quinta-feira, setembro 20, 2012

Jaurès

Como me dizia à saída um amigo francês, ontem assistimos, sem a menor dúvida, a uma "première". Na embaixada americana em Paris, o embaixador e meu colega fez, numa intervenção, a citação de uma frase de Jean Jaurès. 

Posso estar enganado, mas creio que só uma administração Obama nos dá oportunidade de ouvir as palavras do "pai" do socialismo francês pela voz pública de um diplomata americano.

Naquele instante, devo dizer, tive um pensamento piedoso para o "Tea Party". 

12 comentários:

Helena Oneto disse...

Pois é, meu caro Embaixador, ainda assim ha quem so lhe ponha defeitos, deste e do outro lado do Atlântico.

patricio branco disse...

diplomata bem preparado e que cuida o que vai dizer. se estivesse em roma possivelmente citaria de gasperi ou o historico que ideologicamente estivesse mais perto do poder no momento

Helena Sacadura Cabral disse...

Ai o seu humor... tão branco!
O Senhor Embaixador consegue fazer-me rir com a sibilina subtileza das suas palavras.
Só mesmo o Senhor para, nas circunstâncias descritas se lembrar do "tea party". Olhe, eu lembrei-me das "tias de Cascais", as que elegeram Judas para a Câmara da terra!

Anónimo disse...

Bem haja!

Anónimo disse...

Desconfio que as "tias" de Cascais não fazem/ faziam a maioria do eleitorado...
xg

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro XG
Do eleitorado não. Mas do eleitorado de Cascais votante, já não sei. E repare que digo "votante" e me refiro à época.
Ainda gostava de perceber como é que existem, no mundo actual, "teas party"... Vou morrer sem perceber, está visto!

Isabel Seixas disse...

De facto mais inócuo e menos óbvio seria citar, caindo sempre bem (quase sempre,talvez um poeta e talvez Francis Ponge,

"La boue et l’homme" ...

Ana disse...

Só nos vimos uma vez, Sr Embaixador, em Toulouse, uma das grandes capitais do Sudoeste da França, na altura do festival Rio Loco consagrado este ano à lusofonia que teve um grande sucesso como já deve saber.

Jaurès é um dos “filhos da terra” entre os mais importantes e inda hoje muito respeitado aqui nesta zona do Sul da França na medida em que ele era natural do departamento do Tarn onde eu por acaso resido e ensino também como professora do ensino secundário.

Isto também para lhe dizer que Jaurès chegou a ir a Portugal, em 1910 se não me engano, como correspondente da Dépêche du Midi que inda hoje existe e onde ele explicou, entre outras cousas interessantes, que o conhecimento que ele tinha do occitano afinal (e não apenas do francês) como também do latim tinha-o ajudado a compreender mais rapidamente também (em poucos dias) uma língua como o português.



Mais uma coisa, Sr Embaixador:

Não há nenhuma razão válida sobretudo nos tempos de austeridade de hoje para que seja substituída D. Noélia Pacheco, a vice-cônsul que tínhamos até agora em Toulouse que sempre se mostrou atenta e eficaz para representar dignamente o nosso País e defender os interesses da nossa comunidade.

E como sou também trasmontana e mirandesa: “Bien háiades, Senhor Ambaixador pula buossa ajuda i tamien pula buossa cumpreenson”!

Ana Maria Fernandes,
membro do Conselho Consultivo para o Vice-Consulado de Portugal em Toulouse

Anónimo disse...

Realmente esta história da Vice-Cônsul em Toulouse parece estar muito mal contada

Ana disse...

Muito mal contada porquê "esta história da Vice-Cônsul em Toulouse", sr ou sra anónimo(a) das 09:54 ??!!

Explique !

Anónimo disse...

Srª Ana,
Creio que não terá compreendido o sentido da minha frase que, reconheço poder ter duas interpretações. Quando disse mal contada estava-me a referir a quem entendeu fazer a sua substituição. Esta VC é a pessoa certa no lugar certo.
Bien háiades.

Ana disse...

Nesse caso, Sr(a) anónimo(a),

yá que tamien parece querer falar mirandés, podemos cuntinar mas sien ambiguidades i relhembrar anton porque esso tamien merece la pena l que fui dito l outro die na Assemblé de la República: que ye un scándalo outéntico ls 9000 euros mensales que l goberno aceita dar i ne l cuntesto atual a la tal pessona que l goberno quier poner ne l lhugar de Noélia Pacheco que mos staba antretanto a dar a todos anteira satisfaçon i que nun ganhaba assi tanto; i l que ye un scándalo tamien ye un dar-se cuonta que fazírun cumo se nós ls membros de l Cunseilho Cunsultibo nun eisistíssemos. Algua beç alguien mos pediu l nuosso parecer cumo podien i debien até de haber feito? Nunca ! Ye assi anton que las cousas dében de ser feitas nua berdadeira Democracie ?!! Nunca na bida !!
Nun hai dúbeda que este assunto dá muito que pensar i you só spero que rapidamente l goberno antenda que cometiu un erro i torne pura i simpresmente a nomear outra beç la Bice-Cônsul Noélia Pacheco.

Stá dito Sr(a) anónimo(a)!Anton buonas nuites !

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