No "lounge" da Lufthansa onde me encontro, no aeroporto de Munique, estamos, à vontade, mais de meia centena de pessoas. Não se ouve uma mosca, ou melhor, poder-se-ia ouvir alguma, se acaso as houvesse por aqui. O ruído das rodas das malas, toques de talheres ou de loiça, passos no soalho de madeira e o folhear de jornais é quase tudo o que surge como fundo. Estou aqui há quase uma hora e, acreditem!, nem um único telemóvel tocou alto. A esmagadora maioria dos olhos não encara os outros, concentra-se nos laptop, nos tablet ou no visor dos smartphones. Quem fala, fala baixo, como se estivesse numa biblioteca, condicionando os outros a proceder de forma idêntica. Até duas crianças se silenciam em frente de dois iPads. Há minutos, uma japonesa deu uma leve gargalhada e logo suscitou teutónicos sobrolhos. Não sei se gosto disto, mas imagino que quem gosta dificilmente deve aceitar o que nós somos.
17 comentários:
Nada como enviar para aí um grupo de bombos em exibição tipo os rapazes de Amarante:
https://www.youtube.com/watch?v=dKoe26zSnf0
o mesmo silencio e contenção nos autocarros e metro, a maioria com os olhos postos num livro ou no jornal,lê se muito por lá, quem fala com a companhia fala baixinho e breve.
ao contrario, em ferias, nos paises do sul, espanha, grecia, são ruidosos, riem, bebem bem, como se exteriorizassem o que no país mantêm fechado.
Oh, credo saia mas é daí ainda perde de vez a vivacidade.
Eu gosto do silencio e contenção nos locais públicos. O "meu" barulho não pode incomodar o outro. É uma questão de respeito.
Também pratico. CL
as europas....
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3791062
a ver
cumprimentos
...é tão cinzenta a Alemanha...quero ir para casa embarcar num golpe de asa...
Boa viagem Sr. Embaixador
veja la os sobrolhos teutonicos do jurgen klopp
http://www.marca.com/2014/04/01/futbol/champions_league/1396373009.html
e depois pode falar em silencios a vontade...
culturas sao como sao, ha e que ser tolerante ser de uma maneira, nao significa nao aceitar a maneira de ser de os outros
ai tem trabalho, aqui sem teutonicos sobrolhos, é o gasta gasta que o povo logo paga... é a incompetencia e o compadrio, quase nunca julgados, quase nunca culpados, e depois estamos todos felizes e contentes e os alemaes é que sao os maus da fita
pois...
Trata-se dum "loundge" internacional! Até talvez não sejam todos alemães! Patrício Branco tem razão : Educados em casa, mas quanto malcriados fora de casa...em férias! Não se pode descansar onde há um grupo de alemães. Tudo lhes pertence, impõem a sua lei...como de costume! Respeito as qualidades de trabalho do povo alemão. O gosto da ordem e da disciplina. Mas considero que vale melhor mantê-los à distância e impor-lhes o respeito. A eficácia do povo alemão é temível!
A mais ou menos 30 km desse aeroporto encontra-se a prova que sabem silenciar a humanidade.
Contaram-me uma vez uma história curiosa. Uma portuguesa na Suiça, investigadora ou doutouranda numa universidade local, não me lembro, ficava tão irritada com a obsessão dos suiços com a limpeza, que andava com papelinhos de rebuçado na bolsa para atirar subreptciamente para o chão, incluindo em salões de casas para os quais era convidada, em jantares ou festas.
Isto é uma história sem moral nenhuma. Não me atrevo aqui a dizer o que penso verdadeiramente disto ;)
Quatro argolas sobrepostas...
Em latim significa ouvir ou escutar.
Mensagem do PM aos portugueses?
Recordo a expressão da minha Mãe quando, depois de ter ido à Alemanha, lhe perguntei: Então gostou? Sim, mas é tudo tão limpo!
Mas nem tudo é assim sisudo para o setentrião. É bem agradável o elevado nível sonoro das conversas em bares e restaurantes com gargalhadas francas, muito frequentes, sem a algazarra ininteligível a que se assiste por cá.
antonio pa
Á sua atenção:
"Quando um governo gasta perdulariamente e se endivida até à bancarrota, os socialistas dizem estar perante uma «política de crescimento» e «para as pessoas». Quando um país tem que ser resgatado e viver austeramente para pagar as dívidas, os socialistas dizem que o país empobrece. Quando um défice é menor do que o previsto, ou seja, quando o prejuízo é menor do que se julgava, os socialistas vislumbram aí «uma folga». Quando o PIB cresce sem ser por obra do Estado, e o défice é reduzido, e as exportações crescem, e há um superavit comercial pela primeira vez em décadas, e os juros da dívida baixam dos 4%, e o emprego cresce, e o desemprego diminui, os socialistas desesperam.
Alberto Martins veio, ontem, explicar melhor o que tivesse ficado por explicar por Francisco Assis, candidato ao Parlamento Europeu, ou João Cravinho, promotor do endividamento via SCUTs e cabeça de lista do manifesto pró-calote: com auxílio estrangeiro e 3 anos de sacrifício os Portugueses salvaram-se da bancarrota socialista e conseguiram crédito e dinheiro bastantes. As ávidas elites socialistas acham que está na altura de, mais uma vez, elas gastarem tudo, «folgas», crédito, reservas e dinheiro (sempre para nosso bem, é claro).", do Blog "Corta-Fitas", J.Cruz
Alexandre
Pois somos assim! mas talvez seja por isso que, quando "eles" não estão a trabalhar, gostam de vir até cá e dizem muito bem de nós... eh eh eh eh
Dos povos que conheço - e são alguns, porque nos 10 anos que trabalhei na Aeronáutica Civil viajei muito - os chineses são os que mais barulho fazem.
Devo confessar que quando vou a um restaurante gosto de sossego e que o barulho excessivo me incomoda porque me não deixa apreciar a companhia.
Por feitio sou organizada e disciplinada, pelo que pareço, neste campo, mais germânica que sulista.
Porém, mais barulhentos que nós são os espanhóis!
Pobres alemães sofrem no Brasil.
ainda a propósito do tema, até os cães são silenciosos e obedientes por lá, conheci uma senhora alemã dona dum cão e o seu jovem cãozinho foi à escola de cães todos os sábados das 9 às 13 durante 2 anos
presumo que tinha 1 mês de férias no verão mas não perguntei...
No lounge da TAP do Aeroporto de Lisboa o ambiente é idêntico.
O mesmo se passa nos lounges de outras companhias aéreas desde Frankfurt, Pequim, Bali ou Tóquio
Na verdade a questão não tem a ver com a nacionalidade dos frequentadores ou do país em que estamos mas sim da educação das pessoas que o frequentam o que, normalmente, coincide com níveis educacionais elevados e/ou quem tem dinheiro ou estatuto para viajar em executivo ou ter milhas suficientes para ter acesso ao serviço.
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