sábado, outubro 12, 2013

A ponte a pé

A questão da escolha da ponte em que terá lugar a manifestação da CGTP tem vindo a ser abordada numa perspetiva de segurança. O governo entende que seria mais prudente fazê-la na Vasco da Gama, enquanto que os sindicalistas pretendem a 25 de Abril. 

Ora, ora... O que a CGTP quer é uma ponte que possa encher para a fotografia, o que será fácil com a mobilização da rapaziada da "outra banda". O que o governo quer é enviá-los para tão longe quanto possível, para um espaço onde ficasse visível a incapacidade sindical de o preencher. No meio disto, discute-se segurança...

Assumir a verdade, em política, é muito complicado, não é?

10 comentários:

Anónimo disse...

A rapaziada do governo é que devia ser corrida para outras bandas com a ponta do pé...

Guilherme.

Defreitas disse...

Temos de admitir, que a verdade está tão obscurecida nos nossos tempos e a mentira tão fortemente estabelecida que é preciso amar realmente a verdade para a poder reconhecer.
Basta ler os discursos de uns e de outros para o notar ; mas mais de uns que de outros! Tudo depende das causas que se defende.

Julia Macias-Valet disse...

Meter o Rossio na rua da Betesga ?
ou
Meter a rua da Betesga no Rossio ?

É tudo uma questão de Álgebra : Grandeza, Razão e Proporção.

Mas o maior problema matemático nisto tudo talvez seja a segurança !

Anónimo disse...

A ponte 25 de Abril tem outro significado, até porque a Vasco da Gama não existia no tempo da outra senhora... O governo está preocupado porque a manifestação fica visível a olho nú para os outros portugueses e os turistas que vão estar a pasasear na zona de Belém, Docas de Alcântara e Terreiro do Paço.

O Governo quer lá saber da segurança dos manifestantes, se nem se preocupa com as condições mínimas dos mais necessitados - a "passagem para a outra margem" é que os irrita e logo para a margem da esquerda...

Isabel BP

P.S. É pena não serem conhecidas as estatísticas do nº de portugueses que se suicidam da dita ponte por desespero.

Julia Macias-Valet disse...

Gostei do comentário da Isabel BP.

Um beijinho para si Isabel e para a sua mãe.

Anónimo disse...

Júlia,

Obrigada! Um beijinho também para si e para a sua mãe :)

Isabel BP

Anónimo disse...

Parece que o que não agrada nada ao governo atual, mas mesmo nada, são as manifestações. Todas as manifestações. Que elas sejam na ponte 25 de Abril, na praça da Figueira ou à porta de S. Bento... o governo não gosta mesmo nada que as pessoas manifestem. E até leva aquilo como um insulto e atira à cara dos manifestantes, com aquele gozo altaneiro, que são uns parvalhões e uns mal educados porque o governo foi eleito democráticamente para aplicar aquilo que tão genuinamente prometeu ao eleitorado e não aceita que a rua venha mudar o curso à sua politica!
Vou deixar aqui uma confidencia: Eu também não gosto muito, ou mesmo nada, destas tão frequentes manifestações! Tão frequentes, digo.
Considero que as manifestações têm uma utilidade, num país de verdadeira democracia, para obrigarem o executivo a refletir sobre as reivindicações que as negociações não conseguiram resolver. Mas quando assim não acontece, e é isso que se passa de uma forma tão recorrente em Portugal, as manifestações perdem o seu sentido original e será preciso encontrar outras formas de protesto.
José Barros

Anónimo disse...


José Barros

Outras formas de protesto?

Quais?

Anónimo disse...

Obrigado,

Não me tinha ocorrido tal explicação, que agora me parece evidente.

N371111

Anónimo disse...

Na história é evidente que ninguem prescinde dos seus lautos apanágios sem ser pela violência pura e dura.

Eis a resposta.

Guilherme.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...