Portugal vai doar 25 mil euros para a reconstrução de Gaza. Só a presença de Portugal na Conferência de Doadores, onde este anúncio foi feito, quanto terá custado?
Em lugar desta ridícula contribuição, os palestinos teriam apreciado muito mais se o governo português tivesse elevado a sua voz no auge dos bárbaros atos de devastação que Israel provocou naquele território.
Portugal pode não ter dinheiro, mas deve mostrar que tem princípios.
17 comentários:
Sabe seguramente quanto é que estas delocações normalmente custam por isso esta "dádiva" suja duas mãos a que dá e a que recebe.
Estas palavras denotam coragem . Bravo Monsieur l'Ambassadeur !
Grande Post, Francisco!
P.
Portugal tem princípios; mas o governo não tem princípios nem sentido do ridículo.
Concordo em absoluto. Quando vi a notícia fiquei entre o envergonhado (como naquelas situações que não acontecem connosco mas que mesmo assim nos embaraçam...) e o esperançoso que fosse apenas uma gralha.
Lamentável. Gostava de saber quem tomou a decisão.
David Caldeira
Muito bem !
Carlos Andrade - VNGaia
Então e os nossos sois, não se iam zangar?
ébola e kobane, as avestruzes no seu melhor!
Quando li a notícia, tive uma reacção igual à do comentador David Caldeira: senti vergonha.
É pena que os governantes pareçam não saber o que isso é. Nem, aparentemente, tenham a menor noção do que é "sentido de Estado"(incluindo um político experiente como Rui Machete).
Que tristeza!
Um reflexo da nossa política externa actual.
a)Rilvas
Sem sombra de dúvida.
Vale, a vigilância da Sra Ministra das Finanças:
O autarca anterior da Covilhã, CMC, 'facilitou' uma estadia da selecção portuguesa de futebol na cidade, com o 'investimento' de 100 mil euros (Jornal do Fundão)- Mr Carlos PSD Pinto.
A FPF, teve na última época 1,29 milhões de lucro.
O autarca PS de Lisboa, acaba de 'facilitar' 40 mil euros à Fundação Dom Mário.
A bem do Regime,
que isto anda tudo ligado.
Com os 'Ridículos' ao leme do governo,
como estranharmos a cena dos 25.000 euros?
Sr Embaixador Seixas da Costa, sou do tempo que a palavra era uma escritura, que valia pelo dinheiro, Mas agora nem dinheiro, nem valores nem grandes princípios, que vamos perdendo tudo na ilusão que não precisamos de grandes reflecções para verificarmos em que caminho vamos.
Desculpe a pergunta, tem a certeza de que quem está no "Governo" e arredores tem princípios?!
Boa noite.
Os fundamentos políticos para a decisão do MNE português, a que o rapazola Bruno Maçães deu rosto, não deve andar muito longe das vozes + extremistas do governo israelita. Blood, money and tears (muito sangue, pouco dinheiro e ainda + lágrimas) é um bom retrato do que se passa em Gaza se visto a partir do actual Palácio das Necessidades.
Países de todo o mundo aprovaram no domingo, no Cairo, um crédito de 5,4 mil milhões de dólares (4,3 milhões de euros) para ajudar a reconstruir a Faixa de Gaza, depois da guerra de 50 dias entre Israel e o Hamas ter destruído grande parte do enclave entre julho e agosto deste ano. A última batalha do histórico conflito israelo-palestiniano matou cerca de 2200 pessoas e feriu mais de 11 mil. E a ONU estima que mais de 17 mil casas foram destruídas, deixando cerca de 100 mil desalojados.
O ministro dos Transportes israelita, Israel Katz, afirma temer que parte do dinheiro atribuído pela comunidade internacional aos palestinianos acabe nas mãos do Hamas para ser utilizado num rearmamento, ou que o material de construção cedido com as melhores intenções seja usado para construir novos túneis com ligação ao território israelita.
"Os habitantes de Gaza devem decidir entre a recuperação económica ou a guerra e a destruição. Se elegem o caminho do terror, o mundo não deve gastar o seu dinheiro. Se um só míssil for disparado, tudo irá por água abaixo", avisou Katz num encontro de ativistas do seu partido, o Likud, em Negev (sul de Israel), de acordo com o jornal israelita "Jerusalem Post".
"Os dias em que os judeus eram massacrados e não faziam nada acabaram. Se uma 'Barreira de Proteção' [nome da operação militar israelita contra Gaza este verão] não for suficiente, haverá duas ou três até que o terrorismo do Hamas acabe. Prefiro que mil mães palestinianas chorem a que uma mãe judia o faça", confessou Katz, um dos ministros mais próximos do chefe do Governo israelita, Benjamin Netanyahu.
No Expresso online.
Parabéns pela sua desassombrada coragem, Senhor Embaixador. Sempre que se critica Israel, a auto-limitação é consciente e muitas vezes inconsciente, é preciso fazer rodeios e mais rodeios, não vá disparar a memória do Holocausto. Como se isso fosse uma cortina para lá da qual tudo fosse permitido ao Estado judaico.
Aceito o seu ponto de vista, mas não o dou como insofismável. Muito menos a leitura, sufragada pelos comentários anteriores, de que há um bloqueio às opiniões pró-palestinas. Afinal, não é preciso tanta coragem como isso para se ser pró-árabe.
Enviar um comentário