domingo, setembro 09, 2012

Férias

Em 1971, quando entrei para a função pública, não existia subsídio de férias. Ele seria instituído no ano seguinte, em 1972.

O ano de 2012, o último em que usufruo de férias enquanto ao serviço ativo do Estado, deixei de ter direito a subsídio de férias.

Precisamente quatro décadas depois, o ciclo fecha-se. Não tem graça nenhuma, mas não deixa de ser curioso.

(Na imagem: as primeiras férias dos trabalhadores franceses, em 1936, decididas pelo "Front Populaire")

21 comentários:

Helena Sacadura Cabral disse...

Ai Senhor Embaixador, andamos todos a fechar ciclos.
Esperemos que outros se abram porque senão isto torna-se numa "xaropada" muito amarga.
Desculpe a liberdade literária no blogue de um Embaixador, mas desde ontem só me saem expressões destas...

Manuel Leonardo disse...

Excia

Daqui a poucos meses voltara a ser novamente o Francisco Seixas da Costa . Fim de ciclo que finalmente chega .
So lhe peco que continue com o seu amavel e inesquecivel blogue ,è só por Ex Embaixador . Eternas Felicidades
Respeitosamente sou o
Manuel Joaquim Leonardo
Peniche Vancouver Canada

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Manuel Leonardo: muito obrigado pelas suas palavras. Não prometo nada, por ora. Logo veremos.

Anónimo disse...

Cá para mim, este embaixador nunca deixou de ser o Francisco Seixas da Costa e cá para mim ele continuará sempre a ser o meu embaixador.

a) Feliciano da Mata, empresário, Golungo Alto

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Feliciano da Mata: então pelo Golungo Alto? E eu que pensava que o meu amigo se tinha estabelecido em Mavinga, num negócio de parabólicas em que tinha como sócio um antigo sinaleiro que, na Jamba, indicou o caminho da verdade a muitos lisboetas conhecidos.

Anónimo disse...

Senhor Embaixador, que bom ter lembrado aquela data. As colegas da minha mãe (funcionária dos CTT) organizaram um pic-nic para festejar, no Pico Alto, Ribeira das Cales, na ilha da Madeira, de que me lembro bem e do qual ficaram lindas fotografias. As serras na época tinham sido sujeitas a uma reflorestação com muitas araucárias que os japoneses tinham acabado de introduzir na parte sul da ilha. Lindo verde... que mirava aquele Atlântico! Que secura a de hoje! Oxalá o país conte com o Senhor Embaixador para um ciclo que traga chuva e arroz, como símbolos de mais fartura. Para chegar à idade do Professor Adriano Moreira ou do cineasta Manuel de Oliveira ainda lhe falta uns bons anitos. Fiz um grande esforço para me desviar do âmago da questão...

Anónimo disse...

Os ciclos fechados não me movem ...

Neste novo espero que haja quem nunca esqueça o que se perdeu...

E mesmo que não podendo voltar atrás, porque o tempo já passou, é bom que não olvide que há quem não esquece o tempo que há-de vir.


Nuno 361111

Helena Sacadura Cabral disse...

Ó Feliciano da Mata e como vamos nós chamar-lhe quando chegar a sua vez?
Eu vou trata-lo por "meu poeta de eleição".
E nessa segunda semana de Janeiro do ano que vem, estarei aqui a tratar o nosso Embaixador, por "meu querido amigo". Posso? Deixa?

Helena Oneto disse...

Caro Feliciano da Mata,

Para mim, embaixador aqui so tive (felizmente que ainda o tenho por mais uns meses) um, o nosso e mais nenhum!

Caro Senhor Embaixador,

Os ciclos são lixados, perdão, terriveis...

Anónimo disse...

Eu pensava que o corte do subsidio de férias só se aplicava aos baixos salários, por serem mais numerosos, e que os mais elevados, por serem poucos, não se lhes tocava.
Mas até será o contrário... De facto, a minha reforma em Portugal, 18€/mês, não sofreu corte...
José Barros

Francisco Seixas da Costa disse...

A velha rimalhadeira atacou de novo. Com rimas que não podem ter luz verde. Lamento.

Carlos Fonseca disse...

Creio que um embaixador é como os presidentes americanos: nunca deixa de ser embaixador.

