sexta-feira, maio 02, 2014

O meu tacho

Já estava à espera, confesso! Fui convidado pelo engº José Bento dos Santos para integrar um grupo de trabalho, que não implica qualquer custo para o Estado e que não terá a mais leve remuneração, para desenhar uma proposta com vista à promoção da gastronomia portuguesa no estrangeiro. Conhecendo eu "do que a casa gasta", já aguardava as ironias do costume. E, também devo confessar, estava até curioso em fazer "saltar a tampa".

Pois é! Com mais dez comparsas ("confraria governamental dos bons garfos", diz um blogue finaço, afiando o título), vou tentar ajudar a dar expressão internacional a uma das riquezas culturais do nosso país.

Por comentários neste blogue, fica claro que esta minha "cedência" é já considerada por alguns como um sinistro conluio com a maioria que nos (des)governa. Felizmente, o ridículo não mata e, neste caso, também não engorda...

24 comentários:

Isabel Seixas disse...

Se calhar Sr. Embaixador é bem mais simples, apenas uma forma de o homenagear estando atentos às suas formações extracurriculares...
Desde que não se esqueça da inclusão do folar e dos pasteis de Chaves...

Anónimo disse...

Senhor Embaixador

Parece-me muito boa a criação deste grupo e a sua integração nele, devido aos seus grandes interesses gastronómicos. Anseio pela publicação em livro de um seu roteiro gastronómico, apesar de saber que se pode desactualizar com alguma velocidade.
Acho que é importante a divulgação da gastronomia portuguesa no estrangeiro. Se andarmos pelo mundo verificamos que em todas as cidades existem restaurantes italianos, franceses e espanhóis por exemplo, mas existem muito menos restaurantes portugueses do que podiam.
Tem de se divulgar a cozinha portuguesa, tentando colocá-la no imaginário dos turistas e gourmets.

LBA

Helena Sacadura Cabral disse...

Espero que se não tenham esquecido de Maria de Lurdes Modesto a quem o país tanto deve nessa área!

Anónimo disse...

Dando continuidade à brincadeira, tenho vindo a notar que os oráculos do consenso/namoro/noivado/casamento, com destaque para o PR, tendo visto fracassada a técnica do assédio direto, olho no olho, mão na mão, por causa da putativa noiva afinal mesmo "sonsa, tolinha.." é esquisita, muito esquisita, e então? Nova técnica, a perca à linha no meio restrito da noiva possíveis alcoviteiras, mesmo que para tema sem relevância política. Este comentário não envolve nenhuma crítica ao Sr. Embaixador, antes a verificação da esperteza saloia dos nossos desgovernantes. Bem haja pela sua cultura, dignidade que no que faz. Entre 11 nomeados, uma mulher? Pronto, está bem, mulheres só para ajudantes de cozinha e nem a Maria de Lurdes Modesto.

Anónimo disse...

Cara Isabel Seixas
A 'velha senhora' responde-lhe aqui, no seguimento das versalhices que o nosso caríssimo Autor já se dignou publicar no post "Paris, hoje" de ontem:

isabel ó minha filha
passe o grupo de trabalho
sobre esta gastronomia
o que estranho é a pandilha
de bandalhos do cascalho
que escolheu a companhia
que o nosso amigo partilha

diz que a amiga não perfilha
comer carne em vinha de alho
cá por mim bem a comia
é petisco que aquadrilha
co'alvarinho que não falho
ah mas não eu nunca iria
trabalhar pra'essa matilha

e aqui pra nós é irónico
e bastante inoportuno
ter um grupo gastronómico
num governo tão gatuno
que pôe gente a passar fome
enquanto ele tudo come
com tal corja eu cá não me uno

Francisco Seixas da Costa disse...

O nosso anónimo rimalhador faz uma confusão que eu nunca faço: uma coisa é o interesse do governo, outra é o interesse do Estado. Às vezes, coincidem, como no caso presente.

Portugalredecouvertes disse...



