quinta-feira, outubro 09, 2014

Fernando de Sousa (1949 - 2014)

Estou muito chocado pela notícia que acabo de ter: a morte inesperada, em Milão, de Fernando de Sousa. O Fernando era um amigo e um excelente profissional, que me habituei a respeitar e admirar ao longo das décadas em que com ele convivi. Equilibrado, íntegro e conhecedor dos assuntos, era uma referência na comunicação social portuguesa, não apenas na televisão, em que os portugueses se habituaram a vê-lo.

Creio ter-me cruzado com ele, pela primeira vez, em Londres. Depois encontrámo-nos muito por Bruxelas e por todas as capitais onde a aventura europeia nos levou a ambos, durante vários anos. De um rigor jornalístico extremo, não deixava de colocar as questões pertinentes, sempre sem o menor compromisso com os interesses imediatos do poder, mas também sempre com uma grande lealdade face aos interesses essenciais de Portugal, o que, não sendo incompatível, não é necessariamente a mesma coisa.

Convidei-o um dia a ser Conselheiro de Imprensa na Representação permanente de Portugal junto da União Europeia. Não quis aceitar, no que tive imensa pena. Falávamos disso, a última vez, creio, em Paris. Nunca esquecerei uma visita que em 2002 me fez em Viena, com o António Esteves Martins, para me dar um abraço de solidariedade, numa certa ocasião.

Criei e mantenho vários e bons amigos na classe profissional dos jornalistas. Fernando de Sousa era um dos melhores. Entristece-me muito a sua morte.

7 comentários:

Anónimo disse...

Sim, um excelente jornalista sempre.
João Vieira

São disse...

Que notícia chocante !

Também o admirava( tal como a António Esteves Martins, de quem tenho muito boa impressão).

Os meus sentimentos à família e a quem o estimava.

Paz para Fernando de Sousa!

Os meus respeitos.

Vasco Valente disse...

IUm grande jornalista que desaparece de repente e que, desde os meus tempos de Bruxelas me habituei a admirar e a respeitar. Era afável, inteligente, recto, independente, preocupado em conhecer bem um assunto antes de falar ou escrever sobre ele, capaz de ouvir opiniões de vários lados para depois formar a sua, pensava pela sua cabeça - e pensava bem. Tinha opiniões e convicções, mas nunca lhas ouvi expor com agressividade ou com petulância, pelo contrário estava sempre disponível para ouvir a outra parte. E, por isso, o que dizia era escutado com atenção. Curvo-me com respeito e com amizade perante a sua memória.

Anónimo disse...

Subscrevo inteiramente estas palavras sobre o Fernando de Sousa, um dos mais destacados correspondentes portugueses na UE, que aprendi a considerar e admirara como profissional nos meus muitos anos de actividade europeia. Fiquei também chocado e triste a com a inesperada notícia da morte prematura de um amigo que se distinguia pela sua serena afabilidade.
Fernando d'Oliveira Neves

Helena Sacadura Cabral disse...

Julgo que todos aqueles que, de algum modo, acompanham os noticiários e se interessam por questões europeias, terão ficado chocados com a brutalidade da notícia.
Era, de facto, um jornalista impar e um homem de extrema afabilidade.
É uma grande perda.

Anónimo disse...

Uma figura da comunicação.

Tudo de bom já foi aqui escrito.

A marcante presença e a vacatura que provoca a sua ausência são de outra galáxia.

Guilherme.

Anónimo disse...

Era daquelas pessoas de quem gostamos e admiramos mesmo sem conhecer - um SENHOR!

Isabel BP

Hoje lembrei-me do padre Domingos

Das traseiras da igreja de São Martinho de Bornes tem-se esta vista. Estava assim, hoje à tarde. Lá em baixo, ficam as Pedras Salgadas, com ...