Não sem algum orgulho, descobri há pouco isto no blogue Froles Mirandesas:
Yá ye tiempo de ampeçarmos a celebrar nós tamien (depuis de Válter Deusdado que tubo l'einiciatiba) l 25 de abril… que deberie de ser «ua fiesta» cumo screbiu hai dies, nun de ls sous artigos, Francisco Seixas da Costa, ex-ambaixador de Pertual an França.
Em tempo: e o blogue mirandês reagiu
Em tempo: e o blogue mirandês reagiu
8 comentários:
Parabéns Sr. Embaixador.
Bem precisávamos dos pauliteiros na assembleia para inibir tiradas infelizes...
Parabéns!
Acho importante , claro que sim, preservar o mirandês, mas seria mesmo necessário torná-lo língua oficial e estar a traduzir "Os Lusíadas", entre outras obras?
Portugal, felizmente, nem tem os problemas de Espanha nesse campo, por exemplo...
Bom domingo
É claro que não havia necessidade, São. Isso foi mais uma daquelas fantochadas "esquerdistas", a bem do multiculturalismo e de se ser mais papista do que o papa. E dê-se por feliz enquanto as criancinhas não tiverem de aprender Mirandês na escola...
Entretanto, ninguém parece querer aplicar aquela "diretiva" que proibia a discriminação de sotaques na televisão. Toda a gente continua a falar com sotaque mais ou menos de Lisboa...
Delicioso, meu amigo!
CATINGA, obrigada por me deixar mais tranquila: pensei que estava sózinha na minha perplexidade!
Se obrigarem as criancinhas a aprender mirandês , então será o disparate completo...estou mesmo a ver a importância disso no Curriculum Vitae para obtenção de trabalho, rrss
Desconhecia essa "diretiva" sobre os sotaques.
Boa semana
a língua é a unidade de um povo.
onde há diversidade, sobram discórdia.
a língua é a unidade de um povo.
onde há diversidade, sobram discórdia.
Buonas tardes, Senhor Ambaixador,
Foi, devo dizer, uma grande surpresa para mim descobrir que o senhor se tinha dado conta afinal que eu tinha citado o seu nome no pequeno artigo que escrevi há dias nesse site em mirandês chamado Froles Mirandesas. Aproveito por isso para lhe dar os meus parabéns por este seu site que tenho muito gosto em acompanhar em função do tempo que tenho disponível.
Contudo, ao ler os comentários que deixaram aqui outros dos seus leitores, tive a impressão de ler críticas em relação ao mirandês. Críticas que gostaria de poder corrigir.
E antes de mais nada queria dizer :
Posso continuar a escrever, como estou a fazer agora na « língua de Camões », mas acontece que tenho também a sorte de poder continuar se quisesse (como faço há uns anos no site Froles Mirandesas) a exprimir-me em mirandês, isto é: a única língua quase que falaram durante a vida deles por exemplo todos os meus avós e que ainha hoje falam muitos dos meus amigos e familiares de Sendim e aldeias vizinhas do concelho de Miranda do Douro e outros concelhos limítrofes; língua que eu também afinal não quero deixar perder porque faz parte do património comum com o qual nascemos, nós que somos uns quantos milhares (parecendo que não!) de pessoas, muitos a viver no entanto por todo esse Portugal fora ou em muitos países do mundo também, a começar talvez pela França onde eu vivo, vai fazer quase 50 anos...
Mas mesmo longe, porque haveríamos de esquecer ou considerar como pouca coisa, coisa feia ou sem importância aquilo que no fundo ainda faz parte de nós, e mais do que alguns pensam? Não bastou que durante anos e anos (até séculos !) o mirandês que nós ainda queremos manter vivo tivesse sido denegrido, ridiculizado até por alguns, como por vezes aconteceu, por alguns ou até muitos que consideravam (e ainda consideram ?) o português como língua superior ?
A tradução dos Lusíadas para mirandês pelo meu conterráneo, o Dr Amadeu Ferreira, foi na realidade também um bom pretexto, há dois anos, no início de Agosto, em Sendim, para juntar uma boa centena de pessoas que fizeram uma leitura pública e integral dessa obra... mas em mirandês ! E tudo foi gravado !
Não se pode então chamar a isso simplesmente « cultura » e certamente até « boa cultura » ?! Aliás quando é que tal iniciativa já se realizou em relação a essa obra, também em português ? Nesse aspecto, acho que os Mirandeses até deram a prova que podiam levar o mirandês – e finalmente a literatura também - muito longe, até níveis talvez mesmo nunca atingidos e isso também dum ponto de vista coletivo...
Quanto ao ensino do mirandês, aquilo que sei é que não é obrigatório nas escolas mas opcional. Escolhe quem quiser ou quem está motivado. E é importante que assim seja. Mas que haja pessoas convencidas do interesse de preservar essa língua, que ninguém tenha dúvidas! Não é por acaso então se por Lei, o mirandês tem hoje o estatuto de « 2a língua oficial de Portugal » e isso desde há mais de 10 anos ! O que também conta muito !
Biba por cunseguinte l Mirandés i todos ls leitores deste site. Buona cuntinaçon i mais ua beç muitos parabienes para bós tamien, Senhor Ambaixador (antre outros países : de Pertual an França, l que para mi tamien cunta muito !)
Ana Maria Fernandes
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