Sr. Embaixador,
Acho muito bem que se aliste nesse barco da divulgação da gastronomia portuguesa

que não se esqueça das caldeiradas, cataplanas, xeréns e açordas algarvias! sobretudo da gastronomia saudável e bio!
temos de lutar contra o provérbio que diz que o peixe morre pela boca

Anónimo disse...

Não deixa de ser um tacho, "au sens propre et figuré". Deste Governo não se deve aceitar nada. A separação entre Estado e Governo ora dá jeito ora não dá. Ainda por cima este Governo apropriou-se do Estado e deu cabo dele de uma maneira infame. Não esperávamos isto de si. Vamos deixar de ler o blog.
a) Willy Brandt, Winston Churchill, João XXIII, Voltaire e JFK.

Anónimo disse...

Quando diz, a maioria que nos desgoverna (não entendo porque põe “des” entre parêntesis), quer dizer a maioria dos políticos?
(outra tipologia de ironia)
antonio pa

patricio branco disse...

bom trabalho, mas a cozinha tradicional portuguesa cada vez se confunde mais com o que se serve em portugal, muitas vezes sem relação com o património nacional.
promover a cozinha portuguesa ou promover a gastronomia servida em portugal em locais comerciais?
bom trabalho, mas não é de preocupar-se demasiado

Anónimo disse...

Gostaria que, em vez de promoverem para fora, promovessem cá dentro a gastronomia que não está ao alcance dos "meninos d'oiro". Quanto aos vinhos, idem, aspas. As capelanias são o que são. A dinheirama é o que é. E os outros ficam a chuchar no dedo, pensando não no que os outros propagandeiam, mas no que eles saboreiam. Somos um país onde meia-dúzia fisico-quimica os comes e bebes e os outros ficam apenas com a informação, quando ficam. Deixe-se disso, sr. embaixador,deixe que "eles" promovam. Descobri três restaurantes no país absolutamente soberbos, mas os nomes não vou indicá-los.Se os indicasse, iam logo para os Guias e...

Anónimo disse...

Quando isto passa pelo Diário da República do Governo), esta tudo perdido. Como é que entra nisto? Onde ficaram o Quitério e outros? Vou pedir que ressuscitem o David Lopes Ramos para dizer o que pensa "disto".Já agora, porque não publicam o currículo dos senhores e senhoras que aparecem em letra de forma do DR? Estou curioso de sabê-lo.Como é que o sr. embaixador se pôs a jeito para isto, encimando as assinaturas de "vozes do dono" como Poiares Maduro e Barreto Xavier? Onde é que isto vai dar assim?

Anónimo disse...

A 'velha senhora' - que não eu, pois sou mero intermediário e nem sei o que é rimar - responde, impertinente, ao nosso caríssimo Autor:

chega a gente a tal estado
que no cúmulo da ironia
julga que é gastronomía
o interesse do estado
e do governo que come
e nos deixa a passar fome

o meu bem está passado?

(não se ofenda amor e tome
um copinho de bom grado
co'a velha que se consome
só de ouvir ou ler seu nome)

Isabel Seixas disse...

Além do tacho ser Silampos,
nada mais compromete o pluralismo, uma alimentação racional
implica diversidade de alimentos
haja quem coma com o gosto do civismo
e daí, nem ao país nem ao mundo vem mal...

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Senhor Embaixador

Considero a sua escolha para esta comissão uma decisão bem tomada.

Além do Senhor Embaixador ter mundo e saber destas coisas da gastronomias, tem "savoir faire" e bom senso que são qualidades importantes num membro desta comissão. Bom trabalho

Anónimo disse...

Pronto a única mulher do grupo é especialista em BEM-ESTAR ANIMAL

Designa Albertina Maria Dias da Costa Teixeira e Vasconcelos para exercer as funções de adjunta no Gabinete do Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Alexandre Nuno Vaz Baptista de Vieira e Brito.

Despacho 3324/2013



Nome: Albertina Maria Dias da Costa Teixeira e Vasconcelos

Data de nascimento: 2 de setembro de 1958

Habilitações académicas: Licenciada em Medicina Veterinária, em 1984, pela Escola Superior de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa

Curso de Formação em Gestão pública- FORGEP;

Pós -Graduação em Bem-Estar Animal pelo Instituto de Psicologia Aplicada;
Estágio profissional de inspeção sanitária no Matadouro Industrial de Lisboa.

