertencia a uma geração de gente decente, com elevada consciência social e grande sentido de serviço público, gente que não se punha permanentemente em bicos-de-pés.
Entretanto, tem vindo a ser substituída, paulatinamente, por demasiados videirinhos, oportunistas, populistas, gente sem valor nem préstimo algum.
Mas que manipulam magistralmente as consciências das grandes massas da população, perdidas no mundo do espectáculo e da «realidade instantânea», «mundo detergente» (com demasiada espuma para tão poucos resultados: veja-se o fenómeno Trump.
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