quarta-feira, fevereiro 19, 2014

As vítimas da Ialta

Ialta é uma cidade ucraniana. Em 1945, no belo palácio Livadia, os destinos do mundo que iria resultar do segundo grande conflito mundial ficaram traçados. É uma triste ironia pensar hoje, olhando para os acontecimentos de Kiev, que a Ucrânia emprestou um dia o seu território para um "arranjo" geopolítico que é hoje parte da sua tragédia nacional.

6 comentários:

Anónimo disse...

Relativamente à Crimeia não nos devemos esquecer que a maioria da população é de origem russa e a língua russa é de longe a mais falada. A Esquadra do Mar Negro tem o seu Quartel-General em Sebastopol. A Crimeia passou a integrar a Ucrânia na sequência de uma decisão de Nikita Kroutchov (natural da Ucrânia), pois até ali não intregrava aquela ex-república soviética.
Um dos primeiros actos do actual Presidente da Ucrânia foi aliás prorrogar a extensão da utilização da base naval à Rússia, contrariando os desejos de uma parte significativa da população ucraniana.

LBA

São disse...

Este seu texto , trouxe-me à memória "A Grande Guerra pela Civilização", do jornalista Robert Fisk(vive no Líbano há décadas) e que é um dos livros da minha vida e que , penso, marcará qualquer pessoa que o lei.

Ali se aprende e / ou recorda muita coisa , embora seja duríssimo mos relatos e não se consiga ler de rajada.

Bom dia

ZEUS8441 disse...

E que dizer do "HOLODOMOR",isto é,as fomes programadas de 32/33,por Estaline,em que morreram 7 milhões de ucranianos,dos quais 1/3 eram crianças??

Efectivamente os comunistas não comem criancinhas ao pequeno almoço.

É mais fácil matá-las à fome !!

É bem certo que, se os ucranianos soubessem do estado da UE, não se deixavam matar na praça de Kiev.

O gaz russo faz falta para o aquecimento dos ucranianos.

Com estas premissas,qual é a conclusão??

Referendo:

O que preferem?

Continuidade da ligação à Rússia ou a novidade da UE???

Carlos Fonseca disse...

Parabéns sr. embaixador!

O seu blogue acaba de ser enriquecido com um comentador de alto gabarito, que se iniciou aqui há dois ou três dias, de seu nome Isaías Afonso, mas que também usa - como aconteceu neste post - o pseudónimo "ZEU8441".

Não tinha notícias dele desde o tempo em que fazia parte de uma notável equipa que comentava no EXPRESSO, e que entretanto desapareceu, talvez por cansaço.

Nessa altura era também candidato crónico nas listas do CDS pelo círculo da Europa. Injustamente incompreendido, inconseguiu (gosto desta. Obrigado dra. Assunção!) sempre ser eleito-

Como vão constatar, se ele continuar a dar-nos o benefício dos seus comentários com o elevado nível que podemos ler no deste post, o nosso conhecimento vai ficar consideravelmente enriquecido.

Pelo que me toca seja bem-vindo, caro Isaías. Espero que aqueles maçadores que no EXPRESSO estavam sempre a argumentar, contrariando as suas brilhantes teses (como a de hoje), não apareçam por aqui.

Vale de Soure (nesses tempos do Expresso)

Helena Oneto disse...

Adorei o comentario de Carlos Fonseca!

Anónimo disse...

Olhe que não senhor embaixador... qualquer russo que interpele na rua lhe dirá que a Crimeia é russa; afinal foram eles que a conquistaram aos turcos!

Só por que um ditador comunista fez uns "arranjos" não significa que a memória tenha sido apagada!

PS - Curiosamente alguns anos atrás perguntei a um amigo russo o que pensava sobre a Ucrânia aderir à NATO. Respondeu-me com a maior das naturalidades: "Não tem importância nenhuma porque assim a Crimeia volta à Rússia"

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...