domingo, novembro 17, 2024

O Clima e o mundo


Ouvir aqui.

3 comentários:

Nuno Figueiredo disse...

ainda não ouvi - a imagem diz tudo. mas, as próximas gerações?

manuel campos disse...

Não era minha intenção comentar mas, como já aqui contei, eu já estava ligado aos problemas do ambiente quando a palavra “ecologia” ainda não tinha sido inventada, na expressão jocosa de um amigo meu.
E por acaso acabei a carreira profissional ligado às questões do ambiente, tendo dado a minha colaboração pro-bono a alguns jovens amigos que se empenharam em avançar por esse campo, isto acessoriamente ao que andei sempre a fazer como actividades principais na minha vida profissional (pagaram-me os almoços).
Com alguma certeza posso assim afirmar que estou em condições de dizer que “era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto”, parafraseando o título de um romance de Mário de Carvalho.
E não digo “com toda a certeza” porque me deixei de trocar ideias sobre qualquer dos assuntos que, em particular nos últimos anos, se tornaram também pasto dos “especialistas instantâneos” que sabem tudo e não estudaram nada.
Não me ponho a discutir com quem “ouviu e leu umas coisas” tal como não me ponho a discutir com o mecânico da oficina lá porque também eu “ouvi e li umas coisas”, não quer dizer que todos nós não possamos mandar uns bitaites, mas daí a passar a algum menosprezo do oponente vai para muitos um pequeno passo e, verdade seja dita, o oponente manda-nos bugiar ou nós a ele.
Todos somos profundamente ignorantes, ainda que em assuntos diferentes.

Lembro-me bem que quando uma grande cadeia de lojas acabou com os sacos em plástico ter sido informado por uma prestimosa menina da caixa (e alguns cartazes expostos atrás dela) que era uma medida de defesa do ambiente.
Como estava numa loja em que conhecia o gerente, assim que o encontrei num dos dias seguintes não resisti a falar no assunto, tendo ele repetido com ar sério a mesma história que eu já conhecia.
E ainda estou a ver a cara dele quando lhe pedi para olhar bem à sua volta e, face a algum espanto dele, lhe disse que achava muito bem mas só lhe chamava a atenção para o facto de estarmos num espaço em que ele só vendia “plástico”, mais de 1000 m2 de plástico (com alguns metais raros à mistura).
Sigo portanto com atenção “especializada” estes COPs, posso já não ser “grande espingarda” na matéria mas não serei uma “pequena fisga”.
E não vou sequer escrever sobre a análise que faço disto tudo, análise que se tornou mais complexa desde o famoso “Acordo de Paris”, que pouca gente conhece nos seus aspectos técnico-científicos mas de que toda a gente fala empurrada pelos seus aspectos meramente políticos.
E não falo porque nada é a preto e branco, nestas matérias não é de todo, não se convence ninguém já nem no cara-a-cara, está tudo muito polarizado, é doentio e muito perigoso.
Já disse aqui muitas vezes (demasiadas até) que somos 8 mil milhões à face da Terra, daqui a 25 anos (uma geração) seremos em princípio 10 mil milhões.
E toda esta gente tem que comer e dar de comer aos filhos, quer viver em condições mínimas de qualidade, quer ter acesso ao que nos vê a nós, povos apesar de tudo “ricos”, comprar e deitar fora (porque hoje essa informação e essas imagens chegam a toda a parte).

Não há planeta B.
Mas o planeta A não tem partes estanques, há que conciliar o que se pode desde já fazer na Europa e nos EUA com o que se consegue ir fazendo no chamado 3º mundo, não estou a ver isso a acontecer (e seria bom que alguns países que já não estão exactamente “em desenvolvimento” não fossem considerados como tais, em vez de continuarem com alguma “rédea livre”).
Ainda há dias passei aí por um grande Centro Comercial nos arredores de Lisboa, onde costumam estar em exposição carros de uma determinada marca.
E lá estava um, que se anuncia como “sustentável”.
O único pormenor é que o preço é capaz de não ser muito “sustentável”.
Com uns extrazitos mínimos vai aos 300 mil euros.
Por isso as vendas de carros eléctricos são habitualmente anunciadas em percentagem de aumento face ao período anterior, no início dá sempre valores grandes e que podem impressionar, o problema é que a percentagem face ao total de carros em circulação, a este ritmo, não vai andar muito depressa.

Nuno Figueiredo disse...

com o devido respeito, remeto--o para um artigo de opiniáo de José Couto Nogueira - COP29: seria ridícula se não fosse trágica - ou "tavez sejamos mais estúpidos do que estejamos dispostos a admitir"...

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