sexta-feira, abril 18, 2014

García Márquez

Há quase década e meia, circulou pela internet uma carta atribuída a Gabriel García Márquez, que era como que a despedida da vida de um homem em estado terminal. O texto era muito bem escrito, embora talvez demasiado "piegas" para ser do autor do "Cem anos de solidão", e teve um imenso sucesso no circuito (infernal) dos reencaminhamentos. No que me toca, recebi-o de vários amigos e conhecidos. Já não "podia" com a carta...

Não tardou muito a constatar-se que, afinal, o texto não era de García Márquez, era apenas uma genial invenção de alguém suficientemente dotado para poder ter uma escrita com uma qualidade suficiente para poder ser confundida com a do romancista colombiano. O próprio García Márquez veio a terreiro desmentir a autoria da carta - a qual, nem por isso, deixou de circular, de quando em vez. Só faltou a García Márquez dizer, como Mark Twain, que "as notícias sobre a minba morte são manifestamente exageradas".

Há pouco, vi nas notícias que García Márquez morreu. Alguma vez a história havia de coincidir com o boato.

5 comentários:

Carlos de Jesus disse...

Coincidências são coincidências. Até os relógios avariados dão a hora certa duas vezes ao dia...

Defreitas disse...

« Si pour un instant Dieu oubliait que je suis une marionnette en chiffon, et qu’il m’offre un morceau de vie, je profiterais de ce temps le plus possible.

Je suppose que je ne dirais pas tout ce que je pense, mais en définitive, je penserais tout ce que je dis.
Je donnerais une valeur aux choses, pas pour ce qu’elles valent, mais pour ce qu’elles signifient.
Je dormirais peu, je rêverais plus.
Je crois que chaque minute passée les yeux fermés représente soixante secondes en moins de lumière.
Je marcherais quand les autres s’arrêtent, je me réveillerais quand les autres dorment.

Si Dieu m’offrait un morceau de vie, je m’habillerais simplement, me déshabillerais sous le soleil, en laissant nu non seulement mon corps, mais aussi mon âme.

Je prouverais aux hommes combien ils se trompent en pensant qu’on ne tombe plus amoureux en vieillissant, et qu’ils ne savent pas qu’on vieillit lorsqu’on cesse de tomber amoureux.
Je donnerais des ailes à un enfant, mais je le laisserais apprendre à voler seul.
J’enseignerais aux vieux que la mort ne vient pas avec l’âge, mais avec l’oubli.

J’ai appris tant de choses de vous, vous les hommes..
J’ai appris que tout le monde veut vivre au sommet de la montagne, sans savoir que le véritable bonheur réside dans la manière de l’escalader.
J’ai appris que quand un nouveau né serre fort de son petit poing, pour la première fois, la main de son père, il le retient pour toujours.
J’ai appris qu’un homme n’a le droit d’en regarder un autre de haut que pour l’aider à se lever.
J’ai appris tant de choses de vous, malheureusement, elles ne me serviront plus à grand-chose, car lorsqu’on me rangera dans ce coffre, je serai malheureusement mort.

Dis toujours ce que tu sens, et fais ce que tu penses.

Si je savais que je te vois dormir aujourd’hui pour la dernière fois, je t’embrasserais très fort et je prierais le Seigneur pour pouvoir être le gardien de ton âme.
Si je savais que ce sont les dernières minutes où je te vois, je te dirais : « je t’aime », sans présumer bêtement que tu le sais déjà.

Il y a toujours un lendemain et la vie nous donne une autre occasion de faire bien des choses, mais si jamais je me trompe et que je n’ai plus que ce jour, j’aimerais te dire combien je t’aime et que je ne t’oublierai jamais.
Le lendemain n’est garanti à personne, qu’il soit jeune ou vieux.
Aujourd’hui peut être le dernier jour où tu vois ceux que tu aimes.

N’attends pas, fais-le aujourd’hui, car si demain ne vient pas, tu regretteras sûrement de n’avoir pas pris le temps d’un sourire, d’une caresse, d’un baiser, car tu étais trop occupé pour pouvoir faire plaisir.

Garde près de toi ceux que tu aimes, dis-leur à l’oreille combien tu as besoin d’eux, aime-les et traite-les bien, prends le temps de leur dire « je regrette », « pardonne-moi », « s’il te plaît », et tous les mots d’amour que tu connais.

Personne ne se souviendra de toi pour tes pensées secrètes. Demande au Seigneur la force etla sagesse de les exprimer. Montre à tes amis et aux êtres chers combien ils sont importants pour toi.

Gabriel Garcia Marquez

Brumes

patricio branco disse...

um homem silencioso e invisivel publicamente nos ultimos anos, por doença, quase pensávamos que já não existiria, um maravilhoso escritor, o general no seu labirinto e a cronica da morte anunciada leem se sempre, simples mas enormes, em portugal cardoso pires escrevia assim, foi se, deixa nos a obra e a recordação da sua imagem, mau gosto essa crónica ou carta apócrifa, etc etc

Mônica disse...

Francisco não vi a noticia da morte deste escritor que tanto admiro estou triste com carinho Mônica

Isabel Seixas disse...

Um escritor no mínimo... Fascinante



"se deixou levar por sua convicção de que os seres humanos não nascem para sempre no dia em que as mães os dão à luz, e sim que a vida os obriga outra vez e muitas vezes a se parirem a si mesmos."

In: O amor nos tempos do cólera
Gabriel García Marquez

"Pode-se estar apaixonado por várias pessoas ao mesmo tempo, por todas com a mesma dor, sem trair nenhuma.

Solitário entre a multidão do cais, dissera a si mesmo com um toque de raiva: o coração tem mais quartos que uma pensão de putas."

"Mas era ainda jovem demais para saber que a memória do coração elimina as más lembranças e enaltece as boas e que graças a esse artificio conseguimos suportar o passado."

(O amor nos tempos do cólera)
Gabriel García Marquez

Tomei consciência de que a força invencível que impulsionou o mundo não são os amores felizes mas os contrariados.
(Trecho do livro Memórias de Minhas Putas Tristes)


"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.

Liberdade

Já faltou menos para surgir por aí alguém a propor a Ordem da Liberdade para os fundadores do ELP e do MDLP. E também já faltou menos para l...