quinta-feira, julho 30, 2009

Assinatura

Há uma velha teoria segundo a qual os diplomatas passam metade da vida a escrever aquilo que os outros assinam e uma outra metade a assinar aquilo que os outros escrevem.

As coisas não serão bem assim, mas a tendência funcional é para que isso aconteça. Por mim, continuo a esforçar-me para não dar razão à segunda parte da frase, escrevendo ainda a maioria das coisas que assino.

2 comentários:

João Antelmo disse...

O grande embaixador atinge o zénite quando consegue que o trabalho do Segundo Secretário seja assinado materialmente pelo Conselheiro, com a fórmula "Pel'O Embaixador e p.s.o."

Francisco Seixas da Costa disse...

Em tempo: um comentador que, pelo conhecimento demonstrado, revela parentesco próximo com a diplomacia, notou que alguns chefes de missão fazem assinar os "ofícios" com a fórmula "Pel'O Embaixador e p.s.o.". Para que não fiquem dúvidas sobre o carácter críptico desta liturgia, esclareça-se que o "p.s.o" significa "por sua ordem" e é uma prática usada correntemente para o envio de comunicações de rotina, para as quais se considera não ser necessária a assinatura do embaixador, que assim delega na pessoa que o substitui nos seus impedimentos.

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