Quanto ao confisco, quer do subsídio de férias, quer do subsídio de Natal (que o preclaro professor Vital Moreira, no seu imparável percurso em perseguição de Zita Seabra, afirmou, e reafirmou, que o Governo não tem obrigação de pagar, porque no entender do douto professor, não passam de bónus que os Governos foram dando), não é senão um abuso legal.

No que diz respeito aos pensionistas, ao contrário do que alguns querem fazer crer, o Estado não lhes faz favor nenhum, porque apenas lhes devolve o dinheiro que lhe foi sendo entregue ao longo dos anos (34,75% do seu vencimento). Não é culpa deles se os sucessivos "governantes" foram delapidando os valores que, de boa fé, lhes foram confiados.

E até poderíamos questionar se é legal descontar IRS sobre a totalidade das pensões, sendo certo que sobre os valores entregues ao Estado, já incidiu aquele imposto (ou os que o antecederam: Imposto Profissional e Imposto Complementar). Parece ser um caso (também este iníquo) de dupla tributação.

Valha-nos "São" José Afonso!

Anónimo disse...

Pois é... Estamos a viver tempos de mudanças muito dificeis. Mais do que nunca vamos precisar de coragem para enfrentarmos o que mais aí vier. Mas... no percurso humano há momentos de ganho e momentos de perca e é nestes últimos que podemos ver a tempera dos atingidos. Já sei cada vez menos.....

Anónimo disse...

Sei que o Senhor Embaixador é amigo de Eugénio Lisboa. Julgo que terá interesse em ler isto: http://daliteratura.blogspot.fr/2012/09/carta-aberta-ao-primeiro-ministro.html.
Cumprimentos respeitosos
CSC

EGR disse...

Senhor Embaixador:como é obvio não me sinto no direito de lhe pedir um compromisso no sentido de que nao nos vai abandonar.
Mas,associo-me ao desejo formulado por Helena Sacadura Cabral no sentido de que, a partir da segunda semamna do próximo ano continuarmos a disfrutar deste espaço.
Com a evidente ressalva de eu continuar a referir-me a V.Exa como sendo o Senhor Embaixador.

Anónimo disse...

Caro FSC, cara HSC
A vida está difícil para o grupo de 'autores malditos' a que a velha rimalhadeira se orgulha de pertencer. A senhora acha que pode e deve exprimir livremente a sua raiva LIXADA, digamos como alguém disse, por lhe terem cortado a magra pensão de reforma a que uma vida de trabalho e descontos lhe dá direito. Mas consentiu em alterar a última palavra da rimalhice: lixam-lhe a rima mas salva-se a dignidade do blogue… Espera agora luz verde:

'xaropada' diz helena
imagine o que digo eu
a raiva tanto me empena
que nada a fúria me amena
tão mal alguém me lixou

patricio branco disse...

houve um tempo em que havia grande rigor nas contas publicas, não se gastava um escudo que o tesouro não tivesse, as melhorias e avanços eram lentas mas sólidos, planeava-se e orçamentava-se com anos de antecedencia, veio então o 13º mês, o sábado de manhã passou a livre, veio a adse, os feriados estavam seguros, o lugar de trabalho para o recem formado estava garantido, as reformas e aposentações tambem, sei lá que mais.
nos ultimos dias senti nostalgia destes aspectos de rigor financeiro e orçamental, embora não doutros aspectos de outra ordem que coexistiam com aqueles.
coisas da idade, talvez.

patricio branco disse...

...resultado da idade e do que estou a sentir e irei sentir na pele, acrescento...

Helena Sacadura Cabral disse...

Adivinho Velha Senhora Rimalhadeira a poda que terá feito à sua/minha rima.
Valha-nos FSC para manter a moral e os bons costumes, ambos bastante mancos na actual versão da sociedade portuguesa!

Isabel Seixas disse...

Fez-me lembrar uma canção que ouvia trautear um senhor no pós 25 de Abril

Trinta anos de fascismo
dez de contas sindicais
quarenta de ditadura
Arre porra que é demais

Depois decidi focalizar-me no "curioso" inicialmente como sinónimo de premonitório, mas depois preferi antes o alerta para redobrar a atenção...

Julia Macias-Valet disse...

Sem sombra de duvidas que a sua geração, caro escriba, foi a que usufruiu das maiores regalias.

Para mim o autor deste blogue continuara a ser :
Caro escriba : )

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