1-Atividade profissional

Coordenadora regional do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA) no Instituto Regulador e Orientador dos Mercados Agrícolas;

Coordenadora nacional do Sector dos Ruminantes do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA) na Direção Geral dos Mercados Agrícolas e da Indústria Agro-Alimentar

Chefe de Divisão de Alimentação Animal do Centro Nacional de Controlo Zoosanitário do Instituto de Proteção da Produção Agro-Alimentar;

Chefe de Divisão da Divisão de Bem Estar Animal da Direção Geral de Veterinária

Diretora de Serviços da Direção de Serviços de Proteção Animal da Direção Geral de Alimentação e Veterinária.

2- Outros cargos institucionais
World Organization for Animal Health-OIE- ponto focal para a área da proteção animal desde 2008
European Animal Welfare Education- representante nacional
Membro do Grupo de Aplicação da Convenção CITES desde 2009

Anónimo disse...

tão felizes que nós andamos.......


Alexandre

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Alexandre: um pouco de Voltaren, duas vezes ao dia, e o cotovelo fica como novo.

Anónimo disse...

Não atinjo essa...!

Mas continue com os seus brinquedos!

Alexandre

Francisco Seixas da Costa disse...

Ai percebeu, percebeu! Mas a dor passa, deixe lá!

Anónimo disse...

Sr. dr. Francisco, não ligue a fatuidades. Dê-nos a sua competência.Lá estarei no Valécula.

Silva.

Azinheira disse...

Olá! nas minhas andanças profissionais por diversas vezes tive de falar sobre a gastronomia portuguesa, muitas vezes em inglês. Descobri este luso-americano que tem ideias firmes sobre a falta de promoção que fazemos da nossa gastronomia no exterior. Ele fala pouco português mas adora a nossa comida e faz bastante por ela como poderá ver no blog dele:
http://leitesculinaria.com/the-new-portuguese-table/reviews-and-press.
Se ele vier a Portugal neste ano, até poderão conversar sobre o assunto, creio que terá bom retorno das opiniões do David sobre o assunto.
Um abraço, boa sorte.
Clementina

Anónimo disse...

Acho que uma especialista em bem-estar animal era de facto o que nos faltava. Sem Voltaren, sem dor de cotovelo e sem dor de corno. Assina: médico anónimo que não quer aparecer no Diário da República como perito em coxas de frango ou túbaros. A bem da Nação, um morcão

Anónimo disse...

P/ a rubrica Perguntas dos Leitores, à Dr.ª Albertina, especialista em bem-estar animal:
A minha gata já não cia, o meu gato já não mia. Será que estão no momento de irem preencher um lugar ainda vago e promissor da gastronomia nacional? Como sói dizer-se, de gato por lebre? Com feijão branco ou feijocas?
Já agora, sr.ª doutora, o meu passaroco verde deixou de cantar:
será de ciúmes pela passaroca azul ou pela passaroca vermelha? Pela azul, não será, que anda de asa caída; pela verde, também não, que tem guelra, mas passa o tempo a invocar o ladrão.Como ando deveras preocupado, agradecia que me fosse dada uma resposta convincente. Se me não responder, ainda acabo num psiquiatra do Serviço Nacional de Saúde, pois, sendo funcionário de baixa remuneração, já não tenho verba verba para ir a uma consulta.Pelo sim, pelo não, creio que é bem melhor gastar a verba da consulta na compra de areia e comida para os meus bichanos, que, em tempos de solidão como os de hoje, pelo menos são a minha companhia, desde que a minha Zefa partiu. Habituei-me a gostar ainda mais deles depois de ver as fotos e de ler os poemas do sr. Manuel António Pina sobre o/s seu/s gatos, que o acompanhavam enquanto escrevia. A bem ou a mal da gastronomia nacional!!!

Liberdade

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