Graças a Sílvio Berlusconi, a Itália parece ter regressado a um novo ciclo de turbulência. Hoje, num almoço a que assisti, veio à baila esta figura polémica da política europeia. Dois dos convivas, ambos portugueses, contaram um episódio curioso a que haviam assistido.
Um conhecido político português foi, um dia, visitar Berlusconi, que então era primeiro ministro. O encontro decorreu de forma agradável, no ambiente de descontração que o líder italiano tradicionalmente proporcionava aos seus visitantes.
O nosso político, a certo ponto da conversa, fez uma apresentação muito completa e informada sobre a situação europeia e mundial, com grande rigor e brilho expositivo. Berlusconi mostrou-se visivelmente interessado no que ouvia, que seguiu com atenção até ao fim. Nesse instante, não se conteve e disse:
- Tenho pena que o senhor não seja italiano!
Por segundos, o escasso auditório ficou perplexo. Com um sorriso aberto, Berlusconi esclareceu:
- Se o senhor fosse um político italiano, eu e a minha família votaríamos em si, com toda a certeza.
O nosso político terá considerado isso um elogio?
8 comentários:
Oh sim, nem mais, um Narcisista de primeira apanha, com sorte achou que o comentário renovaria as atenções sobre Si próprio...Pese embora a simpatia circunstancial.
A pergunta é bem pertinente...
Uma vez mais [pode mandar-me para qualquer sítio; pior do Portugal com este (des)Governo é difícil...) tenho de confessar que falei com o Berlusconi. A vida de jornalista tem destas coisas...
O homem é (era) bem disposto e quando soube que eu era do Diário de Notícias disse: Ma allora sei brasiliano? Tive de explicar-lhe que era Português.
Ma si parla italiano...
Puxei de todo o meu italianês e disse-lhe que nós éramos militantes do poliglotismo. Não me pareceu muito convencido, mas deu-me uma pequena entrevista...
Se tivesse sido o Mário Zambujal à altura meu chefe, comentaria que o gajo era um bom filh..., ops, malandro.
Seja quem for, de direita ou de esquerda, esse político, no íntimo, considerou um elogio!
Io non sono un santo. Chi è?
E eu desconfio, ainda mais, dos políticos sérios! Será que ele é mais criticado por ser um “pandego” de direita? Até tem muito humor o que confirma boa inteligência! Quanto às trafulhices… é melhor não começar com comparações…
António pa
Parabens pelos habituais ºopíparosº como este, com os habituai resultados!
Abraço,
Gilberto
Caro P: não publiquei o comentário porque, na realidade, quem contou a história foram dois portugueses integrantes da delegação. Forte abraço.
Eu acho que sei quem é,porque já lhe ouvi contar o episódio na televisão.
E, certamente, considerou um elogio, sim, rrrss
Os meus cumprimentos.
Há muitos anos que comecei uma reflexão para compreender como era possivel a Berlusconi ter uma tão longa vida politica.
Bem sei que haverá muita coisa que nunca chegarei a compreender. Mas esta, da sua longividade politica, numa época como a nossa, é por demais incompreensivel!
Já nem sei se esta será a sua última peripécie. O homem levanta-se sempre!
José Barros
é evidente que estava a ser irónico...
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