quarta-feira, abril 09, 2014

Lei da rolha

Pinto da Costa foi suspenso por criticar a atuação de um árbitro. Sou insuspeito da menor simpatia pelo FCP, mas espanta-me que a sociedade portuguesa conviva sem uma revolta com esta verdadeira ditadura da "justiça" desportiva, que impede que um dirigente, seja ele quem for, possa considerar má ou medíocre, em público, uma arbitragem, ou tenha uma livre opinião sobre aspetos da prestação de um cavalheiro do apito, no pleno uso da liberdade que a lei comum concede a todos nós. É claro que, se na formulação dessas críticas, alguém vier a atingir a honorabilidade da pessoa do árbitro, lá estarão os tribunais comuns para julgar a eventual ofensa. 

Esta "lei da rolha" que vigora nos órgãos futebolísticos - e atinge jogadores, treinadores e dirigentes - é em absoluto contrária à liberdade constitucional de expressão ganha no 25 de abril. E por que será que ninguém fala disto?

7 comentários:

Sérgio de Almeida Correia disse...

Subscrevo, se me permite.

Anónimo disse...

Subscrevo, mas convém referir que é norma importada da pátria da Magna Carta... Repare que ao grande Ferguson aconteceu o mesmo várias vezes... Portanto, nada tem que ver com o 25/4.
Ass: Bitaites

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Bitaites: com as regras dos outros passo eu bem...

Anónimo disse...

Como os Presidentes do Benfica têm sempre um comportamento impecável, estas coisas não acontecem na Luz.
a) Jaime Graça

Anónimo disse...

Como diria Vasco Gonçalves:

"É uma questão de vanguardas!2

Alexandre

Helena Sacadura Cabral disse...

Meu caro Francisco
Tem toda a razão. Mas surpreende-me ainda mais que a Justiça permita esta justiça dos órgãos futebolísticos.

Anónimo disse...

Tem toda a razão! Nesse sentido, deixo a pergunta: e se os árbitros deixarem de poder decidir grandes penalidades sem antes estas serem supervisionadas na TV?
O Futebol tem o que merece! E os árbitos que merece. E os Pinto da Costa, L.F.Vieira, etc que merece. A FIFA e UEFA que emrece. Enquanto não combaterem várias regras e comportamentos, entre outros os do árbitros, nada mudará!
A.Silva

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